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Subsidio Lição 08: Jesus Viveu a Experiência Humana

Subsidio Lição 08: Jesus Viveu a Experiência Humana

Subsidio Lição 08: Jesus Viveu a Experiência Humana | 1° Trimestre de 2025 | EBD – ADULTOS

Os fariseus tinham forte influência sobre o povo comum, pois não estavam ligados diretamente ao templo como os saduceus.

Sua atuação acontecia principalmente nas sinagogas, onde ensinavam a Lei e orientavam a vida religiosa dos judeus. Além disso, muitos faziam parte do Sinédrio, o conselho que governava os assuntos religiosos e políticos do povo judeu.

O apóstolo Paulo, antes de sua conversão, era um fariseu zeloso e seguidor rígido da Lei (Fp 3.5). Em Atos 26.5, ele confirma que os fariseus eram a seita mais estrita do judaísmo. Ele também menciona que sua devoção às tradições farisaicas era intensa, pois acreditava que isso o tornava justo diante de Deus (Gl 1.14). No entanto, após seu encontro com Cristo, Paulo compreendeu que a verdadeira justiça vem pela fé e não pelas obras da Lei (Rm 3.28).

Influência na Sociedade

Os fariseus tinham forte influência sobre o povo comum, pois não estavam ligados diretamente ao templo como os saduceus. Sua atuação acontecia principalmente nas sinagogas, onde ensinavam a Lei e orientavam a vida religiosa dos judeus. Além disso, muitos faziam parte do Sinédrio, o conselho que governava os assuntos religiosos e políticos do povo judeu.

O apóstolo Paulo, antes de sua conversão, era um fariseu zeloso e seguidor rígido da Lei (Fp 3.5). Em Atos 26.5, ele confirma que os fariseus eram a seita mais estrita do judaísmo. Ele também menciona que sua devoção às tradições farisaicas era intensa, pois acreditava que isso o tornava justo diante de Deus (Gl 1.14). No entanto, após seu encontro com Cristo, Paulo compreendeu que a verdadeira justiça vem pela fé e não pelas obras da Lei (Rm 3.28).

A Conflito com Jesus

Apesar de sua influência, os fariseus se tornaram um dos principais opositores de Jesus. O motivo do conflito era que, enquanto eles enfatizavam a obediência externa à Lei, Jesus expunha a necessidade da transformação do coração. Em Mateus 23, Jesus denunciou sua hipocrisia, chamando-os de “guias cegos” e “sepulcros caiados”, pois aparentavam santidade, mas por dentro estavam cheios de injustiça (Mt 23.23-27).

Além disso, os fariseus frequentemente testavam Jesus com perguntas capciosas, tentando encontrar motivos para acusá-lo (Mt 22.15). Eles se incomodavam porque Jesus ensinava com autoridade e não seguia as tradições humanas que eles impunham ao povo. Por isso, foram alguns dos principais responsáveis por tramar sua crucificação.

Os saduceus tinham uma visão restrita das Escrituras. Eles aceitavam apenas o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) como autoridade, rejeitando os demais escritos do Antigo Testamento.

Além disso, não criam na ressurreição dos mortos, na existência de anjos ou espíritos (At 23.8). Essa posição os colocava em constante confronto com os fariseus, que acreditavam nessas doutrinas.

Por serem um grupo influente no templo, os saduceus enfatizavam os sacrifícios e os rituais levíticos. Como eram aristocratas e tinham forte aliança com os romanos, buscavam preservar a estabilidade política e o status quo. Essa mentalidade os levou a rejeitar qualquer ensino que ameaçasse sua posição, incluindo a mensagem de Jesus.

Influência Política e Religiosa

Diferentemente dos fariseus, que atuavam entre o povo e nas sinagogas, os saduceus dominavam o Sinédrio, o conselho judaico que governava os assuntos religiosos e políticos. Como a elite sacerdotal, controlavam o templo de Jerusalém e estavam mais preocupados com sua posição social do que com a espiritualidade do povo.

Apesar de sua influência, os saduceus começaram a perder espaço após a destruição do templo em 70 d.C. Como sua identidade estava ligada ao sacerdócio e ao templo, sua influência desapareceu com a ruína de Jerusalém, enquanto os fariseus continuaram exercendo papel central no judaísmo pós-templo.

Os saduceus viam Jesus como uma ameaça à sua autoridade. Enquanto Ele pregava sobre a ressurreição e o Reino de Deus, os saduceus negavam a vida após a morte e tentavam desacreditar Seus ensinamentos. Em Mateus 22.23-33, questionaram Jesus sobre a ressurreição, tentando colocá-lo em contradição. No entanto, Cristo respondeu afirmando que Deus é Deus dos vivos e não dos mortos, desmontando seu argumento.

Mesmo sendo inimigos dos fariseus em muitos aspectos, os saduceus se uniram a eles para condenar Jesus à morte (Mc 14.53-64). Esse ato demonstrou que sua preocupação principal não era a verdade, mas a manutenção de seu poder.

Os herodianos não eram propriamente uma seita religiosa, mas sim um grupo que trabalhava para preservar o poder da dinastia de Herodes.

Defendiam o pagamento de impostos a Roma e buscavam convencer a população a aceitar o governo de Herodes Antipas, que reinava sobre a Galileia e a Pereia sob supervisão romana. Por esse motivo, estavam frequentemente em desacordo com os fariseus, que desejavam uma nação judaica livre da dominação estrangeira.

Apesar dessas diferenças, os herodianos se uniram aos fariseus para tentar eliminar Jesus (Mc 3.6). Essa aliança improvável ocorreu porque ambos viam Jesus como uma ameaça: os fariseus temiam que Ele desafiasse suas tradições religiosas, enquanto os herodianos receavam que sua crescente popularidade pudesse provocar instabilidade política, comprometendo a influência de Herodes.

Os herodianos aparecem no Novo Testamento em momentos estratégicos. Em Mateus 22.16 e Marcos 12.13, eles se juntam aos fariseus para tentar colocar Jesus em uma armadilha política, perguntando sobre o pagamento de tributos a César. Se Ele respondesse que o povo deveria pagar, perderia apoio popular entre os judeus que rejeitavam o domínio romano. Se dissesse que não deveriam pagar, poderia ser acusado de rebeldia contra Roma. Jesus, porém, respondeu com sabedoria: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21), frustrando os planos de seus adversários.

2- A vida social e religiosa de Jesus.

O Mestre participava de uma vida social intensa. A escolha dos seus discípulos como Filipe, André, Pedro e Natanael aconteceu num ambiente entre amigos (Jo 1.43-46). Os dois primeiros capítulos de Lucas apresentam um começo muito humano de Cristo, apresentando amigos, vizinhos, parentes, como Zacarias, Isabel. Os “filhos de Zebedeu”, João e Tiago (Mt 26.37), eram primos de Jesus; Zebedeu era um pescador da Galileia (Mc 1.19, 20) e marido de Salomé (Mt 27.56; Mc 15.40), irmã de Maria, mãe de Jesus (Jo 19.25). Lucas descreve o desenvolvimento físico e mental de Jesus que crescia em estatura e em sabedoria (Lc 2.40, 52). Ele interagia com as pessoas independentemente de sua condição social e espiritual, “publicanos e pecadores” (Mt 9.10, 11), “fariseus” e “a mulher pecadora” (Lc 7.37-39) e a mulher samaritana (Jo 4.9-15).

Desde o início, Jesus esteve cercado de amigos, parentes e discípulos.

A escolha dos primeiros discípulos, como Filipe, André, Pedro e Natanael, aconteceu em um ambiente de amizade e confiança (Jo 1.43-46). Além disso, Ele cresceu em um contexto familiar próximo, tendo João e Tiago, filhos de Zebedeu, como primos (Mt 26.37), o que mostra que Suas relações eram construídas sobre laços reais e cotidianos.

Jesus também participava de eventos sociais comuns, como o casamento em Caná da Galileia, onde realizou Seu primeiro milagre (Jo 2.1-11). Ele ia às casas de pecadores e publicanos, como Zaqueu (Lc 19.1-10) e Levi (Mc 2.15-17), mostrando que Sua missão incluía alcançar aqueles que eram marginalizados pela sociedade. Essa atitude escandalizava os fariseus, que não entendiam Seu propósito de redenção.

Jesus foi criado dentro dos costumes religiosos judaicos. Ele foi apresentado no templo ainda bebê (Lc 2.22-24), participou das festas judaicas e frequentava regularmente a sinagoga (Lc 4.16). Além disso, debatia com os doutores da Lei desde a infância (Lc 2.46-47), demonstrando conhecimento profundo das Escrituras.

Embora seguisse as tradições, Jesus confrontava os líderes religiosos quando eles distorciam a Lei de Deus. Ele criticou os fariseus por colocarem tradições humanas acima da vontade divina (Mt 15.3-9) e ensinou que a verdadeira adoração não se limitava a rituais, mas envolvia um coração sincero diante de Deus (Jo 4.23-24).

3- Características próprias do ser humano.

Jesus nasceu de uma mulher, embora gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo. Seu nascimento, contudo, foi normal e comum como o de qualquer bebê (Lc 2.6-7). Ele sofreu, chorou e sentiu angústia (Hb 13.12; Lc 19.41; Mt 26.37); sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 8.24; Jo 4.6; 19.28); Jesus morreu. A diferença é que, não ficou morto como qualquer pessoa, mas ressuscitou ao terceiro dia, passando pelo ardor da morte (1 Co 15.3-4). Ainda como homem, Ele dependia tanto da oração como também do Espírito Santo (Lc 4.1, 14; 5.16; 6.12). O Senhor Jesus Cristo, em sua experiência humana, participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual (Jo 8.46; Hb 4.15).

Jesus nasceu de uma mulher, Maria, e teve um nascimento normal como qualquer outro bebê (Lc 2.6-7).

Embora Sua concepção tenha sido sobrenatural, operada pelo Espírito Santo (Lc 1.35), Seu desenvolvimento ocorreu como o de qualquer ser humano. Ele cresceu fisicamente, intelectualmente e espiritualmente, conforme Lucas registra: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52).

Além disso, Jesus experimentou as necessidades humanas básicas. Ele sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), cansaço (Jo 4.6) e sono (Mt 8.24). Essas experiências mostram que, apesar de ser Deus, Ele viveu plenamente como homem e conheceu as dificuldades do corpo humano.

Cristo também demonstrou emoções profundas. Ele chorou diante da morte de Lázaro (Jo 11.35) e sobre a cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Sentiu angústia no Getsêmani antes da crucificação (Mt 26.37-38) e indignação diante da dureza de coração dos fariseus (Mc 3.5). Essas reações evidenciam Sua identificação conosco, pois Ele não era um ser insensível, mas alguém que amava profundamente e sentia as dores do mundo.

A maior prova da humanidade de Cristo foi Sua morte. Ele sofreu fisicamente na cruz e morreu de forma real (Mt 27.50). Contudo, ao contrário dos demais homens, Ele venceu a morte, ressuscitando ao terceiro dia, conforme as Escrituras previam (1 Co 15.3-4). Sua ressurreição comprova Sua divindade e nos dá esperança na vida eterna.

Mesmo sendo Deus, Jesus viveu em total dependência do Pai. Ele orava constantemente (Lc 5.16) e era guiado pelo Espírito Santo (Lc 4.1, 14). Esse modelo nos ensina que, assim como Ele, precisamos buscar a presença de Deus e depender dEle para viver uma vida de santidade e propósito.

O Apolinarismo foi uma doutrina cristológica desenvolvida por Apolinário de Laodiceia, bispo do século IV. Ele tentou explicar a união entre a divindade e a humanidade de Cristo, mas acabou caindo em um erro grave ao negar que Jesus tivesse um espírito humano. Essa crença gerou um desvio da ortodoxia cristã e foi rejeitada pelos concílios da Igreja.

A Visão de Apolinário

Apolinário argumentava que o ser humano era composto por três elementos principais:

  1. Soma – O corpo físico (carne).
  2. Psychē – A alma animal, responsável pelas emoções e desejos.
  3. Pneuma – O espírito racional, a sede da razão e da vontade.

No caso de Cristo, Apolinário ensinava que Ele possuía um corpo humano (soma) e uma alma humana (psychē), mas que seu espírito (pneuma) foi substituído pelo Verbo divino (Jo 1.1, 14). Dessa forma, Jesus não teria uma mente ou vontade humana, pois sua racionalidade seria exclusivamente divina.

O Problema do Apolinarismo

Essa doutrina foi rejeitada pela Igreja porque comprometia a plena humanidade de Cristo. Se Jesus não tivesse um espírito humano, Ele não teria sido verdadeiramente homem. Isso contrariava a verdade bíblica de que Cristo veio ao mundo como plenamente Deus e plenamente homem (Cl 2.9; Hb 2.17).

Além disso, se Jesus não tivesse uma mente humana, Ele não poderia ter experimentado as lutas e tentações que enfrentamos. No entanto, a Bíblia afirma que Ele foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado (Hb 4.15). Para ser nosso perfeito mediador, Cristo precisava compartilhar integralmente da nossa natureza humana (1 Tm 2.5).

O Apolinarismo foi oficialmente condenado no Concílio de Constantinopla (381 d.C.), que reafirmou que Jesus possuía tanto uma alma humana quanto um espírito humano, além de sua plena divindade. A Igreja reconheceu que qualquer negação da verdadeira humanidade de Cristo prejudicava a doutrina da salvação.

A Igreja Cristã rejeitou fortemente a doutrina apolinarista porque ela negava a plena humanidade de Cristo. O Novo Testamento ensina claramente que Jesus possuía um corpo físico, alma e espírito humanos, o que comprova sua humanidade completa.

A Plena Humanidade de Cristo na Bíblia

  1. Jesus tinha um corpo físico real

    • “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39).
    • “Ele, porém, falava do templo do seu corpo” (Jo 2.21).
    • “Nessa vontade é que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre” (Hb 10.10).
  2. Jesus tinha alma e espírito humanos

    • “A minha alma está cheia de tristeza até a morte” (Mt 26.38).
    • “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46).
  3. Jesus era verdadeiramente humano

    • “Portanto, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas” (Hb 2.14).
    • “Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos” (Hb 2.17 NTLH).

A Condenação do Apolinarismo

O ensino errado de Apolinário foi rejeitado nos concílios da Igreja:

  • Concílio de Constantinopla (381 d.C.) – Declarou o Apolinarismo como heresia.
  • Concílio de Calcedônia (451 d.C.) – Reafirmou que Jesus era plenamente Deus e plenamente homem, com duas naturezas (divina e humana) unidas em uma só pessoa, sem confusão ou separação.

A doutrina ortodoxa da Igreja, baseada nas Escrituras, ensina que Cristo possui duas naturezas distintas e completas: a divina e a humana.

O Evangelho de Marcos registra uma expressão clara dessa distinção quando Jesus declara: “Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; todavia, não seja o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14.36). Esse versículo demonstra a existência da vontade humana de Cristo, que se submete integralmente à vontade divina do Pai.

Outro exemplo que reforça essa distinção encontra-se em Lucas 5.20-22, quando Jesus perdoa pecados. Tal ato revela a manifestação da vontade divina de Cristo, pois apenas Deus tem poder para perdoar pecados. Dessa forma, a doutrina bíblica apresenta um Cristo plenamente divino e plenamente humano, com vontades distintas, mas perfeitamente harmônicas.

A refutação do Monotelismo veio através de teólogos como Sofrônio, patriarca de Jerusalém, que argumentou que Cristo possui duas vontades, sendo a vontade humana submissa à divina.

Essa posição foi essencial para preservar a compreensão correta da pessoa de Cristo e sua obra redentora, pois negar a vontade humana de Cristo comprometeria a real encarnação do Filho de Deus e sua identificação com a humanidade.

Diante disso, a posição ortodoxa reafirma a doutrina das duas vontades de Cristo, conforme estabelecido pelo Concílio de Calcedônia em 451. A encarnação não significa que a divindade absorveu a humanidade de Cristo, mas que ambas coexistem perfeitamente sem mistura, mudança, divisão ou separação. Assim, a doutrina cristã é clara: Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, com duas naturezas e duas vontades operando em plena harmonia para realizar a redenção da humanidade.

As Viagens de Jesus Segundo a Bíblia

Durante sua infância, Jesus esteve no Egito, conforme registrado em Mateus 2.14-15. Após o aviso do anjo, José levou Maria e o menino para esse país a fim de protegê-lo da ira de Herodes, que ordenara a morte de todas as crianças em Belém com menos de dois anos (Mt 2.16). Essa jornada cumpriu a profecia de Oséias 11.1: “Do Egito chamei o meu Filho.”

No entanto, o centro de sua vida e ministério foi Israel. Ele nasceu em Belém (Mt 2.1), cresceu em Nazaré (Lc 2.39-40), iniciou seu ministério na Galileia (Mt 4.12-17) e frequentemente esteve em cidades como Jerusalém, Cafarnaum, Betânia e Jericó. Seu ministério público incluiu pregações, milagres e confrontos com os fariseus e saduceus, sempre dentro das terras de Israel.

Além do Egito e de Israel, a Bíblia menciona que Jesus esteve na região da Fenícia, território que hoje corresponde ao Líbano. Marcos 7.24-30 registra sua passagem por Tiro e Sidom, onde encontrou a mulher siro-fenícia que clamava por libertação para sua filha. Esse episódio revela que, embora seu ministério fosse primordialmente direcionado às “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15.24), ele também demonstrava graça aos gentios que se aproximavam com fé genuína.

As Escrituras deixam claro que Jesus não era um estrangeiro entre os judeus, pois era conhecido por seus compatriotas.

Quando começou a ensinar na sinagoga de Nazaré, os ouvintes questionaram:

“Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria?” (Mt 13.55).

Da mesma forma, em Jerusalém, os líderes religiosos afirmaram:

“Sabemos de onde este é” (Jo 7.27).

Se Jesus tivesse passado anos fora de Israel, as autoridades judaicas certamente teriam usado esse fato contra Ele, acusando-o de adotar ensinamentos estrangeiros. Entretanto, em nenhum momento seus adversários sugeriram que Ele trouxera doutrinas de outras nações.

Além disso, a Bíblia nos exorta a rejeitar fábulas e especulações infundadas:

“Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercita-te a ti mesmo na piedade” (1 Tm 4.7).

Desde seu nascimento, Jesus esteve inserido na cultura e tradição judaica.

Foi circuncidado ao oitavo dia, conforme a Lei de Moisés (Lc 2.21), e apresentado no Templo (Lc 2.22-24). Durante sua infância e juventude, viveu em Nazaré com sua família, exercendo a profissão de carpinteiro (Mc 6.3). Quando começou seu ministério, foi reconhecido como um homem comum de sua própria terra: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele” (Mc 6.3).

Se Jesus tivesse passado longos anos em outros países absorvendo ensinamentos estrangeiros, sua própria comunidade o enxergaria como um estranho. No entanto, os Evangelhos mostram que seus conterrâneos não se admiravam de sua aparência ou costumes, mas sim de sua sabedoria e autoridade ao ensinar (Mt 7.28-29). Em João 7.15, os judeus questionaram:

“Como sabe este letras, não as tendo aprendido?”. Essa indagação reforça que Jesus não frequentou escolas rabínicas tradicionais, muito menos centros de estudos pagãos.

Ademais, as Escrituras registram suas viagens apenas dentro do território judaico e em regiões vizinhas, como a Fénicia (atual Líbano), onde curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7.24-30). A suposta viagem para a Índia é uma invenção moderna, propagada por grupos esotéricos e sem qualquer evidência histórica ou arqueológica.

Jesus não precisou buscar ensinamentos em culturas estrangeiras, pois sua sabedoria vinha diretamente do Pai celestial. Ele afirmou: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7.16). Sua missão era anunciar o Reino de Deus a Israel e, posteriormente, aos gentios, conforme predito pelos profetas (Is 42.6; Mt 15.24).

Portanto, a ideia de que Jesus aprendeu fora de Israel é uma tentativa de desvirtuar sua identidade e ministério. A Palavra de Deus revela um Cristo enraizado na cultura judaica, comprometido com as Escrituras e consciente de sua missão redentora. Qualquer ensinamento que sugira o contrário deve ser rejeitado, pois está em contradição com o testemunho claro das Escrituras (1 Tm 4.7).

 

 

 

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