Subsidio Lição 11: A Salvação não É Obra Humana | 1° Trimestre de 2025 | EBD – ADULTOS
TEXTO ÁUREO
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5)
VERDADE PRÁTICA
A salvação é um ato da graça soberana de Deus pelo mérito de Jesus Cristo e não vem das obras humanas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo mostra nessa Leitura Bíblica em Classe o contraste entre o estado espiritual da miséria humana e a restauração à comunhão com Deus. Além disso, deixa claro a impossibilidade de qualquer pessoa angariar a salvação por meio de seu próprio esforço, e até mesmo, de desejar a salvação ou sentir a necessidade de Deus, senão por intervenção divina direta, por meio do Espírito Santo.
Palavra-Chave: Salvação
I – A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS
1- A descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3).
O relato da condição pecaminosa da natureza humana confirma a extensão da corrupção do gênero humano, estudado na lição anterior. O apóstolo emprega algumas expressões para reforçar a dura realidade do pecado: “mortos em ofensas e pecados” (v. 1); andar “segundo o curso deste mundo” (v. 2); “segundo o príncipe das potestades do ar” (v. 2.b); “do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (v. 2c); “andávamos nos desejos da nossa carne” (v. 3); “éramos por natureza filhos da ira” (v. 3b). É uma triste fotografia da raça humana.
Paulo utiliza expressões fortes para evidenciar essa condição. Ele declara que estávamos “mortos em ofensas e pecados” (v. 1), enfatizando que o pecado não é apenas um problema moral, mas uma sentença de morte espiritual (Rm 6.23). Além disso, afirma que, sem Cristo, os seres humanos andam segundo o curso deste mundo (v. 2), ou seja, são influenciados por uma mentalidade secular contrária à vontade de Deus. Isso se agrava pelo domínio de “o príncipe das potestades do ar” (v. 2b), uma referência a Satanás, que exerce influência sobre aqueles que ainda vivem na desobediência.
Outro ponto importante é que essa condição não se restringe a um grupo específico de pessoas, mas abrange toda a humanidade.
Paulo declara que “todos nós andávamos nos desejos da nossa carne” (v. 3), indicando que o pecado é inerente à natureza humana caída. Essa realidade se reflete na corrupção dos pensamentos, vontades e ações, demonstrando que o homem natural não busca a Deus espontaneamente (Rm 3.10-12).
Além disso, Paulo descreve os seres humanos como “filhos da ira” por natureza (v. 3b). Essa expressão revela que, sem redenção, todos estão sob a justa condenação divina. Essa verdade contraria diretamente o pensamento moderno que afirma que todas as pessoas são filhos de Deus. Biblicamente, a filiação divina é concedida apenas àqueles que creem em Cristo e são regenerados pelo Espírito Santo (Jo 1.12-13; Gl 3.26).
2- Mortos em ofensas e pecados (vv. 1, 5).
As expressões “E vos vivificou” (v. 1) e “nos vivificou juntamente com Cristo” (v. 5) revelam a ação do Espírito Santo em favor dos pecadores, que a salvação só é possível mediante a graça de Deus, e sem ela ninguém pode ser salvo (vv. 4, 5). Mas há algo que precisa ser esclarecido, as expressões “mortos em ofensas e pecados” (v. 1) e “mortos em nossas ofensas” (v. 5) não devem ser entendidas literalmente por se tratar de uma metáfora, uma das figuras de linguagem para descrever o estado da queda espiritual. Por “morte espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de Deus (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.
A condição espiritual da humanidade sem Cristo é descrita na Bíblia como “mortos em ofensas e pecados” (v. 1). Essa expressão enfatiza a total incapacidade do ser humano de buscar a Deus por seus próprios méritos. A morte espiritual não se refere à inexistência da alma ou à destruição do espírito, mas sim à separação de Deus, conforme Isaías 59.2 afirma: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus.”
Além disso, Paulo reforça que essa realidade não pode ser mudada por esforços humanos.
A única solução vem da graça divina: “E vos vivificou” (v. 1) e “nos vivificou juntamente com Cristo” (v. 5). Essa vivificação é obra exclusiva de Deus, realizada por meio de Cristo, pois “pela graça sois salvos” (v. 5). Isso mostra que a restauração espiritual não acontece por meio de boas obras, mas pela intervenção soberana do Senhor.
A metáfora da morte espiritual revela a seriedade da condição humana diante de Deus. Assim como um morto físico não pode reagir ou se levantar por si mesmo, o pecador não pode buscar a Deus sem que o Espírito Santo o vivifique. Essa verdade reforça a total dependência do ser humano da graça divina para receber salvação e ser restaurado à comunhão com o Criador
3- A exegese dos versículos 8-10.
Essa passagem bíblica elimina qualquer interpretação ou tentativa da salvação com ajuda humana ou de qualquer esforço adicional para completar a obra de Cristo. O termo “graça” significa literalmente “favor imerecido”, o favor divino do qual não somos merecedores. A salvação é pela graça de Deus mediante a fé em Jesus e não vem das obras, pois não se trata de uma recompensa. Uma boa exegese esclarece que a expressão “isto é dom de Deus” se refere à salvação pela graça e não à fé. Como afirma o respeitado erudito da língua grega, A. T. Robertson: “a graça é a parte de Deus e a fé é a nossa”. De modo, como dizia Norman Geisler, “a fé é o meio e a salvação é o fim. O meio vem antes do fim”.
Essa passagem bíblica enfatiza que a salvação não depende de méritos humanos, mas é resultado exclusivo da graça divina. O apóstolo Paulo declara: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8,9). A palavra “graça” traduz o termo grego charis, que significa “favor imerecido”. Isso deixa claro que a redenção é um presente de Deus, sem qualquer contribuição humana.
Uma análise gramatical cuidadosa revela que a expressão “isto é dom de Deus” refere-se à salvação e não à fé.
O renomado estudioso A. T. Robertson confirma essa interpretação ao afirmar que “a graça é a parte de Deus e a fé é a nossa”. Assim, a fé não é o dom mencionado no texto, mas o meio pelo qual o dom da salvação é recebido. Como explica Norman Geisler, “a fé é o meio e a salvação é o fim. O meio vem antes do fim”.
No versículo 10, Paulo reforça que a salvação não é apenas libertação do pecado, mas também um chamado para uma nova vida em Cristo: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” O termo grego para “feitura” (poiēma) sugere que somos obra-prima de Deus, transformados para viver segundo a vontade d’Ele. Dessa forma, as boas obras não são a causa da salvação, mas sua consequência inevitável.
II- SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE
1- Os reencarnacionistas.
Com o termo “soteriologia” nos referimos aos diversos ensinos religiosos inadequados sobre a salvação. O primeiro deles é a doutrina da reencarnação, tão antiga quanto a humanidade, originária do Hinduísmo, mas presente também no Budismo, no Jainismo e no Sikhismo. É defendida, pelos Hare Krishnas, kardecistas e muitos outros. Os adeptos da doutrina da reencarnação têm em comum a busca da perfeição por meio de um progresso evolutivo até que esses ciclos da roda de renascimento parem de girar. Em resumo: a salvação pelo seu próprio esforço e sem Jesus. Trata-se de uma crença antibíblica (Sl 78.39; Hb 9.27; Jo 9.1-3).
A soteriologia, estudo da salvação, também aborda ensinos religiosos equivocados sobre esse tema. Um dos mais difundidos é a doutrina da reencarnação, que remonta às tradições religiosas orientais, especialmente ao Hinduísmo. Posteriormente, essa crença foi incorporada ao Budismo, Jainismo e Sikhismo, além de ser defendida por grupos como os Hare Krishnas e os kardecistas. Apesar das variações entre essas tradições, todas compartilham a ideia de que a alma humana passa por sucessivos renascimentos com o objetivo de atingir a perfeição espiritual.
A crença reencarnacionista baseia-se na ideia de que o ser humano pode alcançar a salvação por meio do próprio esforço, acumulando méritos ao longo de várias vidas.
No entanto, essa doutrina contradiz completamente a revelação bíblica, que afirma a unicidade da vida terrena e a responsabilidade individual diante de Deus: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb 9.27). O Salmo 78.39 também declara que a humanidade é frágil, comparando-a ao vento que passa e não volta, reforçando a impossibilidade de múltiplas vidas.
Além disso, a narrativa de João 9.1-3 demonstra que os judeus da época de Jesus conheciam e rejeitavam a ideia de reencarnação. Quando os discípulos perguntaram se um homem havia nascido cego por causa de seus próprios pecados, Jesus refutou tal pensamento, afirmando que sua cegueira não era resultado de ações em vidas passadas. Essa resposta de Cristo confirma que a doutrina da reencarnação não tem respaldo bíblico e que a salvação ocorre unicamente por meio da fé n’Ele (Ef 2.8,9).
2- Os galacionistas.
É o nome dado aos legalistas judaizantes opositores do apóstolo Paulo na província da Galácia (Gl 1.7). Esses judeus convertidos ao Cristianismo queriam que os gentios observassem a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1). A verdade bíblica é que “pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16).
A controvérsia em torno da salvação pela fé ou pelas obras foi um dos principais desafios enfrentados pelo apóstolo Paulo em seu ministério. Na província da Galácia, um grupo conhecido como galacionistas propagava a ideia de que os gentios convertidos ao Cristianismo deveriam observar a Lei de Moisés para se salvar. Esses legalistas judaizantes alegavam que a fé em Cristo não era suficiente para a justificação, sendo necessário cumprir ritos como a circuncisão e as demais ordenanças da lei cerimonial (At 15.1).
No entanto, Paulo confrontou essa distorção doutrinária de maneira firme e categórica. Na epístola aos Gálatas, ele reafirmou que a justificação não vem pelas obras da Lei, mas exclusivamente pela fé em Jesus Cristo: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16). Esse ensinamento central do Evangelho ressalta que a salvação é um dom de Deus, oferecido pela graça, e não uma conquista humana baseada no cumprimento de regras religiosas (Ef 2.8,9).
O perigo do legalismo não se restringe ao contexto do Novo Testamento.
Ainda hoje, há movimentos que impõem regras e tradições humanas como requisitos para a salvação, afastando-se da verdadeira doutrina bíblica. No entanto, a Palavra de Deus é clara ao declarar que “se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde” (Gl 2.21). A tentativa de se justificar por meio das obras invalida o sacrifício de Cristo, pois Ele cumpriu perfeitamente a Lei e nos libertou do jugo da condenação (Rm 8.1-4).
Dessa forma, a experiência dos galacionistas serve como um alerta para os crentes de todas as épocas. A salvação não depende de méritos humanos, mas unicamente da fé em Cristo. Assim, qualquer tentativa de acrescentar exigências além da graça divina compromete o verdadeiro Evangelho e desvia os fiéis da liberdade encontrada em Cristo Jesus (Gl 5.1).
3- Os gnósticos.
No campo soteriológico, eles apregoavam uma visão dualista do universo, o maniqueísmo. O que é isso? Fundado por Mâni (216-276), na Pérsia, atual Irã, seu ensino era que o “universo é composto do reino das trevas e do reino da luz e os dois lutam pelo domínio da natureza e do próprio ser humano”. Desse modo, o ser humano, para ser salvo, precisa se libertar da prisão do mundo e de seus poderes planetários, e essa libertação só é possível por meio de um conhecimento místico, gnōsis, uma espécie de iluminação espiritual limitada aos “espirituais”.
Os demais são pessoas materiais e não podem receber esse conhecimento. De fato, sabemos da existência do mal, proveniente de Satanás, mas não admitimos que o Diabo tenha poder suficiente para medir força com Deus e o seu Filho, Jesus Cristo (Jó 1.12; 2.6, Mc 5.7-13). A salvação é para todas as pessoas (At 17.30; Tt 2.11).
No contexto soteriológico, os gnósticos propagavam uma visão dualista da realidade, baseada na luta entre dois princípios opostos: o bem e o mal, a luz e as trevas. Essa concepção, influenciada pelo maniqueísmo – doutrina fundada por Mâni (216-276) na Pérsia –, ensinava que o universo estava dividido entre o reino da luz e o reino das trevas, que disputavam o domínio sobre a natureza e sobre o próprio ser humano.
Para os gnósticos, a salvação não estava acessível a todos, mas apenas aos que possuíam um conhecimento especial, chamado gnōsis.
Segundo essa crença, os “espirituais” eram iluminados e, por meio desse saber místico, conseguiam se libertar das amarras do mundo material, considerado maligno. Já os demais indivíduos, rotulados como “materiais”, estavam destinados a permanecer na ignorância e, consequentemente, fora da salvação.
No entanto, essa ideia contradiz completamente o ensino bíblico. Em primeiro lugar, a Palavra de Deus afirma que o pecado e o mal existem, mas que Satanás não tem poder suficiente para rivalizar com Deus e Seu Filho, Jesus Cristo (Jó 1.12; 2.6; Mc 5.7-13). Além disso, a Bíblia declara que a salvação não é restrita a um grupo seleto, mas oferecida a toda a humanidade: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30).
Outra falha grave do gnosticismo é a sua visão distorcida da redenção. A verdadeira salvação não vem de um conhecimento oculto, mas da graça de Deus, recebida pela fé em Cristo (Ef 2.8,9). A Bíblia ensina que o Evangelho é para todos, sem distinção: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).
Portanto, o gnosticismo não apenas erra ao limitar a salvação a um grupo de iluminados, mas também ao desprezar a obra de Cristo na cruz, que é suficiente para redimir todo aquele que nEle crê (Jo 3.16). A única verdade libertadora não é um conhecimento esotérico, mas a mensagem simples e poderosa do Evangelho de Cristo.
III- AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE
1- O Islamismo.
Segundo essa religião, se as boas ações superarem as más, tal pessoa irá para o paraíso (Alcorão 13.22.23). Eles ensinam ainda que Allah não ama os pecadores, mas somente os piedosos: “Allah não ama os agressores… Allah não ama a nenhum ingrato peca- dor” (Alcorão 2.190, 276). Esta é uma das 24 vezes que o Alcorão afirma que Allah não ama os pecadores. Na concepção dos islâmicos, não há necessidade de expiação, logo, não existe salvação como no sistema cristão. A salvação no contexto deles é por mérito, pelas obras. Mas, à luz da Bíblia, o pecador recebe a vida eterna a partir do momento que passa a crer, no coração, que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos e confessa publicamente o nome de Jesus (Rm 10.9,10).
O Islamismo ensina que a salvação depende da soma das boas obras de uma pessoa. Se essas obras superarem as más, ela será recompensada com o paraíso, conforme ensinado no Alcorão (13.22-23). No entanto, diferentemente do Cristianismo, essa religião não crê na necessidade de expiação dos pecados. Para os muçulmanos, a salvação não depende da graça de Deus, mas das ações individuais de cada pessoa.
Outro ponto essencial no ensino islâmico é a crença de que Allah não ama os pecadores, mas apenas os piedosos. O Alcorão declara isso diversas vezes, como nos versículos: “Allah não ama os agressores” (2.190) e “Allah não ama a nenhum ingrato pecador” (2.276).
Esse ensinamento está em contraste direto com o que a Bíblia afirma sobre o amor de Deus. A Escritura revela que Deus ama toda a humanidade, incluindo os pecadores, e oferece salvação a todos por meio de Cristo: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Além disso, o ensino islâmico rejeita a necessidade de um Salvador e vê Jesus apenas como um profeta, negando sua morte e ressurreição. No entanto, a Bíblia afirma que a salvação só é possível por meio de Cristo, e não pelo mérito humano: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Portanto, à luz das Escrituras, a verdadeira salvação ocorre quando o pecador crê de coração que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos e confessa publicamente o Seu nome (Rm 10.9-10). Diferente da incerteza da salvação baseada em obras no Islamismo, o Cristianismo ensina que todo aquele que confiar em Cristo como seu único e suficiente Salvador garantirá a vida eterna (Jo 3.16).
2- As Testemunhas de Jeová.
A salvação não está em Cristo, mas na organização religiosa delas, diferente do que ensina a Bíblia (Jo 14.6). Existem dois grupos de salvos, um que tem direito ao céu, restrito a 144.000, a “classe dos ungidos”; outro grupo, a “classe da grande multidão” e a que vai herdar a terra, segundo a teologia do movimento. Seus teólogos ensinam que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não são filhos de Deus, não pertencem a Cristo, não têm o Espírito Santo, Jesus não é o Mediador delas nem têm esperança de salvação. A Bíblia nos ensina que não existe cristão sem o Espírito Santo (Rm 8.9) e que “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12).
As Testemunhas de Jeová ensinam um sistema de salvação baseado em sua organização religiosa, e não exclusivamente em Cristo. Esse conceito contradiz diretamente a afirmação de Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Além disso, sua teologia divide os salvos em duas categorias distintas:
- A classe dos ungidos – composta por 144.000 pessoas que, segundo eles, têm direito ao céu.
- A grande multidão – que viverá na Terra restaurada, sem direito à filiação divina nem ao Espírito Santo.
Esse ensino ignora a verdade bíblica de que todos os que creem em Cristo são filhos de Deus:
“Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).
Outro ponto problemático na doutrina das Testemunhas de Jeová é a negação do Espírito Santo para os crentes da “grande multidão”. Entretanto, a Palavra de Deus é clara ao afirmar que não existe cristão sem o Espírito Santo:
“Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).
Além disso, afirmam que Jesus não é o Mediador da “grande multidão”, quando a Bíblia ensina que Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens:
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5).
Por fim, a doutrina das Testemunhas de Jeová não reconhece a graça salvadora de Cristo, substituindo-a por um sistema de méritos dentro da organização. No entanto, as Escrituras deixam claro que a salvação não vem por esforços humanos, mas pela fé em Cristo:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Portanto, qualquer ensino que remova Cristo do centro da salvação ou condicione a vida eterna à adesão a uma organização religiosa está em oposição ao verdadeiro Evangelho.
3- O Mormonismo.
Os mórmons creem numa salvação geral, em que os não mórmons são castigados e depois liberados para a salvação, e numa perspectiva individual, em que a salvação é obtida pela fé em Jesus e pela obediência às leis e às ordenanças. Eles consideram ordenanças, segundo os artigos 3 e 4 das Regras de Fé, fé em Jesus, arrependimento, batismo por imersão e imposição de mãos, mas há outros requisitos.
Um deles é aceitar Joseph Smith Jr. como porta-voz de Deus. Tal ensino, no entanto, diverge das Escrituras, pois elas nos ensinam que o Senhor Jesus não precisa de co-salvador. A Bíblia ensina que Ele é o único Salvador (Jo 14.6; At 4.12). A salvação não é por mérito humano, ninguém pode ser salvo pelas boas obras, mas somente pela graça, mediante a fé (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Existe apenas uma salvação, e ela está à disposição de todos os seres humanos (Tt 2.11; Jd 3)
O Mormonismo ensina uma visão de salvação que difere radicalmente do ensino bíblico.
Dividem a salvação em duas categorias principais: salvação geral – concedida a todos, incluindo os não mórmons, que, após um período de castigo, seriam liberados para uma forma de salvação; e salvação individual – obtida pela fé em Jesus Cristo e pela obediência às leis e ordenanças estabelecidas por sua religião.
Entre as exigências dessa salvação individual, os mórmons consideram essenciais a fé em Jesus, o arrependimento, o batismo por imersão e a imposição de mãos, conforme os artigos 3 e 4 das Regras de Fé. Contudo, há outros requisitos, como aceitar Joseph Smith Jr. como porta-voz de Deus, o que não tem fundamento bíblico.
A Bíblia ensina que Jesus Cristo é o único Salvador e que ninguém pode ser salvo por outro nome: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). O ensino mórmon insinua que a obediência a certas ordenanças e a submissão à sua igreja são condições para a salvação, algo contrário ao ensino bíblico.
Os mórmons defendem que as boas obras e a observância de ritos são fundamentais para a salvação.
No entanto, a Palavra de Deus deixa claro que a salvação não vem por mérito humano, mas é um dom da graça de Deus: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou” (Tt 3.5). “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9).
Ao contrário do ensino mórmon sobre diferentes níveis de salvação, a Bíblia afirma que há uma única salvação, disponível a todos os que creem: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). “A fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Portanto, o ensino mórmon sobre salvação contradiz a verdade bíblica ao condicionar a vida eterna à obediência a ordenanças religiosas e à aceitação de Joseph Smith. A Bíblia ensina que a única condição para ser salvo é a fé em Cristo Jesus, e Ele não precisa de co-salvadores.
CONCLUSÃO
Entendemos que somente pela graça é possível chegar-se a Deus, e isso é um ato soberano de sua graça e bondade. É a misericórdia divina que leva as pessoas ao arrependimento (Rm 2.4). Graça não é mérito, e nem o ato de o pecador receber a dádiva divina constitui mérito pessoal. Mas Deus disponibilizou a sua graça para todos os seres humanos e não para uns poucos escolhidos. A Bíblia ensina que a salvação é para todos.