Subsidio Lição 11: A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu | 3° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS
TEXTO ÁUREO
“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.11)
VERDADE PRÁTICA
Deus abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se exaltados, a glória continua sendo toda dEle.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte, também junto com Hamã. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais de amanhã.
Palavra-Chave: Humilhação e Honra
I – O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU
1- Uma noite decisiva.
Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria. Na saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença (Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar.
Foi para casa e chamou seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança geral dos judeus. O ódio lhe consumia. Aconselhado pela mulher e pelos amigos, decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1).
Enquanto Hamã dormia com sua trama já delineada, Assuero perdeu o sono. Esse detalhe aparentemente simples revela a mão invisível de Deus atuando em favor de Seu povo. O livro de Provérbios nos lembra que “o coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer” (Pv 21.1). A insônia do rei não foi um acaso, mas uma intervenção divina, preparando o cenário para a virada dos acontecimentos.
A narrativa desta noite decisiva traz várias lições espirituais valiosas.
Primeiramente, ela nos ensina sobre a justiça divina e a importância de confiar na providência de Deus, mesmo quando enfrentamos adversidades e injustiças. Mardoqueu, que manteve sua integridade e fé, tornou-se um instrumento para a manifestação da justiça divina. Como está escrito no Salmo 37.5-6: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. Ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.”
Além disso, o contraste entre a exultação de Hamã e sua subsequente ira nos lembra das palavras de Provérbios 16.18: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” O orgulho e a arrogância de Hamã o cegaram para a verdade de que a justiça de Deus prevaleceria. Sua confiança em seu poder e posição apenas o levou à sua destruição.
2- Forca ou honra.
Enquanto Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma forca. Assuero, um dia de honra. O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam.
A chamada autossuficiência. A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo 13.34; 1 Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta o mal e faz com que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).
O Novo Testamento está repleto de versículos que enfatizam a importância dos relacionamentos, utilizando a expressão “uns aos outros” para nos lembrar da interdependência cristã (Jo 13.34; 1 Ts 5.11; Tg 5.16). A ética cristã valoriza profundamente os relacionamentos humanos, ensinando-nos que Deus frequentemente age através das pessoas ao nosso redor. Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Contudo, quando tememos a Deus, Ele pode interceptar o mal e fazer com que as bênçãos nos alcancem (Sl 91.5-10; Dt 28.2).
A história de Mardoqueu nos ensina que a maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).
Hamã pode ter planejado a destruição de Mardoqueu, mas a providência divina tinha outros planos. Deus transformou a maldição em bênção, honrando Mardoqueu diante de todos. Essa historia nos lembra do poder soberano de Deus em reverter situações aparentemente irreversíveis, como está escrito em Romanos 8.28: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados segundo o seu propósito.”
Portanto, em nossos relacionamentos, devemos sempre agir com justiça e temor a Deus, sabendo que Ele é soberano e pode usar até as intenções malignas dos outros para nos abençoar e exaltar. A história de Mardoqueu e Hamã é um testemunho poderoso de como Deus protege e honra aqueles que confiam nele. Assim, em vez de confiar em nossa autossuficiência, devemos confiar na providência divina, lembrando que “o Senhor é a nossa força e o nosso escudo; nele o nosso coração confia” (Sl 28.7).
3- Cinco anos depois.
Já haviam se passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. Naquela noite, contudo, o Deus que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o sono do rei (Sl 127.2). Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1). Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei. Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
A história de Mardoqueu é um testemunho claro da soberania de Deus. A aparente negligência do seu ato heroico durante cinco anos mostra que o tempo de Deus é perfeito. O que parecia um esquecimento humano era, na verdade, parte do plano divino. Deus usou a insônia do rei para lembrar e honrar Mardoqueu no momento mais oportuno. Isso nos ensina a esperar pacientemente em Deus, confiando que Ele tem o controle de todas as coisas.
Mardoqueu, ao revelar a conspiração, não buscou recompensas terrenas, mas agiu com integridade e lealdade.
Deus, em Sua infinita sabedoria e justiça, não permitiu que tal ato passasse despercebido para sempre. Assim, a história de Mardoqueu nos encoraja a confiar em Deus e a fazer o bem, independentemente do reconhecimento imediato.
A noite insondável de Assuero e a subsequente leitura do livro de registros nos ensina sobre a soberania e providência de Deus. Quando confiamos em Deus e permanecemos fiéis, podemos ter certeza de que Ele está trabalhando para o nosso bem, mesmo nos momentos em que parece que fomos esquecidos. Deus, em Seu tempo, trará à luz a justiça e a recompensa, conforme Sua perfeita vontade.
II – HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU
1- Um ato de justiça.
Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). A maneira direta como se referiu ao nome de Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).
A história de Mardoqueu é um testemunho da soberania de Deus, que está constantemente em operação, mesmo quando não percebemos. Assuero, ao expressar sua preocupação pela falta de recompensa a Mardoqueu, tornou-se um instrumento de Deus para corrigir uma injustiça. Este ato de justiça humana foi um reflexo da justiça divina, mostrando que Deus não esquece os feitos de Seus servos e, no tempo certo, os recompensa. Em Salmos 75.6-7, lemos que a promoção vem de Deus, e Ele é quem julga e exalta.
Assuero, ao buscar honrar Mardoqueu, estava, de fato, cumprindo um propósito divino.
Hamã, que esperava a morte de Mardoqueu, foi forçado a honrá-lo publicamente, caminhando diante dele pelas ruas e proclamando a sua grandeza.
A história de José é outro exemplo clássico da providência divina. Vendido por seus irmãos e levado ao Egito, ele passou por muitas adversidades antes de se tornar o segundo no comando do Egito, salvando muitas vidas durante a fome (Gn 37-50).
Deus usa pessoas e circunstâncias para cumprir Seus planos e propósitos. Mesmo quando enfrentamos adversidades ou injustiças, podemos confiar que Deus está trabalhando nos bastidores, transformando o mal em bem para aqueles que confiam n’Ele. Nossa tarefa é manter a fé e a integridade, sabendo que Deus, no tempo certo, revelará Sua justiça e providência em nossas vidas.
2- Presunção e autoconfiança.
Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento, nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado na mente de Eva e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19). Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8). Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; 1 Pe 5.7).
Em contraste com a presunção e o orgulho de Hamã, somos chamados a imitar a humildade de Cristo. Paulo exorta os filipenses: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.3-5). Cristo, embora sendo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo a que devia apegar-se, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo e tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz (Fp 2.6-8).
Para evitar a armadilha da presunção e da autoconfiança, devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor.
Jesus disse: “Tenho-vos dito isto, para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa” (Jo 15.11). Paulo nos encoraja a regozijar-nos sempre no Senhor e a não nos inquietarmos com nada, mas em tudo, pela oração e súplica, com ações de graças, apresentarmos nossos pedidos a Deus (Fp 4.4-6). Pedro nos aconselha a lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós (1 Pe 5.7).
Em sua busca por honra e reconhecimento, Hamã acabou encontrando desonra e destruição. Em contraste, a humildade de Cristo nos ensina a considerar os outros superiores a nós mesmos e a depender da alegria e da paz que vêm de Deus.
3- O devido lugar da honra.
“Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?” Era a pergunta do rei (Et 6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). O rei acatou imediatamente a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria o puxador do cavalo (Et 6.10,11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito envergonhado (Et 6.12).
Devemos nos alegrar quando alguém é honrado. Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (1 Pe 2.17; 1 Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.
A reação de Mardoqueu após receber a honra foi de humildade. Ele “voltou para a porta do rei” (Et 6.12), retomando suas responsabilidades sem deixar que a honra recebida subisse à sua cabeça. Isso contrasta fortemente com a atitude de Hamã, que buscava honra para satisfazer seu ego. A verdadeira honra não nos exalta indevidamente, mas nos lembra de nossa posição diante de Deus e dos homens. Jesus ensinou: “todo aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado” (Mt 23.12).
A humildade de Cristo é o nosso maior exemplo.
Filipenses 2.6-8 descreve como, embora sendo Deus, Ele não considerou o ser igual a Deus algo a que devia apegar-se, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo e sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Jesus, mesmo sendo o Rei dos reis, viveu uma vida de serviço e sacrifício. Ele não buscou honra para Si mesmo, mas para fazer a vontade do Pai e salvar a humanidade.
A história de Mardoqueu e Hamã no livro de Ester é uma lição sobre o verdadeiro lugar da honra. Devemos nos alegrar com a honra dos outros, honrar aqueles que são dignos, e receber honra com humildade. Devemos também lembrar que a honra efêmera não deve nos desviar de nossas responsabilidades e que a verdadeira honra vem de servir aos outros e de se submeter à vontade de Deus. Assim, ao imitar a humildade de Cristo, podemos viver de maneira que agrada a Deus e edifica aqueles ao nosso redor.
III – A SÍNDROME DE IMPERADOR
1- A soberba de Hamã.
Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12).
A falta de disciplina pode levar ao desenvolvimento de um caráter arrogante e autoritário. Provérbios 29.15 diz: “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.” A disciplina deve ser aplicada com amor e sabedoria, para ensinar os filhos a viverem de acordo com os princípios de Deus. A correção não é apenas uma questão de autoridade, mas uma demonstração de cuidado e preocupação com o bem-estar futuro dos filhos.
A história de Hamã ilustra as consequências da soberba.
Ele planejou a execução de Mardoqueu, mas acabou sendo humilhado publicamente e, posteriormente, enforcado na própria forca que havia preparado para seu inimigo (Et 7.10). “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6).
Deus deseja famílias saudáveis e estruturadas, onde o amor e a disciplina andam de mãos dadas. Salmo 127.3-5 descreve os filhos como herança do Senhor e bem-aventurados são aqueles que têm sua aljava cheia deles. A família é o primeiro lugar onde os valores cristãos devem ser ensinados e vividos. Dedicar tempo de qualidade aos filhos, corrigir com amor e viver em constante vigilância e oração são essenciais para criar um ambiente propício ao desenvolvimento saudável e espiritual das crianças.
Os pais têm a responsabilidade de educar seus filhos nos caminhos do Senhor.
Hebreus 12.7-9 compara a disciplina dos pais terrenos com a disciplina de Deus, enfatizando que ambos visam ao bem-estar e ao crescimento dos filhos. Jó orava continuamente por seus filhos, mostrando uma dedicação espiritual e uma preocupação com sua relação com Deus (Jó 1.5). “Se os teus filhos guardarem o meu concerto e os meus testemunhos que eu lhes ensinar, também os seus filhos se assentarão para sempre no teu trono” (Sl 132.12). Esta promessa divina destaca a importância de uma educação piedosa e centrada nos ensinamentos de Deus.
2- Um mau prenúncio.
Hamã chegou em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido. Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu. Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a muitos sofrimentos e ameaças. Era um mau prenúncio para Hamã.
O prenúncio dado a Hamã não era meramente uma premonição pessoal, mas uma observação baseada na história e na fé. As pessoas viam os judeus como um povo protegido por seu Deus, que intervinha em momentos críticos para salvar e preservar a nação. A queda inicial de Hamã diante de Mardoqueu parecia um sinal de que ele estava lutando contra forças muito maiores do que poderia imaginar, uma batalha espiritual contra o Deus de Israel.
A Bíblia está repleta de exemplos de como Deus defende e honra os justos, enquanto humilha os soberbos e os inimigos de Seu povo. “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá” (Sl 1.6).
Além disso, a profecia contra Hamã destaca a verdade espiritual de que “não prevalecerás contra ele” (Et 6.13). Isso ecoa as palavras de Isaías: “Nenhuma arma forjada contra ti prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor” (Is 54.17). A justiça de Deus é imutável e Ele é fiel em proteger Seu povo.
Hamã representa o orgulho e a arrogância que se elevam contra Deus e Seu povo. A Bíblia ensina que o orgulho precede a ruína: “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). Hamã, com seu plano maligno contra os judeus, estava destinado ao fracasso, pois se opôs ao plano divino e ao povo escolhido por Deus.
CONCLUSÃO
Quanta coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso! Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele não nos ordenou fazer, no afã de resolver nossos problemas. O segredo é confiar no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no controle e sempre age no momento certo.