Subsidio Lição 05: A Missão da Igreja de Cristo | 1° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS
TEXTO ÁUREO
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)
VERDADE PRÁTICA
Como o sal fora do saleiro cumpre a sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discípula, testemunha das insondáveis riquezas de Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 16.14-20; Atos 2.42-47
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar a missão da Igreja de Cristo. Veremos que a Igreja é chamada para proclamar a poderosa mensagem da cruz. Assim, ela cumpre a sua vocação de eleita quando participa da Grande Comissão deixada pelo seu fundador, Jesus Cristo (Mt 28.19). Como consequência dessa realidade, veremos que a igreja é uma comunidade adoradora de comunhão e, finalmente, é uma comunidade que exerce um grande papel no presente século. Portanto, a Igreja de Cristo exerce uma grande missão neste mundo.
A missão da Igreja de Cristo está centrada na poderosa mensagem da cruz e é expressa na Grande Comissão de Mateus 28.19. Essa comissão transcende fronteiras e chama a igreja a proclamar ativamente a redenção de Cristo a todas as nações.
Além da proclamação, a igreja é desafiada a se tornar uma comunidade adoradora de comunhão, dedicando-se à adoração genuína e fortalecendo laços fraternos. A missão da igreja não se limita ao âmbito espiritual, estendendo-se à ação social e à relevância na sociedade.
Assim, a Igreja de Cristo cumpre sua vocação quando, iluminada pelo Evangelho, proclama, adora, comunica e age, impactando o mundo com a mensagem transformadora da cruz.
PALAVRA-CHAVE: Grande Comissão
I – PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO
1- Proclamando as Boas-Novas.
A Igreja foi fundada por Cristo (Mt 16.18) como uma instituição para abençoar o mundo. Essa missão é exercida por meio da pregação do Evangelho: “Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.21). Após ressuscitado, o Senhor Jesus comissionou os discípulos a pregarem o Evangelho (Mc 16.14-20). Referindo-se a essa missão, Marcos usa o verbo grego Keryssó, traduzido como “pregar”, “proclamar”. O sentido é de um arauto que proclama algo. Esse verbo ocorre 61 vezes no Novo Testamento. É o termo usado para mostrar João, o batista, “pregando no deserto da Judeia” (Mt 3.1); e Jesus Cristo quando começou a pregar (Mt 4.17).
A igreja não é apenas uma instituição, mas um organismo vivo, dotado de uma missão divina de abençoar o mundo.
A base dessa missão é a pregação do Evangelho, uma tarefa que, à primeira vista, pode parecer tola ou até mesmo louca, como destaca 1 Coríntios 1.21: “Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação”.
Aqui, a loucura não está na mensagem, mas na aparente simplicidade e ousadia de proclamar a salvação por meio da mensagem de Cristo crucificado e ressuscitado.
Ao analisarmos o chamado de Cristo aos discípulos em Marcos 16.14-20, observamos a comissão dada por Jesus após a ressurreição. A palavra-chave aqui é “Keryssó”, que significa proclamar ou pregar. Esse verbo é usado para descrever a ação de João Batista pregando no deserto da Judeia (Mateus 3.1) e Jesus começando sua obra de pregação (Mateus 4.17). O termo sugere um anúncio proeminente, como o de um arauto que proclama uma notícia importante e urgente.
O deserto da Judeia, onde João Batista pregava, simboliza um lugar árido e desolado espiritualmente, representando a condição pecaminosa da humanidade. A pregação no deserto era uma chamada para a transformação, uma voz que clamava por arrependimento e preparação para a chegada do Messias.
Ao seguir esse modelo, a Igreja é chamada a ser uma voz audível nos desertos espirituais de nossa sociedade. O Evangelho não é uma mensagem reservada apenas para os púlpitos das igrejas; é uma proclamação que deve ecoar nas áreas áridas e necessitadas do mundo.
A missão de proclamar as Boas-Novas não é apenas uma tarefa histórica; é uma responsabilidade contínua para a igreja contemporânea.
Assim como os discípulos receberam a comissão de proclamar o Evangelho após a ressurreição, a igreja moderna é chamada a persistir nessa missão.
Em Romanos 10.14, Paulo questiona retoricamente: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?” Este verso destaca a importância crucial da proclamação, da pregação, para que as pessoas tenham a oportunidade de ouvir e responder ao Evangelho.
A missão de proclamar as Boas-Novas é, portanto, a essência da identidade da igreja. Cada crente é chamado a ser um arauto, proclamando as maravilhosas obras de Deus, seguindo o exemplo dos primeiros apóstolos e atendendo ao chamado direto de Cristo para ser luz em um mundo que precisa de esperança.
2- O objeto da pregação.
Outro termo usado com muita frequência no Novo Testamento para se referir à Grande Comissão da Igreja é euangelizô. Esse verbo ocorre 54 vezes no Novo Testamento e o seu sentido é o de trazer as Boas-Novas, pregar as Boas-Novas. Nesse aspecto, o objeto das Boas-Novas não se refere a alguma coisa, mas a alguém, a uma pessoa. Nesse sentido, os cristãos primitivos “não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42). Pregar a Jesus Cristo não é pregar uma “coisa” ou uma mensagem subjetiva, mas proclamar ao mundo caído que Ele está vivo e pronto para salvar. Pregar a mensagem da cruz é anunciar o Evangelho do Reino de Deus revelado em Cristo (At 8.12).
A proclamação das Boas-Novas, vai além de um mero anúncio; ela se concentra em uma pessoa, Jesus Cristo. O termo “euangelizô”, utilizado no Novo Testamento em referência à Grande Comissão, ocorre 54 vezes e tem o significado de trazer as Boas-Novas, pregar o Evangelho. Esse verbo destaca a ênfase não apenas na mensagem, mas no próprio mensageiro, na pessoa de Jesus Cristo.
Ao abordarmos a natureza desse termo, é importante compreender que as Boas-Novas não se referem a algo abstrato ou a uma ideia, mas a uma Pessoa viva e redentora. A proclamação das Boas-Novas é a mensagem da ressurreição, da vitória sobre o pecado e da oferta da salvação por meio de Jesus Cristo.
O livro de Atos 5.42, ilustra vividamente esse conceito.
Ele descreve os cristãos primitivos que, ininterruptamente, ensinavam e anunciavam a Jesus Cristo. Aqui, a ênfase recai sobre a constância desse testemunho. Não se trata de uma proclamação ocasional, mas de uma contínua e persistente exposição da pessoa de Cristo. A igreja primitiva compreendia que o cerne da Boa-Nova é a revelação de Jesus, Sua vida, morte e ressurreição.
Portanto, pregar a Jesus Cristo não é meramente comunicar uma doutrina ou uma mensagem subjetiva; é anunciar a realidade viva e transformadora da pessoa de Cristo. É proclamar ao mundo caído que Ele está vivo e disposto a salvar.
A mensagem da cruz não é apenas um relato histórico; é o anúncio do Evangelho do Reino de Deus manifestado em Cristo.
O versículo de Atos 8.12 destaca essa ênfase na pregação de Cristo. Quando Filipe pregou o Evangelho em Samaria, ele não apresentou uma teoria abstrata ou uma ideia filosófica; em vez disso, ele anunciou Jesus Cristo e o Reino de Deus.
Assim, ao abordar o objeto da pregação, é vital compreender que a igreja não está simplesmente comunicando conceitos teológicos; ela está proclamando a Pessoa viva de Jesus Cristo. A mensagem da cruz é a mensagem da redenção através da obra consumada de Cristo, uma oferta de salvação que transcende as barreiras do tempo e continua a ser a esperança viva para um mundo perdido.
Pregar Jesus Cristo é proclamar o Evangelho que transforma vidas, oferecendo reconciliação e vida eterna a todos que creem.
3- Discipulando os convertidos.
“Pregar” e “proclamar” é levar a Palavra de Deus aos que estão do lado de fora da Igreja, enquanto que discipular” é instruir os que estão do lado de dentro. O verbo “discipular”, do grego matheteuo, ocorre somente quatro vezes no Novo Testamento, enquanto o substantivo “discípulo” (gr. mathetés) ocorre 261 vezes. O sentido é o de alguém instruído ou treinado em alguma coisa. É o termo usado em Mateus 28.19 para designar a Grande Comissão: “Ide, ensinai todas as nações”. Na verdade, Jesus estava dizendo: “Ide e discipulai”. A Igreja não é formada apenas por “crentes”, a Igreja é formada por discípulos. Alguém pode estar na igreja local sem, contudo, ser um discípulo. Este é alguém que é capaz de reproduzir e passar para outrem o que aprendeu e vive por meio de Cristo Jesus.
O processo de discipulado dentro da Igreja é crucial para a eficácia da missão cristã. Enquanto pregar e proclamar levam a Palavra de Deus aos que estão do lado de fora, o discipulado tem a tarefa de instruir e treinar os que já estão dentro. A distinção entre essas abordagens destaca a importância de ir além da simples divulgação da mensagem, buscando também o desenvolvimento e amadurecimento daqueles que responderam ao chamado de Cristo.
A igreja, portanto, não é meramente uma reunião de crentes ; é uma comunidade de discípulos.
Essa distinção é crucial, pois indica que fazer parte da igreja vai além de um mero título de “crente”. Ser discípulo implica um compromisso ativo de aprender, crescer e compartilhar o conhecimento adquirido com outros.
O verdadeiro discipulado vai além da acumulação de conhecimento teórico; é a aplicação prática da Palavra de Deus na vida diária. O discípulo é alguém que não apenas absorve a verdade, mas que a internaliza e a vive. Essa vivência genuína é o que capacita um discípulo a reproduzir e passar adiante o que aprendeu.
Assim, a Igreja é convocada não apenas para gerar crentes, mas para moldar discípulos comprometidos. Esses discípulos não apenas seguem a Cristo, mas também estão envolvidos ativamente no processo de fazer outros discípulos.
O discipulado, assim, se torna um ciclo contínuo de aprendizado, crescimento e multiplicação, refletindo a verdadeira essência da Grande Comissão de Jesus.
Neste processo, a Igreja não apenas cresce numericamente, mas também se fortalece em profundidade espiritual e impacto transformador.
II – ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO
1- Uma comunidade adoradora.
No contexto bíblico, a adoração significa dar a glória que é devida somente a Deus. É tirar a atenção de nós mesmos para centrarmos unicamente no Senhor (Mt 4.10). A adoração tem a ver com o nosso serviço a Deus. Não é algo que se faz apenas no momento do culto público ou privativamente. Tem a ver com nossa maneira de ser, agir e viver. É viver a vida para Deus! Esse é o sentido do termo grego latreia, traduzido como “adorar”. o apóstolo Paulo roga à igreja que apresente a Deus o seu corpo em “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). A palavra “culto” nesse texto traduz o termo grego latreia. O sentido é o de um serviço prestado a Deus de forma consciente e integral. É viver totalmente para o Senhor.
A Romanos 12.1, oferece uma visão profunda sobre a adoração. O apóstolo Paulo, ao rogar à igreja, exorta os crentes a apresentarem seus corpos como um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”.
Aqui, a palavra “culto” traduz o termo grego “latreia”. O sentido é claro: a adoração não se restringe a cânticos e orações, mas envolve a consagração total da vida como um serviço racional a Deus.
O culto racional vai além do emocionalismo superficial; é uma resposta lógica e consciente ao amor e à graça divinos. Significa viver inteiramente para o Senhor em todas as esferas da vida, refletindo a adoração não apenas como um evento, mas como uma postura constante. Assim, a adoração ultrapassa o espaço do templo e invade o domínio do cotidiano, influenciando escolhas, atitudes e interações.
Ao viver uma vida de adoração, a igreja se torna um reflexo palpavel do serviço prestado a Deus. O compromisso de honrar e glorificar o Criador molda cada ação, palavra e decisão. Isso implica em uma entrega diária, uma renúncia do ego em favor da exaltação do Senhor.
Portanto, ser uma igreja adoradora vai além das expressões tradicionais de culto; é uma transformação constante e uma resposta ativa ao chamado divino. É a busca contínua de viver totalmente para o Senhor, reconhecendo que a verdadeira adoração se manifesta na maneira como vivemos nossas vidas diárias, em conformidade com a vontade e a glória de Deus.
2- Uma comunidade edificadora.
A igreja é uma comunidade proclamadora, adoradora e edificadora. A palavra grega oikodomé, traduzida como “edificar”, é usada no seu sentido literal de construir um edifício e, metaforicamente, no sentido de crescimento espiritual. No primeiro sentido é usada por Jesus em referência à casa edificada sobre a rocha (Mt 7.24) e, no segundo sentido, em Efésios 4.12. Nessa última referência, o apóstolo Paulo diz que Deus pôs na Igreja os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres para a “edificação do corpo de Cristo”.
Este, por exemplo, é o objetivo dos dons espirituais: trazer edificação à igreja (1 Co 14.3). Assim, quem fala em línguas em público, sem interpretação, edifica-se a si mesmo (1 Co 14.4); contudo, não edifica a igreja, que não entendeu o que foi dito (1 Co 14.5). Dessa forma, o apóstolo Paulo exorta os crentes a buscarem a edificar “uns aos outros” (1 Ts 5.11).
Em uma perspectiva literal, Jesus emprega o termo “oikodomé” ao descrever a construção de uma casa sobre a rocha, conforme Mateus 7.24. Essa analogia destaca a importância de ter uma base sólida e segura para a vida espiritual. Uma igreja edificada sobre a rocha da verdade e da fidelidade a Cristo é resistente às tempestades da vida.
No sentido metafórico, Paulo explora o conceito de edificação em Efésios 4.12, onde afirma que Deus designou apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres para a “edificação do corpo de Cristo”.
Aqui, a igreja se compara a um organismo vivo, em constante crescimento espiritual, no qual cada membro desempenha um papel vital no desenvolvimento coletivo.
1 Coríntios 14.3 destaca os dons espirituais como ferramentas essenciais para edificar a igreja. Paulo ressalta que esses dons são concedidos para trazer crescimento e fortalecimento à comunidade cristã. No entanto, ele também alerta sobre o perigo de um uso desordenado dos dons, como falar em línguas sem interpretação, que pode resultar na edificação individual, mas não contribui para o benefício coletivo da igreja (1 Coríntios 14.4-5).
A exortação de Paulo em 1 Tessalonicenses 5.11 ressalta a importância da busca ativa pela edificação mútua entre os membros da igreja. Ele incentiva os crentes a se esforçarem em edificar “uns aos outros”, destacando a responsabilidade coletiva de fortalecer o corpo de Cristo.
III – COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO
1- A fé na esfera fraternal.
Um dos pilares da Igreja Primitiva estava na comunhão (At 2.42). A palavra grega koinonia, traduzida aqui como “comunhão”, ocorre 19 vezes no Novo Testamento e o seu sentido é literalmente de “parceria”, “participação” e “comunhão espiritual”. Se somos cristãos e andamos na luz do Evangelho, devemos viver em comunhão (1 Jo 1.7). Onde não há comunhão entre os crentes, também não há igreja solidamente edificada. Não há, portanto, Igreja onde seus membros vivem isolados e não mantêm comunhão uns com os outros.
O termo “comunhão” vai além de uma mera interação social; ele implica em uma participação profunda e espiritual entre os membros da comunidade de fé. A comunhão, nesse contexto, é um reflexo da união dos crentes com Deus e entre si.
O apóstolo João, em 1 João 1.7, reforça a importância da comunhão ao afirmar que, se estamos andando na luz do Evangelho, devemos viver em comunhão. Essa luz é a verdade revelada em Cristo, e caminhar nela implica em compartilhar a jornada com outros crentes, resultando em uma comunhão que fortalece a fé individual e coletiva.
A falta de comunhão entre os crentes representa um obstáculo para a solidez na edificação da igreja.
Quando os membros vivem isolados e não mantêm uma relação uns com os outros, a estrutura da igreja fica comprometida. A comunhão é, portanto, um componente vital para a coesão e fortalecimento da igreja, contribuindo para uma edificação sólida e eficaz.
Portanto, a fé na esfera fraternal implica não apenas na participação em eventos da igreja, mas na construção de relacionamentos autênticos, baseados na partilha mútua, apoio espiritual e compromisso cristão. Em um contexto de verdadeira comunhão, a igreja se torna uma família espiritual, onde cada membro desempenha um papel importante na edificação do corpo de Cristo.
2- Unidade e Fraternidade.
A igreja do Novo Testamento se expressa por meio da unidade e fraternidade entre seus membros (1 Jo 1.3). Jesus orou pela união fraterna de seus discípulos (Jo 17.21). Um dos grandes males da igreja hodierna está justamente na quebra da comunhão cristã, o que tem provocado grande fragmentação no Corpo de Cristo. Devemos, portanto, nos esforçar por manter a comunhão cristã em nossas igrejas locais (Hb 13.16).
O apóstolo João destaca que a comunhão não é apenas uma experiência entre os crentes e Deus, mas também entre eles mesmos. A verdadeira comunhão implica em compartilhar não apenas com o Pai celestial, mas também uns com os outros.
Essa partilha não se restringe a aspectos espirituais, mas abrange todos os aspectos da vida, incluindo desafios, bênçãos, recursos e experiências.
Jesus, ao orar pela unidade fraterna de seus discípulos em João 17.21, reconhece a importância dessa coesão para o testemunho eficaz da comunidade cristã. A unidade é um poderoso testemunho ao mundo, revelando a realidade do amor de Cristo que transcende as diferenças individuais. Portanto, considera-se a quebra dessa unidade como um dos grandes males que impactam a igreja contemporânea.
A falta de comunhão cristã tem contribuído para a fragmentação do Corpo de Cristo nos dias atuais. A diversidade de doutrinas, práticas e divisões denominacionais muitas vezes obscurece a mensagem central do Evangelho. Diante disso, a exortação em Hebreus 13.16 destaca a necessidade de esforço contínuo na manutenção da comunhão cristã em igrejas locais.
3- A fé na esfera social.
A fé cristã também precisa ser expressa na esfera pública. Ela tem o seu lado social. Se por um lado o substantivo grego koinonia significa “comunhão”, por outro lado, o verbo grego koinoneo possui também o sentido de “ajuda contributiva e partilha”. É usado por Paulo com esse sentido em Romanos 12.13. O sentido nesse texto é o de socorrer os mais pobres em suas necessidades. O apóstolo Paulo elogiou os Filipenses por serem conscientes da dimensão social do Evangelho (Fp 4.15).
Não se trata apenas de matar a fome dos pobres deixando-os vazios de Deus. É o exercício da fé cristã na sua integralidade. A igreja, portanto, não pode exercer sua fé da maneira bíblica esquecendo dos mais carentes ou mais pobres. Jesus ressaltou esse fato (Mt 25.35,36). Que modelo de igreja somos quando poucos têm muito e muitos têm tão pouco? O apóstolo exorta a igreja para atentar para esse fato (Tg 2.15,16).
A atenção aos menos favorecidos não é uma opção, mas uma resposta natural daqueles que compreendem e vivem os valores do Evangelho.
A igreja, como corpo de Cristo, não pode negligenciar a dimensão social da fé. O modelo bíblico de igreja não é apenas aquele que busca o crescimento espiritual interno, mas também aquele que se preocupa com os necessitados e se envolve ativamente na transformação social. A fé cristã atinge sua plenitude quando a comunhão espiritual se manifesta em ações práticas de amor, compaixão e justiça na sociedade em que está inserida.
Portanto, a igreja deve ser um farol de esperança e transformação, impactando positivamente a comunidade ao seu redor.
CONCLUSÃO
Vimos que a Igreja de Cristo tem uma grande missão aqui na Terra. Ela foi chamada para ser sal e luz. Como sal ela salgará o mundo com a mensagem da cruz em uma sociedade que está corrompida pelo engano do pecado. Como luz, ela resplandecerá nas densas trevas que cobrem o mundo sem Deus. Ao mostrar Jesus Cristo ao mundo perdido, produzir discípulos e transformá-los em adoradores, a Igreja cumpre com a missão para a qual foi chamada.
Muito bom! Eu sou professor da EBD e seus comentários são pertinentes e de muita sabedoria.
Obrigado pela colaboração.
Deus abençoe o teu trabalho.
Estou bastante satisfeito com o conteúdo, está ajudando muito para melhor entendimento.
Glória a Deus.