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Subsidio Lição 11: A Realidade Bíblica do Inferno

Subsidio Lição 11 A Realidade Bíblica do Inferno

Subsidio Lição 11: A Realidade Bíblica do Inferno | 2° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS

 

Não é incomum, nos dias de hoje, encontrar filósofos e teólogos que negam abertamente a Bíblia, a divindade de Jesus Cristo e o sobrenatural. Essa atitude não deve causar surpresa, pois aqueles que assim agem já têm suas consciências cauterizadas, ou seja, tornaram-se insensíveis às questões espirituais e morais. Vivem de acordo com suas próprias crenças e entendimentos, rejeitando a verdade e não obedecendo à Palavra de Deus. O apóstolo Paulo nos alertou que surgiriam pessoas assim, que passariam a falar coisas pervertidas para atrair seguidores.

Diversos textos bíblicos aludem a pessoas que se tornaram rebeldes e insensíveis, escolhendo deliberadamente o caminho da desobediência e negando os valores espirituais e morais.

Em Mateus 13:15, vemos uma referência ao coração insensível do povo: “Porque o coração deste povo se tornou endurecido; de má vontade ouviram com seus ouvidos, e fecharam os olhos”. Esta passagem ilustra como as pessoas podem se tornar insensíveis às verdades divinas.

Outro exemplo está em Romanos 1:28, onde Paulo fala sobre aqueles que desprezaram o conhecimento de Deus e entregaram-se a uma vida pecaminosa:. “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm”. Este versículo destaca as consequências de rejeitar o conhecimento de Deus.

Finalmente, 1 Timóteo 4:2 fala sobre homens de consciências cauterizadas que proferem mentiras: “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”. Este versículo descreve a condição de aqueles que, insensíveis à verdade, promovem falsidades.

Aqueles que perderam a sensibilidade espiritual e moral não conseguem mais discernir entre a verdade e o erro, resultando em um comportamento antiético. Um filósofo ou teólogo com uma consciência cauterizada vê temas como Céu, Inferno e santidade apenas como construções mitológicas e moralistas, destinadas a controlar socialmente as pessoas.

O Ensino do Universalismo , contrasta fortemente com o ensino bíblico. As Escrituras afirmam claramente que a salvação e a condenação são realidades distintas, determinadas pela fé em Jesus Cristo e pelo comportamento moral das pessoas.

A Bíblia ensina que Deus é justo e que a justiça divina demanda retribuição apropriada para o pecado. Em 2 Tessalonicenses 1:6-9, Paulo escreve: “É justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder”. Este texto enfatiza que haverá uma retribuição justa para os que rejeitam o evangelho.

A Bíblia também é clara sobre a exclusividade da salvação em Jesus Cristo. Em João 14:6, Jesus diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Este versículo mostra que a salvação é acessível somente através de Jesus, e não há outro caminho para o Pai.

Alem disso, em Lucas 13:3, Jesus afirma: “Não; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”. Este chamado ao arrependimento implica que aqueles que não se arrependem enfrentarão a condenação.

Portanto , o Universalismo, ao sugerir que todos serão salvos independentemente de sua fé ou comportamento, minimiza a seriedade do pecado e a necessidade de redenção. Ele dilui a mensagem do evangelho e a necessidade de fé em Cristo para a salvação. Romanos 6:23, Paulo escreve: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Este versículo destaca a consequência do pecado e a dádiva da vida eterna somente através de Jesus.

3- O alerta apostólico.

Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de Deus em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vivida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.

Paulo advertiu que esses falsos ensinadores teriam uma aparência externa de religiosidade, mas suas vidas e ensinos mostrariam uma negação da verdadeira eficácia da piedade. Em 2 Timóteo 3:5, ele descreve essas pessoas como “tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afasta-te também destes”. Essa advertência ressoa com o que Jesus disse sobre falsos profetas em Mateus 7:15: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”. Ambos os textos ressaltam a necessidade de discernimento por parte dos crentes para identificar aqueles que distorcem a verdade enquanto aparentam ser devotos.

Além de negarem a eficácia da piedade, esses falsos ensinadores resistem ativamente à verdade.

Paulo compara-os a Janes e Jambres, que resistiram a Moisés, exemplificando essa resistência em 2 Timóteo 3:8: “E do modo que Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé”. Esta resistência à verdade é uma característica constante dos falsos ensinadores, que preferem seus próprios enganos à clara revelação divina.

Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos esses alertas apostólicos. A proliferação de ensinos que negam a doutrina bíblica do Inferno, que reinterpretam a mensagem de salvação e que rejeitam a autoridade das Escrituras é um sinal claro dos tempos em que vivemos. Esses falsos ensinadores buscam atrair seguidores com mensagens que parecem agradáveis e inclusivas, mas que, na verdade, desviam-se radicalmente da verdade bíblica.

Pode-se dizer que o Antigo Testamento não deixa claro o significado da palavra “Sheol” devido às diversas maneiras como é utilizada. Ela é usada para se referir ao mundo dos mortos, à sepultura, ao inferno e à cova. Essa palavra aparece muitas vezes no Antigo Testamento e é associada à ideia de onde os mortos iam, tanto justos quanto ímpios.

No Antigo Testamento, o foco principal está no lugar para onde os corpos das pessoas iam após a morte, em vez do destino da alma. Não há uma distinção clara entre um lugar de castigo e outro de bênçãos no Sheol. Assim, o Antigo Testamento prepara o terreno para o Novo Testamento, onde a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte se torna mais clara.

1. Hades (ᾍδης)

Hades é a palavra grega que traduz o hebraico “Sheol”. No Antigo Testamento, Sheol é o lugar dos mortos, uma morada sombria para todos os falecidos, independentemente de seu comportamento moral.

Hades aparece em várias passagens do Novo Testamento, referindo-se geralmente ao lugar temporário dos mortos antes do julgamento final.

Exemplos de Uso:

  • Mateus 11:23: “E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até ao inferno (Hades); porque, se em Sodoma tivessem sido feitas as maravilhas que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.”
  • Lucas 16:23: Na parábola do rico e Lázaro, Jesus diz: “E no inferno (Hades), ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio.”

Nesses contextos, Hades é um lugar de espera e tormento para os ímpios até o julgamento final.

2. Tártaro (Τάρταρος)

Tártaro, na mitologia grega, é um lugar ainda mais profundo que o Hades, usado para punir os titãs. No contexto bíblico, é um lugar de aprisionamento e tormento reservado para os anjos caídos.

Tártaro é mencionado apenas uma vez no Novo Testamento.

Exemplo de Uso:

  • 2 Pedro 2:4: “Porque, se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno (Tártaro), os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo.”

Aqui, Tártaro é um lugar de prisão temporária para os anjos caídos, aguardando o julgamento final.

3. Geena (γέεννα)

Geena deriva do Vale de Hinom, nos arredores de Jerusalém, onde se realizavam sacrifícios humanos no período do Antigo Testamento e, posteriormente, era usado como depósito de lixo, onde o fogo queimava continuamente. Esta imagem de destruição contínua foi usada para descrever o destino final dos ímpios.

Geena é frequentemente usada por Jesus para descrever o destino final de julgamento e condenação.

Exemplos de Uso:

  • Mateus 5:22: “Eu, porém, vos digo que qualquer que sem motivo se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno (Geena).”
  • Marcos 9:43: “E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno (Geena), para o fogo que nunca se apaga.”

Geena, portanto, simboliza o lugar final de punição eterna para os ímpios, um lugar de fogo inextinguível e tormento eterno.

O Inferno, ou o lago de fogo, foi preparado para o Diabo e seus anjos como um lugar de punição eterna. Este propósito é reiterado em várias passagens bíblicas. Em 2 Pedro 2:4, lemos: “Porque se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo”. Judas 1:6 também fala sobre anjos que não guardaram o seu estado original e foram reservados para o julgamento: “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia”. Essas passagens indicam que o Inferno é um lugar de retribuição divina contra a rebelião angélica.

Embora o Inferno tenha sido inicialmente preparado para o Diabo e seus anjos, a Bíblia afirma que aqueles seres humanos que rejeitam Deus e Sua Palavra também serão destinados a este lugar de punição eterna.

Em 2 Coríntios 4:4, Paulo descreve o Diabo como “o deus deste século”, que cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo. Quando as pessoas escolhem seguir o Diabo e resistem à verdade de Deus, tornam-se sujeitos ao mesmo julgamento reservado para Satanás e seus demônios.

Deus não deseja que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9). No entanto, Ele também deu aos seres humanos o livre-arbítrio para aceitar ou rejeitar Seu oferecimento de salvação através de Jesus Cristo. Aqueles que escolhem rejeitar Deus e Sua verdade colocam-se sob o governo do Diabo e, consequentemente, compartilham de seu destino. Jesus, ao ensinar sobre o julgamento final em Mateus 25:46, afirma: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. Este ensino de Jesus claramente distingue os destinos eternos baseados nas escolhas humanas.

O Inferno é descrito como um estado de completa separação de Deus. Em Mateus 25:41, Jesus diz: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” Esta passagem indica que aqueles que rejeitam Jesus serão condenados ao mesmo destino que Satanás e seus demônios. Este estado de separação eterna de Deus é a essência do tormento no Inferno.

O Novo Testamento é claro ao afirmar que todas as pessoas que desprezam Jesus como Senhor e Salvador passarão a eternidade no Inferno. Esta separação total de Deus significa viver na presença do Diabo e seus demônios, conforme Mateus 25:41. A rejeição de Cristo resulta em um destino de vergonha , tristeza e agonia, conforme descrito em passagens como Marcos 9:43 e Lucas 12:5.

Portanto , a punição no Inferno é integral, afetando tanto o corpo quanto a alma. Esta compreensão é fundamental para entender a seriedade do ensino bíblico sobre o Inferno. A separação eterna de Deus e a presença contínua do sofrimento destacam a urgência da mensagem do evangelho. Jesus veio para oferecer salvação e resgatar a humanidade deste destino terrível.

3- O castigo será eterno.

Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado.

Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passarmos a eternidade com Cristo ou sem Ele, é pessoal.

Mais uma vez é importante dizer que a ida dos seres humanos para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus. Deus não deseja que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3:9).

No entanto, Deus concedeu aos seres humanos o livre-arbítrio, permitindo-lhes escolher entre segui-Lo ou rejeitá-Lo. A ida para o Inferno é, portanto, uma consequência da escolha deliberada do ser humano em viver em rebelião contra Deus. Em João 3:16-18, Jesus explica que Deus enviou Seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para que o mundo pudesse ser salvo por Ele. Aqueles que creem em Jesus não são condenados, mas aqueles que não creem já estão condenados, porque não creram no nome do Filho unigênito de Deus.

O julgamento do Grande Trono Branco, descrito em Apocalipse 20:11-15, é o momento em que todos os mortos serão ressuscitados e julgados segundo suas obras. Aqueles cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida serão lançados no Lago de Fogo. Este evento demonstra a seriedade das escolhas feitas na vida terrena e suas consequências eternas. Jesus, em Mateus 25:46, resume o destino final de todos: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. Aqueles que rejeitaram a Cristo e viveram em desobediência enfrentarão o castigo eterno, enquanto os que aceitaram Cristo e viveram em obediência receberão a vida eterna.

A Bíblia enfatiza a responsabilidade pessoal na escolha do destino eterno. Deus oferece salvação a todos através de Jesus Cristo, mas deixa a decisão de aceitar ou rejeitar essa oferta nas mãos de cada indivíduo. A ida para o Céu ou para o Inferno depende dessa escolha pessoal, refletindo a justiça de Deus e a importância do livre-arbítrio humano. Portanto, é essencial que cada pessoa considere seriamente sua posição diante de Deus e tome uma decisão consciente sobre seu destino eterno, buscando viver em conformidade com os ensinamentos de Cristo.

 

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