Subsidio Lição 10: Desenvolvendo uma Consciência de Santidade | 2° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS
TEXTO ÁUREO
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)
VERDADE PRÁTICA
Na jornada para o Céu, devemos estar conscientes a respeito da necessidade de ter uma vida santa para nos encontrarmos com o Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
A palavra “consciência” nos remete a ideia de percepção a respeito de algo que está em nossa volta, é o estado em que estamos despertos, acordados e lúcidos no tempo presente e, por isso, sabemos que existimos. Desse jeito, o crente em Jesus, que iniciou a sua jornada de fé com Cristo, deve estar consciente a respeito de viver uma vida santa, sem a qual, a Bíblia afirma: “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Nesta lição, estudaremos a importância da santidade em nossa jornada para o Céu.
Mas o que é consciência? Consciência é a faculdade interior que nos permite distinguir entre o certo e o errado, bem como refletir sobre nossos pensamentos e ações. Ela atua como um guia moral, alertando-nos sobre comportamentos que estão em desacordo com nossos valores e princípios. O cristão deve moldar e informar sua consciência pela Palavra de Deus, garantindo que seus julgamentos morais alinhem-se com a vontade divina.
A consciência, no contexto cristão, vai além de uma simples percepção moral. É uma faculdade espiritual que precisa ser educada e moldada pela Palavra de Deus. Em Romanos 2.15, lemos que a lei de Deus está escrita no coração das pessoas, “testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”. No entanto, essa consciência precisa ser nutrida pela verdade bíblica para funcionar corretamente.
A Palavra de Deus ilumina nossos passos e nos guia em caminhos de retidão, formando uma consciência sensível à vontade divina.
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Salmo 119.105). A renovação da mente, e portanto da consciência, só é possível através do conhecimento profundo e contínuo da Palavra de Deus. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).
Essas palavras nos mostram a santidade na Bíblia, destacando a ideia de viver separado do pecado e consagrado ao Senhor. Viver em santidade nos permite agradar a Deus e estar em Sua presença, tanto agora quanto no futuro, pois como diz Hebreus 12.14, “sem a santificação ninguém verá o Senhor”.
Palavra-Chave: Santidade
I- A PERSPECTIVA BÍBLICA DA SANTIFICAÇÃO
1- Santificação no Antigo Testamento.
Do hebraico qõdesh, santidade é um substantivo masculino que significa “sacralidade”, “posto à parte”, que pode se referir a Deus, aos lugares, coisas, algo à parte, separado. Essa palavra deriva da raiz verbal hebraica qadash, que traz a ideia de “consagrar”, “santificar”, “preparar”, “dedicar”, “ser consagrado”, “ser santo”, “ser santificado”, “ser separado”. Nesse sentido, a palavra qodesh aparece cerca 469 vezes no Antigo Testamento como santidade (Êx 15.11), coisa santa (Nm 4.15), santuário (Êx 36.4). Outrossim, o adjetivo qâdôsh, muito presente no Pentateuco, os primeiros livros da Bíblia, traz a ideia de um dia, uma pessoa ou uma nação inteiramente consagrada, separada, santificada a Deus (Gn 2.3 Êx 19.6).
Por intermédio dessas palavras, podemos compreender as dimensões que a santidade exerce na Bíblia, dando em especial a ideia de viver separado do pecado e desenvolver uma vida totalmente consagrada ao Senhor. A santidade no Antigo Testamento é uma qualidade essencial de Deus e um chamado para o Seu povo. Deus é descrito como “Santo, Santo, Santo” (Isaías 6.3), e este atributo é o fundamento para a santidade esperada de Seu povo. “Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:. Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Levítico 19.1-2).
A santificação envolve a separação de tudo que é impuro e a dedicação a Deus.
Esse conceito se exemplifica claramente na consagração dos sacerdotes e na santidade dos objetos de culto, separados para o serviço divino. Deus chamou a nação de Israel para ser uma “nação santa” (Êxodo 19.6), um povo distinto dos outros, vivendo de acordo com Seus mandamentos.
É por meio de um viver em santidade que podemos agradar a Deus e estar em Sua presença, tanto agora como no futuro, pois como diz em Hebreus 12.14, “sem a santificação ninguém verá o Senhor.” A santidade é um pré-requisito para a comunhão com Deus. Davi pergunta no Salmo 24.3-4: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração.” A santificação é, portanto, essencial para estar na presença de Deus.
2- No Novo Testamento.
O verbo grego hagiadzô, quer dizer “santificar”, traz a ideia de “tornar santo”, “purificar ou consagrar”, “venerar”, “ser santo”. Esse termo abrange o sentido de o crente tornar-se puro, de modo a estar purificado e santificado por obra graciosa do Espírito Santo (1 Co 6.11). Nesse sentido, no Novo Testamento, a santidade operada na vida do crente é uma obra autêntica do alto (Ef 5.26; 1 Ts 5.23).
No Novo Testamento, observamos que a santidade resulta da graça divina através do sacrifício de Jesus na cruz e se inicia com o arrependimento e a confissão de pecado. A partir de então, inicia-se a real transformação espiritual, que começa pelo lado interior. Por meio dessa transformação, o cristão busca se separar de tudo aquilo que pode contaminar sua vida, pois seu propósito agora é caminhar para a santificação final, que objetiva ser como Cristo é. “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (João 17.19).
Vivendo em santidade, cada ação, gesto ou palavra do crente reflete sua nova posição em Cristo, porque ele quer ser santo em toda maneira de viver (1 Pedro 1.15). Esta transformação contínua e progressiva é obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver de acordo com a vontade de Deus. O apóstolo Paulo nos lembra de que a vontade de Deus para nós é a santificação: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra” (1 Tessalonicenses 4.3-4).
Além disso, Paulo enfatiza que nós devemos buscar a santidade em vez da impureza: “Porque Deus nos chamou para a santificação, não para a impureza” (1 Tessalonicenses 4.7).
Este chamado à santidade é tanto um privilégio quanto uma responsabilidade, pois reflete a nossa nova identidade em Cristo. A santidade deve ser evidente em nosso comportamento diário, sendo um testemunho visível da obra redentora de Cristo em nós.
A santificação, segundo o Novo Testamento, é um processo que envolve a cooperação do crente com o Espírito Santo. Somos exortados a nos purificar de toda impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus (2 Coríntios 7.1). Essa busca pela santidade exige esforço contínuo e vigilância, mas é sustentada pela graça de Deus, que opera em nós tanto o querer quanto o realizar, segundo a Sua boa vontade (Filipenses 2.13).
Portanto, a santificação no Novo Testamento é apresentada como uma obra integral que envolve a totalidade do ser do crente – espírito, alma e corpo – para ser conservado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 5.23). É uma caminhada contínua de transformação e renovação, onde a meta final é a conformidade à imagem de Cristo. “E todos nós, com rosto desvendado, contemplando como por espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Coríntios 3.18).
3- A santidade exigida pela Palavra.
Em nossa jornada cristã rumo ao Céu, a Palavra de Deus exige santidade em todas as áreas de nossa vida. Isso porque a palavra da verdade nos santifica (Jo 17.17). Desse modo, o crente em Jesus não pode ter compromisso com o comportamento pecaminoso, visto que em sua lida diária, ele tem um compromisso de buscar um estilo de vida santo, pois sabe que sem ele não podemos ver o Senhor (Hb 12.14).
A exigência a santidade não é uma invenção humana, nem uma ideia surgida de líderes religiosos, mas uma ordem divina expressa em toda a Escritura. Deus nos convoca a viver em santidade após nossa transformação em Cristo (2 Coríntios 5.17). Neste novo caminhar, não devemos mais submeter nossos corpos ao domínio do pecado (Romanos 6.13). Mas, pelo poder do Espírito Santo, devemos buscar uma vida consagrada e dedicada a Deus, afastando-nos cada vez mais do mal.
É importante compreendermos que não há possibilidade de vivermos segundo a vontade de Deus sem a prática da santidade.
Não podemos simplesmente ponderar se desejamos ou não ser santos para o Senhor. Esta não é uma escolha que temos o luxo de fazer; pois é uma exigência inegociável. A santificação é uma resposta à salvação que recebemos de Deus e deve evidenciar-se pelos frutos que produzimos (Mateus 3.8; Gálatas 5.22).
Vale ressaltar que ao abordar a demanda pela santidade na Palavra de Deus, não estamos sendo chamados a uma perfeição absoluta nesta vida. Porque isso é algo quase impossível dada nossa natureza falível e pecadora. Paulo testemunhou que pela graça de Deus tornou-se um homem santo (1 Coríntios 15.10), e nós podemos afirmar o mesmo. Somente pelo Espírito Santo e pela graça divina somos capacitados a desenvolver um padrão de vida santificado que seja agradável a Deus em todos os aspectos.
II- A SANTIFICAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS
1- A realidade da santificação.
A partir do que estudamos sobre os termos bíblicos a respeito da santificação, podemos afirmar que se trata de um ato, um estado é um processo pelo qual o pecador se torna santo (Rm 6.19-22; 1 Ts 4.1-7). Em primeiro lugar, a santificação é um ato de separação do mundo. Em segundo, ela é um processo cujo propósito é levar o cristão a se tornar semelhante ao nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 8.29). Assim, a santificação busca aperfeiçoar o crente de modo que a imagem de Cristo se reflita plenamente em sua vida (2 Co 7.1; Ef 4.12,13; 5.26). Nesse caso, a santificação bíblica é um processo que abrange pelo menos três estágios: Santificação inicial (posicional), Santificação Progressiva e Glorificação.
A santificação bíblica é um processo que se desenrola ao longo da vida do crente, começando com sua separação inicial para Deus, progredindo em sua conformidade com Cristo e culminando em sua glorificação na presença de Deus. É um trabalho contínuo do Espírito Santo em nós, capacitando-nos a viver vidas santas e piedosas neste mundo, enquanto aguardamos ansiosamente a revelação final de nossa santificação na glória vindoura.
2- Três estágios da santificação.
Em primeiro lugar, a santificação do crente inicia com o Novo Nascimento, pois por intermédio do Espírito Santo, o crente é declarado justo diante de Deus, completamente regenerado, declarado sem pecado; trata-se da santificação inicial ou posicional (1 Co 6.11). Em segundo lugar, há o estágio progressivo da santificação neste mundo, em que o crente se despoja do “velho homem” e vai se revestindo do “novo homem” até alcançar a perfeita imagem de Cristo (Gl 5.16-18; Ef 4.20- 24,27-30). Esse estágio leva ao último: o da glorificação. Esse é o momento em que o crente será como Jesus é (Rm 8.29; 1Jo 3.2) e receberá um corpo ressurreto tal qual o do nosso Senhor, por ocasião da sua aparição após a ressurreição (Jo 20.24-29; cf. 1 Ts 4.13-18).
Santificação Inicial (Posicional)
A santificação inicial, ou posicional, ocorre no momento da conversão. Quando uma pessoa aceita Jesus Cristo como seu Salvador, ela é instantaneamente santificada, ou seja, separada para Deus. Nesta fase, o novo crente é declarado santo por causa da obra redentora de Cristo e estabelece sua posição em Cristo. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Coríntios 1.30). É um ato definitivo e irrevogável que marca o início da vida cristã.
Santificação Progressiva
A santificação progressiva é o processo contínuo pelo qual o crente cresce em santidade, tornando-se cada vez mais parecido com Cristo. Este estágio caracteriza-se por uma transformação gradual e contínua da vida do crente pelo poder do Espírito Santo. “Portanto, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”. (Filipenses 2.12). Aqui, o crente é chamado a cooperar com o Espírito Santo, renunciando ao pecado e cultivando virtudes cristãs.
Durante esta fase, o cristão deve estar vigilante e diligente, buscando constantemente a pureza de coração e a conformidade com a vontade de Deus. “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4.15). A santificação progressiva envolve luta e esforço, mas a graça de Deus que opera em nós a sustenta.
Glorificação
O estágio final da santificação é a glorificação, que ocorrerá na segunda vinda de Cristo. Neste momento, os crentes serão completamente libertos do pecado e suas consequências, recebendo corpos glorificados e perfeitos. “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1 João 3.2). A glorificação culmina na santificação, quando a imagem de Cristo será plenamente refletida em nós.
3- O alvo da santificação.
Segundo o estudo dos três estágios da santificação, percebemos que o propósito da santificação é tornar o crente perfeitamente coerente com a plenitude do caráter divino (Mt 5.8). Nesse aspecto, todo crente regenerado é chamado por Deus para ouvir, guardar e praticar seus mandamentos, de modo que seja a sua santa habitação de Deus (Jo 14.23).
O cristão conduz sua vida neste mundo com um objetivo claro, conforme Paulo declarou:. “prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.14). Quando falamos sobre o objetivo da santificação, estamos nos referindo ao processo pelo qual os servos de Cristo se esforçam para moldar seus comportamentos, ações e atitudes de acordo com o caráter de Cristo. Aquele que está vivendo os dois estágios da santificação – inicial e progressiva – terá como meta tornar-se cada vez mais parecido com Cristo, demonstrando amor, compaixão, misericórdia, santidade e verdade em todas as suas interações.
O propósito da santificação é que nossa transformação nos eleve ao padrão de Jesus Cristo.
É encorajador para o cristão saber que, mesmo sendo frágil, imperfeito e cheio de falhas, o Espírito Santo está em nós, operando para nos transformar e conformar à imagem de Cristo.
O processo de santificação requer um compromisso diário de abandonar o pecado e cultivar as virtudes que refletem o caráter de Cristo. Como Paulo menciona em Gálatas 5.22-23, os frutos do Espírito – amor, alegria, paz, paciência, bondade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole – são sinais de uma vida santificada.
É importante compreender que a santificação é tanto um privilégio quanto uma responsabilidade. Deus nos chama a ser santos porque Ele é santo (1 Pedro 1.16), e essa santidade deve permear todas as áreas de nossa vida. “Considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.11). Isso significa que nossa nova forma de viver deve ser guiada pelo Espírito Santo, que nos capacita a resistir às tentações e a viver de maneira que honre a Deus.
À medida que crescemos em santidade, nos tornamos mais eficazes em nosso testemunho ao mundo, demonstrando através de nossas vidas a verdade do evangelho. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.16).
III- O JULGAMENTO DO DEUS SANTO
1- O Deus Santo.
A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel (Is 1.4), com um nome Santo (Is 57.15); os serafins declaram a sua santidade (Is 6.3) e, em santidade, ninguém pode se igualar a Deus (1 Sm 2.2). Desse modo, a Bíblia afirma enfaticamente que Deus é Santo. Assim, Ele é o nosso parâmetro para uma vida de santidade, conforme registra o texto bíblico: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2; cf. 1 Pe 1.16). Portanto, à luz da santidade de Deus, somos chamados a ser santos em nossa jornada.
A Bíblia declara com veemência que Deus é santo e justo, e por essa razão, Ele jamais deixará de punir os pecadores e abençoar aqueles que procuram viver de acordo com os caminhos da santidade. Há um dia reservado para que Ele julgue todos, como Paulo salienta: Ele “retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Romanos 2.6). O autor de Hebreus menciona que o juízo chegará (Hebreus 9.27), e em 2 Coríntios, Paulo diz que todos teremos que comparecer perante o Tribunal de Cristo para receber de acordo com as ações praticadas (2 Coríntios 5.10).
Haverá um julgamento tanto para os santos quanto para os pecadores. Os cristãos serão avaliados no Tribunal de Cristo, enquanto os ímpios, que não se arrependeram, serão julgados perante o Grande Trono Branco, recebendo a condenação eterna (Daniel 12.2; Apocalipse 20.11-12). Este Deus Santo e Justo tem oferecido oportunidades para que os homens se arrependam de seus pecados e evitem a condenação, demonstrando assim, Seu imenso amor por todos.
Deus, em Sua santidade, não pode tolerar o pecado. Sua justiça exige que o pecado seja punido. No entanto, Ele também oferece misericórdia e perdão aos que se arrependem. A santidade de Deus é um convite para que vivamos de maneira que reflete Seu caráter. Como seguidores de Cristo, devemos abandonar o pecado e nos aproximar de Deus, buscando a santidade em todas as áreas de nossas vidas.
O julgamento de Deus é justo e imparcial. Ele julgará o mundo com retidão e cada pessoa de acordo com suas obras. Para os cristãos, o Tribunal de Cristo será um momento de avaliação das obras realizadas em vida. Não se trata de julgamento para condenação, mas de recompensa de acordo com a fidelidade e obediência a Deus.
Para os ímpios, o Grande Trono Branco representa o julgamento final e eterno. Aqueles que rejeitaram a oferta de salvação e continuaram em seus pecados enfrentarão a condenação eterna. No entanto, a justiça de Deus é sempre temperada com Sua misericórdia. Ele continua a chamar todos ao arrependimento, oferecendo a oportunidade de salvação através de Jesus Cristo.
2- Santidade exigida a todos os crentes.
A Igreja de Cristo neste mundo é o santuário dedicado ao Senhor (Ef 2.21). Por meio do nosso amado Salvador, o Senhor Jesus Cristo, a Igreja foi santificada para apresentar-se gloriosa, santa e sem defeito diante de Deus (Ef 5.26,27). Por isso, como membros do Corpo de Cristo neste mundo, comprados pelo seu precioso sangue, somos exortados e convocados a andar em santidade (Hb 12.14). Empenhamo-nos a nos consagrarmos a Deus em verdadeira santidade (Rm 12.1)!
Todos os cristãos são chamados a seguir o modelo de Cristo Jesus, inclusive em sua santidade. A santificação é um processo contínuo de crescimento e transformação pelo qual o cristão se afasta do pecado e se consagra a Deus com todo o seu ser. Esse processo reflete o caráter de Cristo em um mundo pecaminoso, de modo que as boas obras dos crentes glorifiquem o nome do Senhor, conforme Mateus 5:16: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
3- Santidade e justiça de Deus.
Biblicamente, a santidade e a justiça são atributos divinos que se relacionam. Como vimos, essa virtude aponta para a essência de Deus, que é totalmente puro, como bem afirma João: “Ele é luz e nEle não há treva alguma” (1 Jo 1.5). Tudo em Deus é santo, puro e verdadeiro. A justiça dele aponta para a sua retidão, para a harmonia de sua justiça com a Lei. Desse modo, compreender a santidade e a justiça de Deus como atributos é importante para reconhecermos que Ele é santo, reto, justo e verdadeiro. E que, por isso, jamais deixará o ser humano impune diante de sua rebelião contra a sua santidade e justiça (Gn 6.12,13).
Compreender a santidade e a justiça de Deus é crucial para reconhecer que Ele é santo, reto, justo e verdadeiro. Esses atributos estão ligados e não podem ser separados. A santidade de Deus exige que Ele seja justo. Sua pureza e perfeição não permitem que Ele ignore ou tolerar o pecado. Consequentemente, a justiça de Deus é a expressão prática de Sua santidade. Em Gênesis 6:12-13, vemos que Deus decidiu trazer o dilúvio sobre a terra por causa da corrupção humana. Esta passagem ilustra como a rebelião contra a santidade e a justiça de Deus leva ao julgamento. Deus não deixará o pecado impune porque isso contradiz Sua natureza santa e justa.
Para os cristãos, reconhecer esses atributos divinos é fundamental para entender a necessidade de santificação.
A santidade de Deus é o padrão pelo qual devemos medir nossas vidas. Somos chamados a ser santos como Ele é santo (1 Pedro 1:16). Esse chamado à santidade implica uma vida de pureza e separação do pecado, refletindo o caráter de Deus em nosso comportamento diário. A justiça de Deus também nos lembra da seriedade do pecado e da necessidade de viver em conformidade com os padrões divinos. Vivemos em um mundo onde a injustiça e a impureza são comuns, mas como seguidores de Cristo, devemos viver de maneira diferente, mostrando ao mundo o caráter de Deus através de nossas ações.
CONCLUSÃO
Na jornada para o Céu, o cristão precisa desenvolver uma consciência da santidade de Deus para que possa tomá-la como o padrão perfeito de vida. Devemos sempre progredir em santidade desde o momento em que iniciamos a vida com Cristo até o final de nossa jornada (1Jo 2.3). Estamos no tempo de ser conscientes de que Deus ama a todos e não deseja que ninguém se perca. Todavia, os que rejeitam uma vida santa e se entregam ao pecado sofrerão a condenação eterna, pois santidade e justiça são atributos de Deus que não se contradizem.
Eu gosto muito do seu comentário sou professor da escola dominical e tem me ajudado muito Deus abençoe sua vida em nome de Jesus