Subsidio Lição 07: O Perigo da Murmuração | 2° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS
TEXTO ÁUREO
“E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.” (1 Со 10.10)
VERDADE PRÁTICA
A prática da murmuração enfraquece a vida espiritual, acaba com a comunhão da igreja local e nos impede de desfrutar das promessas de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 16.1-7; 1 Coríntios 10.10,11
INTRODUÇÃO
É verdade que há ações maléficas que vêm direto do Inimigo, mas também é verdade que há as que são produzidas dentro de nós como obras da carne. Uma delas é o pecado da murmuração. Esse pecado é tão perigoso em nossa jornada que pode nos levar à queda. Ele não acontece instantaneamente, pois geralmente sucede a incredulidade. Sim, incredulidade e murmuração andam juntas. Por isso, nesta lição, estudaremos os perigos da murmuração à luz da recomendação do apóstolo: “Fazei todas as coisas sem murmurações” (Fp 2.14).
A prática da murmuração é prejudicial em todos os aspectos para o povo de Deus. Além de ser considerado um pecado, suas consequências são desastrosas, gerando mágoas, ressentimentos, confusões e retardando o progresso na jornada espiritual rumo ao Céu. Aqueles que se entregam a esse pecado estão, de forma clara, declarando sua desconfiança em Deus e em Sua soberania. Agir dessa maneira equivale a questionar a capacidade divina de conduzir nossas vidas de forma correta.
O cristão, portanto, deve evitar a murmuração a todo custo.
Ao sucumbir a essa prática, compromete sua espiritualidade, deixando de confiar plenamente em Deus e desviando seu foco das bênçãos já recebidas para concentrar-se apenas nas necessidades e carências. A murmuração está intrinsecamente ligada à ingratidão, pois leva à falta de reconhecimento do que Deus já fez em nosso favor. Passamos a nos tornar crentes rabugentos, incapazes de enxergar além das queixas e reclamações.
O cristão é chamado a cultivar uma atitude de gratidão, confiança e contentamento, reconhecendo as bênçãos de Deus em sua vida e buscando manter uma postura de fé mesmo diante das adversidades.
Palavra-Chave: Murmuração
I- A MURMURAÇÃO NA BÍBLIA
1- O que é murmurar?
As principais palavras para murmuração na Bíblia são as seguintes: do hebraico, o verbo liyn, “resmungar”, “reclamar” e “murmurar” (Nm 14.36); e o substantivo higgayown, “meditação”, “música solene”, “pensamento”, “conspiração” (Lm 3.62); do grego, o verbo goggúzó, “murmurar”, “resmungar”, “queixar- -se”, “dizer algo contra em um tom baixo”, “dos que confabulam secreta- mente” (Jo 7.32). De acordo com essas palavras, o murmurador tem o espírito dominado pelo descontentamento, de acordo, irá, queixas e oposição. Nem Deus escapa dele, pois basta lembrar do que foi feito contra Moisés e Arão (Ex 15.24; 17.3; Nm 14.27; 16.41).
A Bíblia aborda a murmuração como um pecado, um comportamento e uma atitude pecaminosa, pois ao agir dessa maneira, o crente se opõe aos planos estabelecidos por Deus, demonstrando uma falta de submissão à Sua vontade. A murmuração é caracterizada pela ingratidão, insolência, rebeldia, descrença, falta de fé e resistência à soberania divina, elementos que foram claramente evidenciados na vida dos israelitas durante sua caminhada no deserto, resultando em atrasos, fracassos e até mesmo morte para muitos deles.
A vida espiritual é prejudicada pelo pecado da murmuração, pois ele compromete nossa comunhão tanto com Deus quanto com nossos irmãos.
A murmuração não apenas prejudica a comunhão do crente com Deus, mas também afeta seu relacionamento com os outros. O escritor aos Hebreus exorta os crentes a buscarem a paz com Deus e com todos, destacando a importância de manter relacionamentos saudáveis e harmoniosos (Hebreus 12:14).
Para progredir na vida espiritual, é essencial abandonar o pecado da murmuração. O crente verdadeiramente piedoso possui uma mentalidade abençoada, conforme descrito pelo apóstolo Paulo em Filipenses 4:8. Essa mentalidade o capacita a compreender os propositos divinos e a confiar que Deus está no controle de todas as coisas. Como resultado, ele mantém uma atitude de gratidão, prazer e alegria, independentemente das circunstâncias ao seu redor.
2- O comportamento dos murmuradores.
De acordo com os dois testamentos da Bíblia, o mal da murmuração estava no meio do povo Deus, entre os israelitas dos dias de Moisés (Ex 16.11); nos dias de Jesus Cristo com os escribas e fariseus (Lc 15.2); na igreja em Jerusalém, no início (At 6.1). Esse mal revela um comportamento inconveniente, um temperamento inquieto, indiretas sarcásticas. O comportamento dos murmuradores é tão sério que chegou a ameaçar a unidade da Igreja em Atos, se não fosse o cuidado dos apóstolos (At 6.1-7). Por isso, precisamos ter toda cautela com esse comportamento, pois o pecado da murmuração, além de enfraquecer a nossa vida espiritual, também altera negativamente a nossa saúde emocional e física.
Os registros bíblicos nos fornecem exemplos vívidos do comportamento de murmuradores e das consequências de suas ações, servindo como alerta para que não sigamos tal postura, pois ela pode resultar em consequências sérias. Passagens como Êxodo 16 e Números 14 nos mostram como os israelitas, durante sua caminhada pelo deserto, constantemente murmuravam contra Deus, queixando-se da falta de água, comida e da liderança de Moisés.
Essa atitude custou caro para eles, pois Deus não se agradou de sua murmuração e alguns foram punidos com a morte.
Em Números 12, vemos o exemplo de Arão e Miriã, irmãos de Moisés, que murmuraram contra ele por causa de sua esposa estrangeira e tentaram desafiar sua liderança. Essa atitude não agradou a Deus, e Miriã foi punida com lepra perante todo o Israel, um castigo vergonhoso que também resultou no atraso da jornada do povo de Deus.
No Novo Testamento, até mesmo os discípulos de Jesus foram propensos à murmuração. Após um discurso em que Jesus se apresentou como o Pão da Vida, muitos acharam suas palavras difíceis de aceitar e decidiram deixar de segui-lo. No entanto, Jesus advertiu que aqueles que quisessem ir embora tinham esse direito. Ele explicou que é necessário ter fé nele, independentemente das dificuldades que possam surgir (João 6.68).
Esses exemplos revelam murmuradores descontentes com Deus e ingratos pelo que Ele havia feito por eles. No entanto, independentemente de quem sejam, aqueles que se entregam ao pecado da murmuração acabarão enfrentando a disciplina ou o castigo do Senhor. Embora Deus primeiro ofereça advertência, quando não há mudança de atitude, Sua ira pode se manifestar contra essas pessoas.
3- O crente murmurador.
Quem se diz salvo em Cristo e tem o Espírito Santo em sua vida não pode naturalizar a prática da murmuração. Não é normal um crente cheio do Espírito Santo se entregar a esse pecado. Nesse sentido, estão presentes a indisciplina e o descuido com as virtudes do Espírito (Gl 5.16). Quando um crente se torna um murmurador, ele passa a ser um instrumento do Maligno contra a obra de Cristo no mundo, permitindo ao Diabo dominá-lo e usá-lo de todas as maneiras. Assim, não é possível o crente murmurador ser alegre, bondoso e agradável por meio de sua atitude, visto que sua alma está doente, pois o corpo só será luminoso se os olhos forem bons (Mt 6.22,23).
O crente murmurador corre o risco de se tornar cheio de contendas, prejudicando seu testemunho diante do mundo. Seu comportamento insatisfeito e reclamão revela uma falta de confiança em Deus e Seu cuidado providencial sobre sua vida.
Um exemplo é o de Jó, que mesmo diante das piores circunstâncias, não murmurou contra Deus, mas adorou-o, reconhecendo Sua soberania e bondade (Jó 1.20).
As palavras do murmurador tendem a ser negativas, depreciativas e divisivas, atacando líderes, cônjuges, membros da igreja e outros. Devemos ter cuidado com o que falamos, pois Jesus nos ensinou que seremos julgados por nossas palavras (Mateus 12.37).
A Bíblia nos exorta a fugir do pecado da murmuração, pois ele compromete nosso testemunho e enfraquece nossa vida espiritual. A murmuração é como um veneno que contamina não apenas aquele que a pratica, mas também aqueles ao seu redor, exercendo uma influência negativa. Um crente murmurador não pode cumprir sua missão de ser sal da terra e luz do mundo (Mateus 5.14-16), pois sua atitude o torna insípido e obscurece sua luz.
II – MURMURAÇÃO: IMPEDIMENTO DA PRIMEIRA GERAÇÃO À TERRA PROMETIDA
1- A murmuração contra os líderes escolhidos por Deus.
Deus escolheu Moisés e seu irmão, como seu auxiliador, para libertar o povo de Israel da escravidão de Faraó e conduzi-lo à Terra Prometida (Ex 7.1,2). Após experimentar grande livramento, esse povo passou a murmurar contra a liderança de Moisés e Arão de maneira sistemática, alegando que o Legislador o conduzia para morrer em pleno deserto (Êx 16.3). Nesses relatos, percebemos que a murmuração sucede à incredulidade. Há uma ausência de fé e se passa escolher o que é mau: a prática da murmuração. Logo, não se pode esperar mais atitudes de bondade, sinceridade e verdade de quem submerge na murmuração, mas, sim de impaciência, ingratidão e desrespeito à liderança bíblica (1 Ts 5.12,13; Hb 13.17).
Respeitar os líderes que Deus coloca à frente de Sua obra é um princípio claramente estabelecido tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Paulo, em suas epístolas, destaca a importância da liderança na igreja, colocada por Deus para trabalhar no aperfeiçoamento dos santos e para protegê-los contra doutrinas enganosas (Efésios 4.11,12). Mesmo que os líderes possam falhar em algum momento, aqueles que são verdadeiramente conhecem a Palavra de Deus buscarão soluções em Deus, como fez Davi em relação a Saul (1 Samuel 24.6,10; 26.9,11,16,23).
Infelizmente, é comum encontrar gerações de murmuradores que se levantam contra a liderança divinamente estabelecida.
Em Números 20.2-13, vemos um exemplo disso, quando o povo de Israel murmura contra Moisés por falta de água. Essa murmuração levou Moisés a desobedecer à ordem divina, o que trouxe consequências para sua vida. Esse ciclo vicioso de murmuração é evidente também no caso de Samuel, que foi rejeitado pelo povo mesmo após liderar Israel de forma íntegra e ter testemunhado as bênçãos e livramentos de Deus (1 Samuel 8.4-9).
Dentro do povo de Deus, é possível que murmuradores se levantem contra a liderança estabelecida por Ele. Mesmo que essa liderança seja sincera e em comunhão com o Senhor, aqueles que se rebelam revelam falta de confiança em Deus. Se a liderança não estiver agindo conforme a vontade de Deus, o caminho é voltar-se para Ele em oração, pedindo discernimento e sabedoria. A recomendação de Cristo é orar pelos líderes (Mateus 9.38).
Portanto, devemos orar pela nossa liderança, pedindo a Deus sabedoria e graça para lidar com as ovelhas. Nunca devemos cair na murmuração, rebelião ou descontentamento contra eles, pois isso tem um alto preço espiritual. Se tivermos questionamentos, devemos abordá-los com humildade, sinceridade e reverência, buscando genuinamente os propósitos de Deus.
2- A murmuração contra Deus.
O Senhor Deus respondeu às murmurações do povo, dizendo que faria cair “pão dos céus” (Êx 16.4). Entretanto, o Senhor deixou claro que contemplou as suas “murmurações”, mas tratou o povo com piedade e compaixão (Êx 16.12). Ora, o Senhor Deus contempla todas as nossas ações, sabe do que precisamos e necessitamos. Por isso, diante de uma circunstância difícil, é muito melhor nos dirigirmos a Ele de maneira humilde, graciosa e amorosa do que nos achegarmos a Ele com ingratidão, queixas e murmuração (Hb 4.16).
O Senhor respondeu às queixas do povo de Israel prometendo fazer cair “pão dos céus” para alimentá-los (Êxodo 16:4). Apesar de ter contemplado suas murmurações, Deus tratou o povo com piedade e compaixão (Êxodo 16:12), demonstrando Sua infinita bondade mesmo diante da ingratidão do povo.
Por outro lado , nos relatos de números vemos como a murmuração traz consequências severas para aqueles que a praticam.
Cada ato de murmuração por parte de Israel foi seguido por um castigo enviado por Deus, resultando na punição do povo com a permanência no deserto. Um exemplo marcante é encontrado em Números 21:4-7, quando os israelitas reclamaram das condições difíceis no deserto e foram atacados por serpentes venenosas como consequência de sua murmuração. No entanto, mesmo diante da justa ira de Deus, ainda podemos testemunhar Sua graça em ação, pois Ele providenciou um meio de salvação para aqueles que se arrependeram.
Assim como o salmista, devemos convidar nossa alma para bendizer ao Senhor por todos os benefícios que Ele nos concedeu, sem nos esquecermos de nenhum deles (Salmo 103:1-5). Cada história registrada nos textos sagrados nos convida a refletir sobre a importância de sermos prudentes em nossas palavras e obedientes à vontade de Deus.
3- Por que é perigoso murmurar?
A Palavra de Deus diz: “quem se endureceu contra ele [Deus] e teve paz?” (Jó 9.4). À luz desse texto, podemos dizer que a murmuração configura um ato de impiedade extrema contra Deus. Ela se torna perigosa porque, além de revelar uma ausência de fé, limita a nossa capacidade de enxergar as ações de Deus em nossas vidas e no contexto em que estamos. Por conseguinte, a murmuração cega-nos diante de Deus. Não lembramos mais das grandes obras do Senhor em nossa vida. Não por acaso, o apóstolo Paulo reúne os episódios de murmuração dos israelitas para que os crentes da atualidade tenham cuidado e não pratiquem esse pecado a fim de não serem destruídos (1 Co 10.10,11; Rm 15.4).
Murmurar pode ser perigoso por várias razões:
1. Desagrada a Deus: A murmuração é vista como uma atitude de descontentamento e falta de confiança na provisão e no cuidado de Deus. Ela revela uma falta de gratidão pelo que Deus já fez e uma ausência de fé em Sua capacidade de resolver nossos problemas.
2. Afasta-nos da paz e da alegria: Quando murmuramos, ficamos imersos em negatividade e insatisfação, o que nos impede de experimentar a paz e a alegria que vêm de uma comunhão íntima com Deus.
3. Contamina outros: A murmuração pode ser contagiosa e influenciar negativamente aqueles ao nosso redor. Ela pode espalhar um espírito de descontentamento e desconfiança na comunidade, enfraquecendo o corpo de Cristo.
4. Impede o crescimento espiritual: Ao nos concentrarmos em nossas queixas e reclamações, deixamos de focar em crescer espiritualmente e em confiar na soberania e na bondade de Deus. Isso nos impede de aprender as lições que Deus deseja nos ensinar por meio das dificuldades.
5. Afasta-nos das bênçãos de Deus: A murmuração pode nos impedir de receber as bênçãos e as respostas às nossas orações que Deus deseja nos conceder. Em vez de nos aproximarmos Dele com uma atitude de fé e confiança, afastamo-nos Dele com nossas murmurações e queixas.
Em resumo, murmurar é perigoso porque mina nossa fé, perturba nossa paz interior, contamina nossa comunidade, impede nosso crescimento espiritual e nos afasta das bênçãos de Deus. É por isso que a Bíblia nos exorta a evitar a murmuração e a cultivar uma atitude de gratidão, confiança e contentamento em todas as circunstâncias.
III – MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAĀ CELESTIAL
1- O fim dos israelitas murmuradores.
Examinando os textos de Números 14.29 e 16.41-49, percebemos que, por causa da murmuração, os israelitas daquela geração não entraram na terra da promessa, foram mortos e sepultados no deserto (Nm 14.29). A peregrinação de Israel pelo deserto nos serve de exemplo e advertência em nossa jornada para que não adotemos seu comportamento murmurador. Devido a esse pecado, os israelitas perderam de vista os propósitos divinos e não alcançaram o cumprimento da promessa.
No livro de Números, fica evidente que Deus não tolera o pecado da murmuração. Os relatos mostram claramente as consequências graves que resultaram da murmuração do povo contra Deus e Sua liderança.
Por exemplo, após os espias relatarem sobre a Terra Prometida, o povo de Israel murmurou contra Moisés e Arão, desejando ter morrido no Egito ou no deserto (Números 14:2-4). Em resposta, Deus declarou que nenhuma pessoa daquela geração, exceto Josué e Calebe, entraria na Terra Prometida. Todos os outros murmuradores seriam condenados a vagar no deserto até que morressem (Números 14:26-35).
Além disso, mais tarde, quando o povo de Israel continuou a murmurar, Deus enviou uma praga que resultou na morte de milhares de pessoas (Números 16:41-49).
Esses eventos enfatizam claramente a gravidade do pecado da murmuração aos olhos de Deus e as consequências sérias que ele acarreta. Deus é paciente e misericordioso, mas Ele também exige obediência e fé de Seu povo. A murmuração revela uma falta de confiança em Deus e em Sua soberania, e, portanto, é um pecado que Ele não tolera.
2- O destino dos murmuradores.
À luz dos relatos do livro de Números, o apóstolo Paulo faz uma séria advertência ao povo da Nova Aliança: “E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor” (1 Co 10.10). Isso significa que um crente que vive praticando a murmuração já se encontra espiritualmente morto, perdeu a comunhão com o Senhor e não tem mais o prazer nas coisas espirituais. Logo, o seu destino é a morte, que, à luz do Antigo Testamento, infelizmente, tem caráter físico e espiritual. A murmuração é um perigo ao longo da nossa trajetória cristã.
Ao citar os acontecimentos de Números em sua carta aos coríntios, Paulo está enfatizando a seriedade do pecado da murmuração e suas consequências. Ele alerta os coríntios sobre o perigo de seguirem o exemplo dos israelitas murmuradores, que pereceram pelo deserto.
Alem disso ,o apóstolo Paulo alerta os coríntios para o perigo da murmuração. Ele os lembra de que, da mesma forma que alguns israelitas murmuraram e enfrentaram as consequências de seus atos, os crentes da Nova Aliança também correm o risco de sofrer consequências espirituais negativas caso cedam à murmuração e à incredulidade.
3- Os males da murmuração.
Há muitos males que a murmuração pode provocar. Por exemplo, na vida da igreja local a murmuração pode trazer desânimo espiritual, contendas comunitárias, rebeldias espirituais e divisões ministeriais. Esse processo acaba com a vida de comunhão da igreja local. Além disso, o nosso Senhor disse que o reino dividido contra si mesmo é “devastado” e não “subsistirá” (Mt 12.25; cf. Lc 1.17-22). Há também o mal de caráter espiritual. Por exemplo, a murmuração também resulta em mentiras e calúnias, portanto, o Espírito Santo não habita uma vida que é dominada por esse tipo de obras carnais (Ef 4.30; Gl 5.19-21). Por isso, afirmamos que quem se entrega a tal prática acaba atraindo outros pecados para a sua vida, tais como: idolatria, rebelião, adultério, blasfêmias contra Deus. Como consequência acaba prestando serviço ao inimigo e estacionando no meio do trajeto celestial.
Um dos primeiros efeitos visíveis da murmuração na igreja é a criação de divisões e grupinhos entre os membros. Quando alguns se deixam levar pelo descontentamento e pela insatisfação, surgem conflitos internos que geram desarmonia e tensionam os relacionamentos na comunidade de fé. Essa falta de unidade enfraquece o testemunho cristão e compromete o propósito de ser um só corpo.
A murmuração também impede o crescimento espiritual dos fiéis, pois revela uma falta de fé e compromisso com a vontade de Deus.
Aqueles dominados por esse pecado se desviam do propósito de buscar agradar a Deus e se concentram apenas em suas próprias queixas e insatisfações. Como resultado, sua vida espiritual estagna, e eles se afastam do caminho da maturidade e do serviço cristão.
Além disso, a murmuração afeta diretamente aqueles que têm um chamado ministerial. Os líderes que são alvo de murmuração podem ser desestimulados e desencorajados em seu serviço, o que compromete a eficácia de seu ministério. O descontentamento e a ingratidão dos membros podem levar os líderes a retrocederem em sua vocação, perdendo o prazer e a alegria no serviço a Deus.
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos o quanto a prática da murmuração é perigosa e destruidora tanto para a vida espiritual quanto para a vida comunitária na igreja local ao longo da nossa jornada cristã. Não devemos, pois, ignorar a advertência da Palavra de Deus quanto ao pecado da murmuração (Rm 15.4). Ora, a vontade de Deus é a de que participemos de suas promessas. Portanto, evitemos o mal da murmuração em nossas casas, igrejas e em qualquer lugar que nos relacionamos com o próximo.
Muito bom comentário da lição.
Que DEUS continue abençoando a cada um que faz parte no teu ministério!