Conhecer a Palavra

Subsidio Lição 09 Uma Visão Bíblica do Corpo

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Subsidio Lição 09

Tema: Uma Visão Biblica do Corpo | 3° Trimestre de 2023 | EBD ADULTOS

TEXTO ÁUREO

“Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.” (1 Co 6.13b)

VERDADE PRÁTICA

O corpo e o templo do Espírito Santo e, por isso, deve ser conservado em santificação até a volta de Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 6.12-20

 

INTRODUÇÃO

 Os Textos em de 1 Coríntios 6:20 e 1 Pedro 1:15 lembra aos crentes da importância de viverem de maneira coerente com sua fé, buscando a santidade e a glória de Deus, mesmo em um mundo que promove valores divergentes.

É um desafio que requer discernimento, reflexão e um compromisso contínuo com os princípios e ensinamentos da fé cristã.

Como vimos nas lições anteriores, a cada dia, a sociedade promove cada vez mais valores seculares e a ideia de independência em relação aos preceitos divinos.

Todavia como servos de Deus devemos crer na palavra de Deus como regras de fé para podermos supera esses desafios.

 

I- A CRIAÇÃO DO SER HUMANO

1- A origem da raça humana.

Com base nas escrituras, podemos afirmar que Deus fez o homem à Sua própria semelhança, destacando-o como a coroa de Sua criação divina. No relato bíblico, Deus apresenta Adão como o primeiro homem, criado à Sua imagem e semelhança, dotando-o de inteligência, moralidade e livre arbítrio.

Através dele e de Eva, sua companheira, surgiu toda a geração dos seres humanos que habitam o planeta Terra. Essa singularidade do ser humano é fundamental para a compreensão da visão cristã sobre a dignidade e responsabilidade inerentes à humanidade.

Assim, homens e mulheres são descritos como criaturas da terra, no entanto, Deus soprou o fôlego da vida em seus narizes, como registrado em Gênesis 2.7b. O Senhor não fez isso com os animais. O sopro divino representou Deus outorgando o espírito, e é essa ação que distingue a humanidade dos demais seres criados.

O homem, portanto, não é apenas considerado como uma parte da criação, mas como um ser especial e único, sendo chamado a exercer cuidado e domínio responsável sobre a Terra, em plena consonância com os desígnios divinos.

2- A constituição do ser humano.

A compreensão da natureza humana como composta por três substâncias distintas – corpo, alma e espírito – é uma doutrina conhecida como tricotomia. Esta visão encontra respaldo nas escrituras, onde Jesus é apresentado como um exemplo vivo dessa constituição tríplice. Nas epístolas, como em 1 Tessalonicenses 5:23, observamos a exortação para que vocês “conservem plenamente irrepreensíveis todo o vosso espírito, alma e corpo”, destacando a importância de cada componente.

Além disso, em Hebreus 4:12, a Palavra de Deus é descrita como capaz de penetrar até a divisão da alma e do espírito, ilustrando a distinção entre esses elementos.

O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 2:14-16 e 3:1-4, mostra o homem “natural”, termo que literalmente quer dizer “pertencente à alma”, o homem carnal e o homem “espiritual”

Portanto, de acordo com as passagens do Novo Testamento, a natureza humana, compreende uma parte externa – o corpo – e uma parte interna – a alma e o espírito – cada uma desempenhando um papel significativo na experiência humana.

3- Queda e restauração humana.

A Bíblia revela que todas as áreas de nosso ser foram afetadas pelo pecado, como destacado em Romanos 7:20-23. Essa verdade enfatiza que o pecado afeta todas as pessoas, incluindo nossa mente, emoções, vontade e corpo.

Isso acontece pelo fato de a corrupção do gênero humano atingir o homem em toda a sua composição: espírito, alma e corpo (Rm 2.9; 8.10; 2 Co 7.1)

Não obstante, a natureza humana, por si própria, é incapaz de viver esse padrão de santidade exigido por Deus.Desse modo, o homem não consegue voltar-se para Deus sem o auxílio da graça divina (Jo 6.44). O ser humano não possui fé salvadora em si mesmo, nem no poder do seu livre-arbítrio.

Apesar de tudo, a imagem de Deus no homem não foi aniquilada (Gn 9.6); foi, no entanto, desfigurada a tal ponto que a sua restauração só é possível em Cristo (Ef 2.10).

Não obstante, com a vida escondida em Cristo (Cl 3.3), uma conduta irrepreensível é requerida ao cristão tanto no espírito, como na alma e no corpo (1 Ts 5.23). Significa que a santificação deve atingir a parte material e imaterial do homem.

A santificação é uma “obra progressiva da parte de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres do pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente”. Contudo, em nossa trajetória cristã, continuamos sendo santificados, mas nunca chegaremos à santificação total até chegarmos ao Céu. Quer dizer que somente no fim do processo da salvação, a glória que foi perdida no Éden pelo primeiro Adão será finalmente restaurada, como mencionado em 1 Coríntios 15:45.

II – A VISÃO BÍBLICA DO CORPO

1- Parte exterior do homem.

O corpo é o invólucro do espírito e da alma.É a parte física, o homem exterior, que se corrompe, ou seja, envelhece e é mortal. O homem é carne como criatura perecível: “porque toda a carne é como erva” (1 Pe 1.24). Rejeitamos a ideia de ser o corpo a prisão da alma e do espírito ou de ser inerentemente mau e insignificante, pois ele é templo do Espírito Santo e templo de Deus, uma vez que o Espírito Santo habita em nós.

Quando a Escritura descreve a carne (corpo) em sentido negativo: “na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18), esse tom depreciativo diz respeito à natureza pecaminosa do homem, e não especificamente do corpo físico.

O corpo é importante, pois Deus o ressuscitará: “Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção” (1 Co 15.42).

2- Templo do Espírito Santo.

Em 1 Coríntios 6, Paulo buscava que os seus leitores compreendessem a perversidade subjacente ao uso de um corpo concedido por Deus para cometer pecado sexual com uma prostituta (possivelmente até uma ligada ao templo pagão, transformando o pecado sexual em uma forma de idolatria).

Estes pecados não são meramente físicos; eles têm um forte efeito sobre a vida espiritual da pessoa que os comete. Eles são profundamente emocionais e até místicos, no caso da união criada entre os parceiros sexuais. As consequências de tais pecados são profundas.

Nessa compreensão, aquele que comete o pecado da imoralidade sexual junta-se ou “une-se” em conjunção carnal com um(a) parceiro(a) que não seja o seu cônjuge (1 Co 6.16).

Em contraste, o cristão está unido ao Senhor em união com Cristo, sendo feito participante do seu Espírito pela fé (1 Co 6.17). A dádiva e o prazer da relação sexual possuem aprovação divina somente na união matrimonial (Gn 2.24).

Nesse sentido, o cristão é exortado a não pecar contra o próprio corpo (1 Co 6.18). Literalmente significa proibido de práticas imorais (Rm 6.13,19; 1 Co 6.15,16).

A bíblia enfatiza que os corpos dos salvos são metaforicamente membros do corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5). Assim, o pecado sexual torna-se uma violação contra o próprio corpo, que pertence a Cristo (1 Co 6.18).

Nesse diapasão, Paulo ratifica o que já havia ensinado, isto é, que os cristãos tornaram-se o templo onde o Espírito de Deus habita: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16; 6.19; cf. Ef 2.22).

Assim sendo, o apóstolo reitera que o corpo não nos pertence, mas pertence a Deus: “[…] não sois de vós mesmos” (1 Co 6.19b). Isso porque um resgate de alto preço foi pago por Cristo (1 Co 6.20a; 7.23; cf. 1 Pe 1.18,19). Desse modo, o corpo deve ser santo e usado para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Por conseguinte, os crentes nunca devem profanar ou aviltar o corpo, considerado como santuário, por nenhuma impureza.

3- Glorificado na ressurreição.

O império da morte sob o comando de Satanás relaciona-se ao seu nefasto estratagema de introduzir o pecado no mundo, uma vez que “o pecado reinou pela morte” (Rm 5.21), e a morte provém do pecado (Tg 1.15). Não obstante, a vitória de nosso Salvador Jesus Cristo “aboliu a morte” e garantiu nossa ressurreição.

No entanto, apesar de Cristo ter derrotado o Diabo e a morte por meio da obra da cruz (João 10.10; 1 João 3.8), tanto o Diabo quanto a morte continuam a exercer influência sobre a humanidade (Romanos 6.12; 2 Coríntios 4.4; 1 Pedro 5.8).

Os efeitos totais da vitória de Cristo serão plenamente percebidos por ocasião do retorno do Senhor, quando “os mortos ressuscitarão incorruptíveis […] e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (1 Co 15.52,54).

Não obstante, há um estado intermediário entre a morte e a ressurreição do corpo, onde o imaterial (espírito e alma) subsiste de modo consciente e onde o corpo volta ao pó da terra (Lc 9.28-31; 16.22-31). Contudo, nosso corpo carnal não pode herdar o Reino de Deus (1 Co 15.50).

Por isso, a derradeira etapa de nossa salvação é a glorificação (Rm 8.30). Nela estão inclusas a redenção e a transformação de nosso corpo mortal conforme o corpo glorioso de Cristo (Rm 8.23; Fp 3.21).

III – A VISÃO SECULAR DO CORPO

1- Hedonismo e narcisismo.

Em 1 Coríntios 6:20 , Paulo está enfatizando a importância do corpo humano e do espírito como propriedade de Deus. Ele argumenta que os crentes foram “comprados por um bom preço”, aludindo ao sacrifício de Jesus na cruz como o preço que redimiu os pecados da humanidade.

A mensagem central deste versículo é que os crentes devem glorificar a Deus não apenas em suas palavras e crenças, mas também em seus corpos e ações.

Como servos de Deus, devemos viver de maneira que honre a Deus, reconhecendo que tudo o que somos e temos pertence a Ele. Assim, essa passagem enfatiza a importância da santidade e da conduta moral na vida cristã, relembrando aos crentes que têm o chamado de refletir a glória de Deus em todas as suas ações.

Em contrapartida, O hedonismo alega que o objetivo da vida é a obtenção do prazer e a fuga do sofrimento. A mentalidade mencionada foi desenvolvida por Aristipo de Cirene (435 a.C.–356 a.C.), que é o fundador da escola cirenaica.

Na ética hedonista cirenaica, cabem todos os excessos, visto que o fim da ação proposta é todo e qualquer prazer que resulta das sensações. Nesse aspecto, tudo é permitido, incluindo a prática da imoralidade e o envolvimento em vícios em geral.
O narcisismo reflete o mito grego de Narciso. Relata a mitologia que, um dia, ao debruçar-se sobre um lago, Narciso viu o seu próprio rosto refletido na água.

Sem saber que o reflexo era do seu próprio rosto, ele imediatamente se apaixonou pela imagem. Narciso ficou naquele lugar, hipnotizado, dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco. Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas.

Esse foi o castigo de Narciso, cujo destino foi amar a si próprio. Desse modo, narcisismo é a alusão à pessoa que tem amor excessivo por si mesma. Extremamente vaidosa e egocêntrica, tal conduta prima pela autoexaltação e sentimento de superioridade.

No contexto dessa abordagem, estamos nos referindo ao indivíduo que persegue insensatamente o corpo ideal por meio da busca pela boa estética a qualquer custo e que se comporta com ostentação na busca da autorrealização através de ser admirado.

2- Erotização e libertinagem.

Ao formar o ser humano, Deus também criou a sexualidade (Gn 1.27,28). Não se trata, portanto, de algo impuro. O pecado não está no sexo, mas na perversão do seu propósito.

Todavia, em nossos dias, tem-se percebido o abuso da grande mídia em veicular e induzir cada vez mais a erotização e a libertinagem. Os filmes, novelas, artes, músicas e literaturas, entre outros meios, exploram a sensualidade do corpo humano.

O objetivo é de sedução e estímulo da sexualidade e das suas práticas sexuais ilícitas. Como resultado, a licenciosidade — a conduta sexual desregrada e imoral — prolifera assustadoramente (1 Co 6.10).

Os desafios de nosso tempo são cada vez maiores; o casamento e o divórcio estão banalizados e deturpados (Mt 19.7,8). Muitos estão chafurdados no pecado de adultério e escravizados pela pornografia (Mt 5. 28; 19.9).

Na sociedade depravada, as práticas de sexo grupal e a promoção da troca de casais são comuns e estimuladas. Alem disso, o vocabulário é permeado de palavras de lascívia e expressões maliciosas (Cl 3.8). Um aspecto preocupante é que frequentemente atribuem a imposição da ideologia de gênero em ambientes escolares à erotização precoce das crianças.

Diante disso, Paulo adverte os cristãos: “Fujam da imoralidade sexual” (1 Coríntios 6.18a, NVI) e orienta o crente salvo afirmando: “Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Coríntios 6.12b, NAA). Isso significa que todas as coisas estão sob nosso controle, mas não devemos permitir que nenhuma delas nos domine.

3- Liberdade e autonomia.

A igreja em Corinto estava fazendo mau uso da sua liberdade em Cristo. Alguns dos seus membros colocaram-se acima das limitações morais e sentiam-se no direito de fazer o que quisessem com os seus próprios corpos (1 Co 5.1,6.13). O apóstolo já havia tratado desse problema na igreja da Galácia, pois ele expressou a seguinte declaração: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade.”

Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne” (Gl 5.13). Nos seus ensinos, Paulo orientavaos a controlar os apetites carnais (2 Co 7.1).

Não obstante, no atual cenário, ideias secularistas promovem a banalização do corpo. O existencialismo ateu, por exemplo, afirma que o homem deve usufruir de liberdade incondicional para descobrir o sentido da vida.

Contudo, nesse aspecto, livre de qualquer moral divina, o indivíduo passa a exercer total controle sobre o corpo.

Desse modo, os seus adeptos atuam contra o corpo na legalização do aborto, prostituição, drogas, suicídio assistido, etc. Em contrapartida a essa falsa ideia de liberdade, a Palavra de Deus assevera que “[…] todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34).

CONCLUSÃO

Finalmente , para baixar o conteúdo completo ,clique aqui

Referencia: Declaração de fé das Assembleia de Deus,Cpad

Livro de apoio: A igreja de Cristo e o império do mal, Douglas Baptista

Teologia Sistemática,  Stanley M. Horton

 

 

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