Conhecer a Palavra

Subsidio Lição 13: O Propósito de Missões

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Subsidio Lição 13: O Propósito de Missões | 4° Trimestre de 2023 | EBD – ADULTOS

TEXTO ÁUREO

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)

VERDADE PRÁTICA

Pregar o Evangelho a toda a criatura não é uma opção, mas uma imposição divina.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 5.9-14

INTRODUÇÃO

O propósito da Igreja de Cristo neste mundo é o de proclamar a mensagem de salvação até Jesus voltar. Claramente, a Palavra de Deus nos mostra que a missão da Igreja envolve um propósito global, ou seja, a missão de pregar o Evangelho a cada criatura. Não importa a língua, a cultura ou o contexto econômico, cada pessoa deste mundo deve conhecer a respeito de Jesus e de sua mensagem de salvação. Esse é o assunto que estudaremos nesta semana.

Desde o Dia de Pentecostes, a Igreja de Cristo tem se destacado como a agência evangelizadora e missionária por excelência. Sua natureza e vocação transcendem as fronteiras físicas, sendo reconhecida, acima de tudo, por seu profundo amor às almas perdidas. Nesse contexto, a missão social e educativa desempenhada pela igreja no mundo é significativa, mas sua principal e eterna missão continua sendo a evangelização.

A ação missionária, inerente à identidade da Igreja, visa fazer discípulos, utilizando o evangelho como sua ferramenta primordial. A mensagem transformadora do Evangelho é a força propulsora que conduz a missão da igreja, inspirando e guiando os crentes a proclamarem a esperança e a salvação encontradas em Cristo.

O nobre propósito da Igreja de Cristo é claro: proclamar a mensagem de salvação até a volta de Jesus Cristo. Essa missão é sublime, pois implica não apenas na comunicação da mensagem, mas na transformação de vidas por meio do poder redentor do Evangelho. A igreja é chamada a ser uma luz em meio à escuridão, levando a mensagem da cruz a todos os cantos do mundo.

O propósito fundamental da Igreja encontra-se na Grande Comissão, conforme ordenado por Cristo em passagens como Mateus 28.19,20 e Marcos 16.15. Estas palavras não são meras instruções, mas um chamado sagrado para ir além das fronteiras e proclamar o evangelho a todas as nações, em todo o tempo e em todo o lugar.

Contudo, nos tempos atuais, a Igreja de Cristo enfrenta alguns desafios . Ela é pressionada, direta ou indiretamente, a desviar-se de sua missão primária. Em meio a influências culturais, sociais e políticas, a tentação de negligenciar a Grande Comissão é real. No entanto, a vontade de Deus é clara: permanecer firmes na missão de proclamar a Cristo, especialmente em lugares onde Ele ainda não foi anunciado.

Assim, a Igreja de Cristo é convocada a resistir às pressões contrárias e a abraçar seu papel único no mundo. Em um cenário desafiador, sua missão permanece inabalável: ser a voz do Evangelho, a luz da esperança e o reflexo do amor redentor de Cristo em um mundo sedento de salvação.

Palavra chave: Propósito

I- O ALVO DA OBRA MISSIONÁRIA

1- O fundamento da realidade salvífica.

Numa leitura atenta do livro do Apocalipse é possível perceber o propósito de Deus de redimir a humanidade desde o livro de Gênesis. Por exemplo, em Apocalipse 5 há o relato de uma grande multidão de pessoas redimidas pelo sangue de Jesus: “Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). Isso aqui é o resultado produzido pela obra de Cristo no Calvário. Nesse sentido, anunciar essa realidade salvífica para todo ser humano é o alvo sublime de nossa missão.

A leitura atenta do livro do Apocalipse revela não apenas visões apocalípticas, mas também o profundo propósito de Deus de redimir a humanidade, um plano que se desdobra desde os primórdios registrados em Gênesis. No capítulo 5, uma narrativa descreve uma vasta multidão, cujas vidas foram resgatadas pelo sacrifício de Jesus Cristo: “Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9).

Este cântico celestial, emanado por aqueles que foram redimidos pelo sangue de Jesus, ecoa através dos tempos como um testemunho vivo do impacto redentor da obra realizada no Calvário.

A mensagem ressoa: a redenção não é restrita a um grupo específico, mas abrange toda a diversidade da humanidade. Este é o resultado magnífico da obra redentora de Cristo, e proclamar essa realidade salvífica torna-se o alvo sublime de nossa missão.

O texto bíblico de Apocalipse 5.9, portanto, inspira todos os crentes comprometidos com a causa missionária. A alegria e convicção se misturam quando entendemos que nossa visão se alinha com a visão celestial, e nosso alvo final se harmoniza com o propósito divino. O comprometimento com a missão ultrapassa fronteiras e abraça a universalidade da redenção, proclamando que o Evangelho é para todos, de toda tribo, língua, povo e nação.

Nossa visão missionária, espelhada na visão celestial de Apocalipse, nos impulsiona a alcançar todos os cantos da terra com a mensagem transformadora do Evangelho. Somos chamados não apenas a crer, mas a compartilhar ativamente a boa notícia da salvação, tornando-nos participantes ativos na realização do propósito redentor de Deus para a humanidade.

Assim, ao contemplarmos as palavras inspiradas em Apocalipse 5.9, renovamos nosso compromisso com a missão evangelizadora. O alvo sublime é claro: proclamar a mensagem redentora até que toda tribo, língua, povo e nação conheçam a graça salvífica de Cristo. Que essa visão celeste continue a nos guiar em nossa jornada missionária, inspirando-nos a sermos agentes ativos na realização do propósito divino de redenção para toda a humanidade.

2- Um propósito global.

Em Mateus 28.18-20, a palavra “toda” traz a mesma conotação de alcance em que encontramos em Apocalipse 5. Isso reitera o princípio universal de nossa missão. Nesse caso, pregar o Evangelho a todos os povos para resultar em conversão de milhões de pessoas de todas as etnias é o propósito glorioso de Deus para a sua Igreja. Essa noção de universalidade, ou totalidade, relacionada ao alcance do Evangelho, nos responsabiliza como parte integrante desse poderoso e grandioso projeto de Deus: a obra missionária (1 Co 9.16). Diante dessa assertiva, nosso dever básico é o de proclamar o Evangelho a todos os povos.

Este uso da palavra “toda” não é casual, mas intencional, reafirmando o princípio universal que fundamenta à nossa missão como cristãos. Este princípio é, sem dúvida, um reflexo do propósito glorioso de Deus para Sua Igreja.

O chamado para pregar o Evangelho a todos os povos vai além das fronteiras geográficas ou barreiras culturais. É uma convocação para alcançar cada tribo, língua, povo e nação, uma missão que transcende qualquer limitação humana. Mateus 28.18-20, ao usar a palavra “toda”, sublinha a abrangência da mensagem redentora de Cristo. Assim como em Apocalipse 5, onde a redenção é descrita como um ato que abrange toda a humanidade.

Este propósito global não é apenas uma sugestão, mas uma ordenança divina. Deus confiou à Sua Igreja a missão de ser portadora da luz do Evangelho a todos os cantos da terra. A universalidade relacionada ao alcance do Evangelho não é apenas um ideal distante, mas uma responsabilidade inalienável que nos conecta a um projeto grandioso e transcendental: a obra missionária.

Nossa participação nesse projeto divino não é uma opção, mas uma necessidade imperativa. Como parte integrante desse projeto de alcance global, somos investidos com a responsabilidade de proclamar o Evangelho a todos os povos. Essa responsabilidade é respaldada pela urgência expressa por Paulo em 1 Coríntios 9.16, onde ele reconhece a imposição divina de pregar o Evangelho, tornando-o não apenas um dever, mas um privilégio.

Diante dessa assertiva, compreendemos que nosso dever básico como seguidores de Cristo é proclamar o Evangelho a todos os povos. Essa noção de universalidade não é apenas uma chamada para os missionários, mas para cada membro do corpo de Cristo. É uma jornada coletiva, onde cada um desempenha um papel na realização desse propósito grandioso e global.

Assim, ao abraçarmos a universalidade do Evangelho, nos tornamos agentes ativos em um projeto divino que transcende fronteiras e transforma vidas. A obra missionária é, portanto, não apenas uma responsabilidade, mas uma oportunidade para sermos co-participantes do plano glorioso de Deus para a redenção de toda a humanidade.

II- PREGAR O EVANGELHO: A RESPONSABILIDADE DE TODO CRISTÃO

1- Qual é a nossa disposição?

Como está a nossa disposição em levar o Evangelho a todo o mundo? Você sabia que a vinda do Senhor Jesus tem a ver com a execução dessa ordenança (Mt 24.14)? A luz dessa grande urgência evangélica, o que temos feito em prol do Reino de Deus (Ec 9.10; 2 Co 5.10; Ap 22.12)? Temos formado obreiros suficientes para cumprir a Grande Comissão? E os jovens crentes? Eles enxergam a grande urgência deste trabalho (Jo 4.35)? Estamos prontos a dar a vida por essa grande obra (At 20.24)?

Essas perguntas contribuem para atentarmos uma grande realidade, ou seja, se a igreja não atender ao apelo divino da Grande Comissão, se houver omissão por parte de seus líderes, e se os crentes não se dispuserem a ir ao campo, e se o mundo não receber o Evangelho nesta dispensação da Graça, haverá um duro juízo contra os negligentes (Mt 24-45- 51; 25.14-30).

A vinda do Senhor Jesus está intrinsecamente ligada à execução da ordenança expressa em Mateus 24.14: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” Essa afirmação direta ressalta a importância crucial da proclamação do Evangelho a todas as nações como um prenúncio do retorno do Senhor.

O “evangelho do Reino” não é apenas uma mensagem, mas uma poderosa revelação pregada no vigor e na justiça do Espírito Santo, acompanhada dos sinais característicos desse Evangelho transformador.

Cada crente é convocado a ser fiel a essa missão, contribuindo para que a mensagem alcance todos os cantos do mundo antes do retorno glorioso de Jesus para reunir Sua Igreja celestial (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.13).

A urgência dessa tarefa evangélica é iluminada pela pergunta: O que temos feito em prol do Reino de Deus? A referência a Eclesiastes 9.10, 2 Coríntios 5.10 e Apocalipse 22.12 ecoa como um lembrete constante de que cada ação tem implicações eternas. Formar obreiros capacitados para cumprir a Grande Comissão torna-se imperativo, e a responsabilidade recai sobre toda a igreja.

A citação de João 4.35 ressalta a importância de enxergar a colheita com olhos espirituais e compreender a grandeza da missão. Estamos, como corpo de Cristo, dispostos a dar a vida por essa grande obra? A reflexão sobre Atos 20.24 destaca a postura de Paulo, cuja principal preocupação não era preservar a própria vida, mas cumprir o ministério para o qual Deus o havia chamado.

Essas perguntas não apenas alertam para a realidade urgente da Grande Comissão, mas também evidenciam as possíveis consequências da negligência. Se a igreja falhar em atender ao apelo divino, se houver omissão por parte dos líderes, se os crentes hesitarem em se dispor para a missão e se o mundo não receber o Evangelho nesta dispensação da graça, o texto adverte sobre um duro juízo contra os negligentes.

Portanto, a urgência evangélica não é apenas uma chamada à ação, mas um convite para uma profunda reflexão sobre nosso compromisso, preparação e responsabilidade na Grande Comissão.

2- “Pois me é imposta essa obrigação “.

O apóstolo Paulo via a responsabilidade de pregar o Evangelho como uma obrigação imposta a ele (1 Co 9.16). A expressão “ai de mim se não pregar o evangelho” tem dois sentidos claros: 1) a obrigação; 2) a punição. O apóstolo estava consciente de que pregar o Evangelho é uma obrigação que inside privilégio, pois é a partir do que Cristo fez por nós. Nesse sentido, é um ato de obediência a Deus. Contudo, essa obrigação também leva em conta a punição em relação à recusa sistemática dessa obrigação imposta ao apóstolo. Ora, pregar o Evangelho não é uma opção para o cristão, mas uma imposição divina.

O apóstolo Paulo, ao refletir sobre sua responsabilidade de pregar o evangelho, via essa tarefa não como uma escolha pessoal, mas como uma obrigação imposta a ele pelo chamado divino que recebeu em sua jornada a Damasco (Atos 9.6,15; 22.21). Essa consciência de que ele não escolheu, mas foi escolhido para essa missão o levou a entender que não merecia crédito por cumprir sua obrigação. Pregar o evangelho, para Paulo, não era uma opção, mas um dever inalienável.

Paulo reconhecia-se como um “vaso escolhido” designado para levar o nome de Cristo diante dos gentios, reis e filhos de Israel (Atos 9.15), uma separação realizada pelo Espírito Santo para um trabalho específico (Atos 13.2).

Nesse contexto, pregar o evangelho tornou-se não apenas uma escolha consciente, mas uma função essencial e intrínseca à sua vida. Era algo que ele não podia deixar de fazer, uma obrigação que o impelia de maneira irresistível, uma função que ele era “fortemente impulsionado” a executar.

A expressão “ai de mim se não pregar o evangelho” encapsula dois significados claros: a obrigação e a punição. Paulo estava consciente de que pregar o evangelho não era apenas uma tarefa a ser cumprida, mas uma obrigação que vinha acompanhada de um privilégio. Era uma resposta à obra redentora de Cristo, um ato de obediência a Deus. A obrigação recaía não apenas sobre Paulo, mas sobre todos aqueles que experimentaram o poder do evangelho em suas vidas.

Mesmo que nem todos sejam chamados para ser missionários, todos os crentes compartilham o dever de tornar conhecida a graça salvadora oferecida por Deus. A expressão “ai de mim” não é apenas um lamento, mas uma declaração de profunda responsabilidade. Pregar o evangelho, para o cristão, não é opção, mas uma imposição divina que reflete a obrigação de compartilhar a mensagem salvadora com o mundo.

Assim, a compreensão de Paulo sobre sua obrigação de pregar o evangelho destaca não apenas a urgência da missão, mas também a profunda convicção de que essa tarefa é uma resposta a um chamado divino, uma expressão de obediência e um privilégio extraordinário conferido pelo sacrifício de Cristo.

CONCLUSÃO

Há um propósito divino quanto a proclamar a mensagem de salvação ao pecador. Não podemos, então, desviar um milímetro desse santo propósito. De fato, evangelizar não é uma opção. Pelo contrário, é uma imposição divina como resultado do que o Senhor Jesus fez em nossas vidas por intermédio do Espírito Santo. Portanto, preguemos a boa notícia para todo o pecador e em qualquer lugar em que ele se encontrar. Esse é o mais nobre e sublime propósito da Igreja de Cristo.

 

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