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Subsidio Lição 02: Imagens Bíblicas da Igreja

Subsidio Lição 02: Imagens Bíblicas da Igreja

Subsidio Lição 02: Imagens Bíblicas da Igreja | 1° Trim de 2024 | EBD ADULTOS

Texto Áureo

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)

VERDADE PRÁTICA

Por meio de cada imagem que retrata a Igreja, o Espírito Santo revela-nos o quão gloriosa ela é.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 5.25-32; 1 Pedro 2.9,10

INTRODUÇÃO

A Igreja de Jesus Cristo é retratada por uma série de imagens por meio das páginas do Novo Testamento. Cada uma delas revela um determinado aspecto da Igreja de Jesus Cristo. Assim, podemos contemplar imagens ou figuras que retratam o relacionamento; que descrevem a função ou mostram de que forma a Igreja é a habitação de Deus. Por isso, nesta lição, estudaremos as principais imagens bíblicas a respeito da Igreja de Cristo que comunicam o relacionamento, a função e a habitação dessa instituição criada por Deus.

Durante essa lição, exploraremos as principais imagens bíblicas que retratam a Igreja de Cristo, buscando desvendar os ricos significados que comunicam sobre sua essência e propósito . Cada metáfora reflete a sabedoria divina que meticulosamente a moldou e a guiou ao longo da história. Ao mergulharmos nessas representações, somos convidados a contemplar a beleza e a profundidade da obra divina que é a Igreja de Jesus Cristo.

Palavra Chave: IMAGEM

I – IMAGENS QUE DESCREVEM UM RELACIONAMENTO

1- A Noiva de Cristo.

Sem dúvida alguma, a imagem da Igreja como a Noiva de Cristo é uma das mais belas das Escrituras. Na verdade, a Bíblia usa tanto a figura da noiva como a da esposa para representar a Igreja. Primeiramente, a Igreja é descrita como uma “virgem pura” (2 Co 11.2). Convém destacar que a palavra grega parthenos, traduzida em 2 Coríntios 11.2 como “virgem pura”, é usada em relação a uma donzela que ainda não contraiu núpcias. É uma figura da Igreja como noiva trazendo uma ideia de castidade, pureza e fidelidade.

A metáfora da Noiva de Cristo, presente nas Escrituras, revela a profunda relação entre a Igreja e o próprio Cristo. Essa imagem é encontrada em diversas passagens bíblicas, sendo uma das mais notáveis em 2 Coríntios 11.2, onde a Igreja é descrita como uma “virgem pura”.

A escolha do termo grego “parthenos” para expressar a pureza da noiva é significativa, pois denota uma donzela que ainda não contraiu matrimônio.

Essa virgindade não se limita à ausência de experiências matrimoniais, mas simboliza a pureza espiritual da Igreja, sua separação do mundo e dedicação exclusiva a Cristo. Assim como uma noiva se prepara com zelo para o seu noivo, a Igreja é chamada a se preparar espiritualmente para o encontro com seu Amado.

A relação entre Cristo e Sua Noiva é amplamente explorada em outras passagens bíblicas, como  vimos em Efésios 5.25-27, onde é destacado que Cristo amou a Igreja a ponto de Se entregar por ela, a fim de santificá-la e purificá-la. Essa entrega sacrificial de Cristo revela o amor incondicional e redentor, estabelecendo um padrão para a união matrimonial. O casamento, portanto, torna-se um reflexo da profunda união entre Cristo e Sua Noiva, a Igreja.

Outra passagem que ilustra essa relação é Apocalipse 19.7-9, que descreve as bodas do Cordeiro, onde a noiva se prepara com vestes de linho fino, representando as obras justas dos santos. Esse simbolismo destaca a importância da santificação e da prontidão espiritual da Igreja para o momento glorioso em que será unida a Cristo.

Portanto , a imagem da Noiva de Cristo não apenas enfatiza a pureza espiritual, mas também aponta para a expectativa e a esperança da Igreja em estar com seu Amado. Essa esperança é expressa em Apocalipse 22.17, onde é dito: “O Espírito e a noiva dizem: ‘Vem!’ E todo aquele que ouvir, diga: ‘Vem!'”. A Noiva anseia pela consumação do relacionamento com Cristo, aguardando com fervor a Sua volta.

2- A Esposa de Cristo.

Paulo retrata, também de forma vívida, a imagem da Igreja como esposa (Ef 5.25,26). Assim como é destacada a pureza da noiva, é também a da esposa. Mas devemos ressaltar que esse relacionamento de Cristo com a Igreja é fundamentado no amor – “Cristo amou a igreja” (Ef 5.25). Não é como em um relacionamento frio, fundamentado apenas no dever, mas retrata um relacionamento fundamentado, sobretudo, na realidade do amor que se entrega e se sacrifica. Cristo cuida da Igreja e zela por ela porque a ama. Essa imagem de relacionamento amoroso entre Cristo e a sua Igreja deve ser o parâmetro relacionamento de todos os casais cristãos.

A imagem da Igreja como esposa, apresentada por Paulo em Efésios, oferece uma perspectiva única sobre a relação entre Cristo e sua igreja . Ao contrário de um simples contrato ou dever, esse relacionamento é profundamente enraizado no amor sacrificial de Cristo pela Igreja.

O apóstolo Paulo destaca que Cristo não apenas amou a Igreja, mas Se entregou por ela. Essa entrega vai além de gestos simbólicos; é um sacrifício pleno e voluntário que revela a profundidade do amor de Cristo. Assim como um esposo se dedica a cuidar, proteger e prover para sua esposa, Cristo faz o mesmo pela Sua Igreja.

Além de Efésios, outras passagens bíblicas reforçam essa ideia de um amor profundo e comprometido entre Cristo e a Igreja. Em Apocalipse 21.9, a figura da esposa é apresentada como a “esposa do Cordeiro”, simbolizando a união íntima e eterna entre Cristo e Seu povo redimido. A pureza da esposa, nesse contexto, não apenas denota a ausência de mancha, mas também a intimidade pura e constante com o Noivo divino.

Ao considerar a metáfora da esposa de Cristo, somos desafiados a repensar e reavaliar nossos próprios relacionamentos.

Essa imagem nos recorda que o casamento, assim como a relação entre Cristo e Sua Igreja, deve ser guiado pelo amor genuíno, pela dedicação mútua e pela disposição para se sacrificar pelo bem do outro. Dessa forma, a imagem da esposa de Cristo não apenas ilumina a natureza da relação divina, mas também inspira e orienta os relacionamentos terrenos para que reflitam o amor de Cristo.

3- Rebanho de Deus.

Quando reuniu os presbíteros na cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo os exortou (At 20.28). Aqui, a Igreja é retratada como um rebanho de Deus. É uma metáfora que ilustra a relação existente entre a ovelha e o pastor. Paulo deixa claro que esse rebanho custou um alto preço ao sangue de Jesus Cristo. Tendo em mente essa imagem, o apóstolo Pedro também põe isso em evidência (1 Pe 5.2,3). As palavras de Pedro devem servir de parâmetro para todo pastor que cuida do rebanho de Deus. Na verdade, ele mostra o que o pastor não pode fazer no seu trato com a igreja, pois ele deve ser um modelo para o Rebanho de Deus.

Ao retratar a Igreja como um rebanho, a imagem ressalta a relação próxima e dependente entre as ovelhas e o pastor. A comparação remonta às palavras de Jesus em João 10, onde Ele se declara o Bom Pastor que conhece Suas ovelhas e dá a Sua vida por elas. Paulo, ao usar essa metáfora, destaca a atenção especial que os líderes cristãos devem ter com o povo confiado a eles, um cuidado que vai além do mero dever.

Paulo, ao falar com os presbíteros de Éfeso, enfatiza que o rebanho foi comprado pelo sangue precioso de Jesus Cristo.

Essa referência mostra o valor imenso que Deus atribui à Sua Igreja e a responsabilidade elevada que recai sobre aqueles que são chamados para pastoreá-la. Essa liderança deve ser caracterizada pelo amor, dedicação e até mesmo disposição para sacrificar-se, seguindo o exemplo do Bom Pastor.

Pedro, em sua epístola, acrescenta detalhes ao papel do pastor, exortando que ele cuide do rebanho de Deus, não por constrangimento, mas de coração disposto. O apóstolo adverte contra a motivação egoísta ou gananciosa, destacando que a liderança deve ser um serviço voluntário, impulsionado pelo amor e pela devoção ao Senhor e às Suas ovelhas.

Além disso, Pedro estabelece um claro contraste com a liderança autoritária, advertindo os líderes a não serem dominadores, mas a serem exemplos para o rebanho. Esse apelo ressoa com a ideia do pastor como alguém que guia, nutre e protege, em vez de impor-se de maneira tirânica.

II – IMAGENS QUE DESCREVEM FUNÇÃO

1- Geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido.

Assim como havia um povo de Deus debaixo do Antigo Pacto (Êx 19-5,6; Is 43.3), da mesma forma Deus possui um povo debaixo do Novo Pacto (1 Pe 2.9).

(a) Geração eleita.

A palavra grega genos, traduzida aqui como “geração” também possui o sentido de “raça”. O Novo Testamento mostra que, em Cristo, tanto judeus quanto gentios fazem parte de uma só geração ou raça por causa do que eles têm em comum. Não há distinção de raça, cor, sexo ou status social. Em Cristo todos formam a geração eleita.

A compreensão da “geração eleita” está enraizada na obra redentora de Cristo, que não apenas quebrou as barreiras entre os povos, mas também aboliu as diferenças raciais e sociais. Essa ideia é  expressa por Paulo em Gálatas 3.28: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.”

Aqui, a noção de “geração eleita” reflete a unidade espiritual que transcende as categorias sociais e étnicas.A visão paulina é ainda mais enfatizada em Efésios 2.14, onde ele destaca que Cristo é a nossa paz, “pois dos dois fez um, derribando a parede de separação”.

A antiga divisão entre judeus e gentios foi anulada por meio da obra reconciliadora de Cristo na cruz. Portanto, a “geração eleita” abrange todos os crentes, independentemente de sua origem étnica ou social.

(b) Sacerdócio real.

Em sua Primeira Carta o apóstolo Pedro descreve os crentes que formam a Igreja de Cristo como os que exercem um sacerdócio real (1 Pe 2.9). Essa imagem vem do antigo sistema sacerdotal levítico. Na Antiga Aliança, Deus escolheu uma família, a de Arão, para oficiar como sacerdotes, da mesma forma Ele fez na Nova Aliança. Contudo, há uma diferença fundamental entre o sacerdócio exercido debaixo da Antiga Aliança e aquele exercido na Nova Aliança. Ali, essa função era reservada apenas para uma tribo, a de Levi. Dessa forma, a família escolhida para essa missão foi a de Arão. Por outro lado, debaixo da Nova Aliança todo cristão é um sacerdote. Agora todo cristão tem o privilégio de “queimar o incenso”, isto é, de exercer um ministério de oração e intercessão diante de Deus (SI 141.2).

O conceito de sacerdócio real, apresentado por Pedro em sua Primeira Carta (1 Pedro 2.9), destaca uma mudança na dinâmica do sacerdócio sob a Nova Aliança em comparação com o sistema levítico da Antiga Aliança.

Na Antiga Aliança, Deus designou a tribo de Levi e, dentro dela, a família de Arão, para exercerem o sacerdócio. Esses sacerdotes tinham a responsabilidade de intermediar entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios e ministrando no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo.

No entanto, sob a Nova Aliança, o sacerdócio real não é restrito a uma tribo específica ou a uma linhagem familiar; ele é estendido a todos os crentes em Jesus Cristo.

A expressão “sacerdócio real” destaca a natureza especial e privilegiada do papel dos crentes na Nova Aliança. Ao utilizar essa expressão, Pedro sugere que cada crente tem acesso direto a Deus e a capacidade de oferecer a Ele adoração e serviço, sem a necessidade de intermediários humanos. Isso reflete o ensinamento de Paulo em 1 Timóteo 2.5, onde ele afirma que há um único mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo.

O Salmo 141.2, mencionado em relação ao sacerdócio real, destaca a ideia de que todos os crentes têm o privilégio de “queimar o incenso”, simbolizando a adoração e as orações que sobem a Deus.

Isso implica que cada cristão pode se envolver em um ministério de oração e intercessão, não apenas confiando nessas atividades aos líderes religiosos.

(c) Nação santa e um povo adquirido (1 Pe 2.9).

Ambos os termos vêm adjetivados, mostrando o que essa nação e esse povo eram, representavam e deveriam ser. Não era uma nação ou um povo qualquer. Era uma nação santa e um povo adquirido para Deus. Essa é uma figura muito forte para retratar uma Igreja inteiramente consagrada a Cristo.

O termo “nação santa” e “um povo adquirido”, como descritos por Pedro, nos traz uma visão poderosa do caráter e do propósito da Igreja. Esses adjetivos não são meramente descritivos, mas carregam consigo significados profundos sobre a identidade e a missão dos crentes.

Ao chamar a Igreja de “nação santa”, Pedro destaca sua santidade distintiva. A santidade não se refere apenas a uma separação física, mas principalmente a uma consagração espiritual. A Igreja é chamada a ser santa como Deus é santo (1 Pedro 1.15-16), refletindo a pureza moral, a dedicação a Deus e a conformidade com a Sua vontade.

A expressão “um povo adquirido” traz a ideia de propriedade divina. A aquisição mencionada aqui é mais do que uma simples escolha; implica um ato de redenção e resgate. Essa linguagem nos remete ao Antigo Testamento, onde Deus redimiu Israel do Egito. Agora, na Nova Aliança, todos os crentes, independentemente de sua origem étnica, são um povo adquirido por Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo.

2- Corpo de Cristo.

Essa é uma das imagens mais fortes e frequentes no Novo Testamento para retratar a Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo! Mais do que uma organização, a Igreja é um organismo. Um organismo vivo! A analogia da Igreja como um corpo é muito significativa. Primeiramente, porque retrata a harmonia e unidade que há no corpo. No corpo humano tudo está em seu devido lugar (1 Co 12.12). Todos OS membros cooperam para o bom funcionamento do corpo (1 Co 12.21,22,25). Logo, nenhum membro faz menos parte do corpo que os demais: todos são necessários. A variedade de órgãos, membros e funções constitui a essência da vida física. Nenhum órgão pode estabelecer um monopólio no corpo, assumindo as funções dos outros. Um corpo constituído por um só órgão seria monstruosidade uma monstruosidade.

A metáfora do Corpo de Cristo, presente nas Escrituras, é, de fato, uma das imagens mais ricas e significativas para descrever a natureza e a função da Igreja. Essa analogia destaca não apenas a organização, mas, mais profundamente, a interdependência e a unidade que caracterizam a Igreja.

Ao retratar a Igreja como o Corpo de Cristo, Paulo, em 1 Coríntios 12, enfatiza a ideia de que cada membro tem um papel único e essencial. A diversidade de dons, talentos e funções se assemelha à variedade de órgãos e membros no corpo humano.

Nenhum membro pode ser dispensável, e todos são necessários para o bom funcionamento do corpo. Essa imagem ressalta a igualdade de importância de cada crente na comunidade, independentemente de seus dons ou funções específicos.

A harmonia e a cooperação entre os membros do corpo são fundamentais para o testemunho eficaz da Igreja. Como mencionado em 1 Coríntios 12.21-22, “o olho não pode dizer à mão: ‘Não preciso de ti’; nem a cabeça aos pés: ‘Não tenho necessidade de vós.’ Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários.”

A variedade de dons e funções não deve levar à competição ou à busca de destaque. Pelo contrário, a diversidade enriquece a Igreja, permitindo que ela cumpra plenamente a sua missão. Paulo destaca a interdependência dos membros em 1 Coríntios 12.25: “Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.”

A metáfora do Corpo de Cristo também ressalta a centralidade de Cristo como a Cabeça do corpo. Ele é a fonte de vida, a autoridade suprema e o guia para todos os membros. Essa imagem destaca que a verdadeira vitalidade e unidade da Igreja derivam de sua conexão íntima com Cristo.

III – IMAGENS QUE DESCREVEM HABITAÇÃO

1- Santuário de Deus.

Muito embora seja comum identificar a Igreja a partir de sua estrutura arquitetônica, não é isso que a Bíblia identifica como sendo uma Igreja. Ela é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16). A Igreja é retratada como sendo um santuário, a habitação de Deus. Individualmente, cada crente é um templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Mas na sua forma corporativa, a Igreja é retratada como sendo o santuário de Deus (1 Co 3.16,17). Isso também significa que Deus habita a Igreja. Ela é seu templo. Nesse aspecto, o apóstolo Paulo alerta sobre o perigo que há em se profanar o santuário de Deus (1 Co 3.17).

Em 1 Coríntios 3.16, Paulo destaca a individualidade do crente como templo do Espírito Santo, ressaltando que cada pessoa que crê em Cristo se torna morada do Espírito de Deus. Essa compreensão enfatiza a intimidade da relação entre o crente e Deus, bem como a responsabilidade de cuidar desse templo individual.

Ao mesmo tempo, Paulo amplia essa metáfora para a dimensão corporativa da Igreja em 1 Coríntios 3.16-17, onde ele afirma: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.”

A Igreja, como santuário de Deus, é um lugar onde Ele escolhe habitar e manifestar Sua presença de uma maneira especial. Isso implica que a comunidade cristã não é apenas uma instituição humana, mas um local sagrado onde Deus se faz presente por meio do Seu Espírito.

A advertência de Paulo sobre o perigo de profanar o santuário de Deus em 1 Coríntios 3.17 ressalta a seriedade desse conceito. A profanação não está limitada apenas às ações físicas, mas também inclui atitudes e comportamentos que comprometem a Igreja. Isso destaca a importância da pureza e da santificação dentro da Igreja, bem como a responsabilidade de cada membro na preservação do santuário de Deus.

2- Casa de Deus.

A Igreja é descrita como sendo a “Casa de Deus” (1 Tm 3.15). Esse conceito da Igreja, como sendo a Casa de Deus, é derivado do Antigo Testamento em que o povo de Deus é retratado como a casa ou família de Deus. A nação de Israel floresceu a partir da família de Jacó. Isso nos faz ver a importância da igreja como uma instituição social. Na base da sociedade está a família. Uma igreja forte é formada por famílias igualmente fortes. O inverso também é verdade: famílias fracas tornam-se igrejas fracas. Por trás de muitos problemas sociais está a desestruturação familiar. A recomendação de Paulo em 1 Timóteo revela que a Igreja se orienta por um padrão moral que deve nortear o comportamento na sociedade.

A analogia da “Casa de Deus” deriva das tradições do Antigo Testamento, onde frequentemente se referiam à nação de Israel como a “família de Deus” ou a “casa de Israel”.. Essa metáfora realça não apenas a identidade da comunidade como povo de Deus, mas também a intimidade e a conexão compartilhada entre seus membros.

O entendimento da Igreja como a “Casa de Deus” carrega implicações importantes para a vida cristã. Reforça a importância da comunidade, onde cada membro não é apenas um frequentador, mas parte integrante da família de Deus.

Essa perspectiva destaca que a Igreja não é apenas um lugar para frequentar, mas uma comunidade onde se nutrem relacionamentos e onde todos os membros são chamados a participar ativamente na vida da família de Deus.

A conexão entre a Igreja como a “Casa de Deus” e a ênfase nas famílias fortes ressalta a importância da família como a unidade fundamental da sociedade e da igreja. Paulo destaca essa conexão ao enfatizar que a força da Igreja está intrinsecamente ligada à força das famílias que a compõem. Essa perspectiva também destaca a responsabilidade da Igreja em promover valores e práticas que fortaleçam as famílias.

A recomendação de Paulo em 1 Timóteo 3.15, onde menciona a necessidade de conduta moral, revela que a Igreja não apenas é uma família, mas também uma comunidade que se orienta por padrões éticos. Esses padrões não apenas moldam a vida interna da comunidade, mas também impactam a sociedade mais ampla, chamando os crentes a serem luz e sal no mundo.

3- O privilégio de ser Igreja.

À luz do que estudamos nesta lição, podemos fazer algumas considerações. Primeira, a Igreja de Cristo é uma instituição formada por salvos que se relacionam com Deus e, por isso, eles fazem parte de seu rebanho. Segunda, a Igreja de Cristo é uma instituição formada de salvos que exercem uma função sacerdotal diante de Deus perante o mundo. E, finalmente, a Igreja de Cristo é uma instituição em que Deus habita e vive. É um privilégio fazer parte da Igreja de Cristo!

Fazer parte da Igreja de Cristo é, verdadeiramente, um privilégio.A grandiosidade desse privilégio se revela na interação íntima com Deus, no exercício ativo do sacerdócio espiritual e na experiência palpável da presença divina na Igreja. Fazer parte da Igreja de Cristo é, verdadeiramente, um presente divino que molda e enriquece a vida espiritual de cada servo de Cristo.

CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos através de imagens bíblicas o que a Igreja é e que importância ela tem. São figuras que nos ajudam a compreender a Igreja tanto em seu aspecto institucional como funcional. Assim, essas imagens ajudam o crente a descobrir qual o seu lugar na Igreja, o Corpo de Cristo. Dessa forma, ele pode melhor cooperar para o perfeito funcionamento da igreja local.

Um comentário

  1. Francisca valda

    Esse subsídio me ajudou muito pois estou iniciando como professora dominical adultos e estava enfrentando bastante dificuldades pará ministrar minha aula.

  2. Dety Corrêa

    Obrigado pelo estudo

  3. Tania Leão Ferreira da Costa

    Eu estava encontrado dificuldades mas agora estou mas cofiante nesse início como professora esse estudo me ajudou muito obrigado

  4. Cristiane Gomes

    Um ótimo estudo
    Tem me ajudado muito nas aulas
    Deus abençoe

  5. Josimara Silva

    Agradeço pela ajuda

  6. Francisco chagas

    obg irmão, foi uma benção a sua explanação da lição me ajudou muito .

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