Subsidio Lição 10 – Tema: A renovação Cotidiana do Homem Interior
TEXTO ÁUREO
“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” (2 Co 4.16)
VERDADE PRÁTICA
Por instrumentalidade do Espírito Santo, os salvos experimentam a renovarão interior em meio às adversidades externa
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
As adversidades externas são uma incontestável realidade (Rm 8.22,23). Apesar disso, por meio do Espírito, os salvos experimentam a renovação espiritual no interior de sua vida (2 Co 4.16). Não obstante, durante a nossa existência, o corpo mortal permanecerá sujeito às adversidades da vida (2 Co 5.2,4). Nesta lição, veremos o sofrimento do homem exterior, o fortalecimento do homem interior e os desafios atuais como forças externas que tentam esmagar a nossa vida espiritual. A finalidade é mostrar que o crente espiritualmente renovado pode resistir a qualquer ataque das trevas.
As adversidades externas, ou seja, os desafios e problemas que enfrentamos no mundo ao nosso redor, são uma parte inegável da nossa vida. Isso é uma realidade que não podemos ignorar, como mencionado na passagem bíblica Romanos 8:22,23.
No entanto, a fé nos ensina que, através do Espírito Santo, aqueles que acreditam em Deus podem experimentar uma renovação espiritual interna, como descrito em 2 Coríntios 4:16. Isso significa que, apesar das dificuldades do mundo, podemos encontrar força e renovação espiritual dentro de nós mesmos.
Mas é importante notar que, ao longo de nossa vida, nosso corpo físico continuará sujeito às adversidades e fragilidades da existência humana, conforme indicado em 2 Coríntios 5:2,4. Assim, a fé oferece uma fonte de força interior, mas não elimina as realidades da vida que todos enfrentamos. É a combinação dessas verdades que molda nossa jornada espiritual e humana.
Palavra-Chave: RENOVAÇÃO
I- O SOFRIMENTO EXTERIOR
1- A experiência de Paulo.
O apóstolo Paulo é um exemplo de um homem que sofreu adversidades externas, mas não perdeu a solidez da vida espiritual. Suas epístolas relatam tribulações acima de suas forças, a ponto de ele perder a esperança da preservação da própria vida (2 Co 1.8). Ainda podemos ler menções do apóstolo a prisões, açoites, apedrejamento, perseguições, fadiga, fome, sede, frio e nudez (2 Co 11.23-27). Dessa forma, Paulo sintetiza as adversidades da nossa jornada de fé nas seguintes palavras: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm 3.12).
Por isso, o texto bíblico diz que o tesouro do Evangelho está guardado em vasos de barro (2 Co 4.6 ,7). Isso é uma declaração de que somos feitos do pó, ou seja, somos mortais, e, por isso, como seres humanos, somos frágeis (2 Co 7.5). Nesse aspecto, o homem exterior padece e sofre ataques por causa da cruz (2 Tm 2.9,10).
“Porque eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.” Atos 9:16
Essas palavras foram ditas pelo Senhor Jesus a Ananias, um discípulo em Damasco, quando ele expressou sua preocupação em relação a Saulo, temendo o histórico de perseguição que ele tinha contra os seguidores de Jesus. Este versículo é essencial porque encapsula o destino singular de Saulo, que mais tarde se tornaria o apóstolo Paulo, um dos maiores pregadores e defensores do cristianismo.
Essas palavras também lançam luz sobre um tema recorrente na vida de Paulo, que é a noção de que os seguidores de Cristo não estão isentos de dificuldades e sofrimentos.
No entanto, Paulo considerou esses sofrimentos como insignificantes em comparação com a glória de servir a Cristo e espalhar o evangelho.
Paulo usa a metáfora dos “vasos de barro” para se referir aos crentes. Essa metáfora enfatiza a fragilidade e a limitação humanas. O “tesouro” mencionado representa a mensagem do evangelho e a presença de Cristo em nossas vidas. Paulo ressalta que a excelência do poder não vem de nós, mas de Deus. Isso nos lembra que, embora sejamos imperfeitos e frágeis, Deus escolhe nos usar como instrumentos para espalhar Sua mensagem.
2- O exemplo do Apóstolo.
Mesmo diante do sofrimento, o apóstolo não retrocede e tampouco nega a fé (2 Tm 4.7; Hb 10.39). Suas provações forjaram a confiança em Deus na sua vida e ministério (2 Co 1.9,10; Fp 4.12,13). Ele reconhece que suas fraquezas são instrumentos do poder divino (2 Co 2.4; 4 .11; 12.9,10). Sua vida está a serviço do Mestre, em favor dos escolhidos e para a glória de Deus (2 Co 1.12-14; 4.11,12,15). Cônscio de sua vocação, o apóstolo declara: “por isso não desfalecemos; […] ainda que o nosso homem exterior se corrompa” (2 Co 4.16a). Nesse aspecto, o legado do apóstolo é de perseverança. Embora o homem exterior seja consumido pelas tribulações, o salvo não desanima nem recua. Acerca disso, Cristo nos assegurou: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
Paulo acredita que o sofrimento dos cristãos tem um propósito profundo. Ele não apenas reconhece o inevitável sofrimento na vida dos seguidores de Cristo, mas também enfatiza que esse sofrimento não é em vão. Para Paulo, o sofrimento não é apenas uma provação, mas também uma oportunidade para o crescimento espiritual e a manifestação da graça divina.
Ele encoraja os cristãos a enfrentarem o sofrimento com alegria, não porque a dor seja boa em si mesma, mas devido ao significado espiritual que ela carrega. Paulo vê o sofrimento como uma maneira pela qual Deus fortalece a fé e a esperança dos crentes, demonstrando Seu amor e sustento através das tribulações.
Paulo também destaca que os crentes, ao perseverarem no sofrimento e ao continuar a amar e servir uns aos outros, estão testemunhando a verdade do evangelho. Ele acredita que o sofrimento não apenas molda os crentes à imagem de Cristo, mas também os capacita a compartilhar a mensagem de Cristo de maneira mais autêntica e impactante.
Em última análise, Paulo ensina que o sofrimento não é um obstáculo à fé, mas uma parte integrante dela. Ele exorta os cristãos a permanecerem firmes em meio à adversidade, confiantes de que compartilharão na glória de Cristo através do compartilhamento em Sua paixão.
3- A esperança do crente.
Na Escritura, o contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus estão assim representadas:
(a) “atribulados, mas não angustiados” (2 Co 4.8a) significa que, mesmo pressionado, o crente não é esmagado;
(b) “ perplexos, mas não desanimados” (2 Co 4.8b), indica que, mesmo confuso, o crente não se desespera;
(c) “ perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.9a), sinaliza que, mesmo ameaçado, o crente não é abandonado;
(d) “abatidos, mas não destruídos” (2 Co 4.9b), mostra que, mesmo derrubado, o crente não é nocauteado. O texto ensina que, embora nosso corpo esteja sujeito ao pecado e ao sofrimento, Deus sempre provê um meio de escape (1 Co 10.13). Nosso Senhor obteve êxito sobre a morte e, do mesmo modo, temos esperança da vitória e da vida eterna (2Co 4.14). Portanto, como cristãos, não podemos deixar de aguardar a bem-aventurada esperança em Cristo (Tt 2.13).
Paulo estabelece o contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus. De um lado, a investida maligna e mortífera contra a fragilidade humana, que atinge o cristão com ímpeto e fúria a fim de derrotá-lo. E, de outro lado, a manifestação graciosa da grandeza e da providência divina em propiciar ao crente fiel força suficiente para obter livramento e vitória.
A ideia de que Deus permite que Seu povo enfrente desafios significativos não como um castigo, mas como uma oportunidade de reconhecer sua própria fragilidade e dependência, ressoa profundamente na experiência espiritual.
Quando confrontados com dificuldades, somos compelidos a reconhecer que nossa capacidade de resolver problemas está limitada e, assim, somos conduzidos a confiar em um poder maior.
Essa perspectiva nos lembra que nossas próprias limitações servem como um espaço onde a grandiosidade do divino pode se manifestar. As memórias de como Deus já interveio em nossa história pessoal ou na história coletiva da fé também desempenham um papel crucial, fortalecendo nossa fé e esperança para o futuro. Ignorar essas lembranças ao enfrentar novas adversidades é minimizar a própria experiência da divina intervenção.
Portanto, abraçar a convicção de que Deus continua a nos amparar, como fez anteriormente, é uma forma de abraçar a fé, reconhecendo que as lutas atuais podem ser alicerces para um encontro renovado com o Todo-Poderoso.
II – A RENOVAÇÃO INTERIOR
1- O fortalecimento diário.
A Bíblia enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se firme na adversidade (Jo 14.16,17). Esse poder do Espírito atua no homem interior e capacita o crente a perseverar e a viver afastado do pecado (1 Co 2.12-16). Assim , apesar da fraqueza e do sofrimento exteriores, nosso “interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16b). Isso é a operação do Espírito que qualifica o salvo a não desfalecer. Do ponto de vista das disciplinas espirituais práticas, esse renovo ocorre por meio da santificação pessoal, fidelidade, reverência, oração, jejum e temor a Deus (1 Co 7.5; Ef 5.18; Hb 12.14,28). Portanto, não podemos permitir que a aflição nos desanime, mas devemos renovar nosso compromisso em servir a Cristo e permitir que o poder do Espírito Santo nos fortaleça dia a dia (1 Co 16.13).
Certamente, a afirmação de Paulo em 2 Coríntios 4:16 ressalta a notável dualidade entre as adversidades externas e a renovação interior experimentada pelos crentes. Embora as pressões e sofrimentos do mundo ao nosso redor possam parecer esmagadores, Paulo destaca que, dentro de cada um de nós, há um processo contínuo de renovação espiritual que se desenrola dia após dia. Essa renovação não depende das circunstâncias externas, mas é alimentada pela presença do Espírito Santo e pela fé que sustenta os crentes.
O “interior” a que Paulo se refere é a parte mais profunda do ser, onde a conexão com Deus é nutrida e onde a esperança é mantida viva.
Nesse espaço interior, mesmo em meio ao cansaço, desafios e dificuldades que cercam a vida, ocorre um processo de renovação que fortalece, restaura e inspira.
Essa renovação não é superficial, mas penetra os níveis mais profundos da mente, do coração e do espírito.
A ênfase de Paulo em “dia após dia” nos lembra que a renovação espiritual é um processo contínuo e progressivo. É um lembrete de que, independentemente do que possa estar acontecendo à nossa volta, podemos buscar essa renovação constantemente, encontrando força e encorajamento na comunhão com Deus.
Portanto, Paulo nos convida a focar na renovação interior como uma fonte de esperança e fortaleza em meio às adversidades externas. Ele nos lembra que, mesmo quando nos sentimos fracos e sobrecarregados pelo mundo exterior, podemos encontrar consolo no fato de que, interiormente, estamos sendo renovados e capacitados a enfrentar os desafios com fé e coragem.
2- O eterno peso da glória.
O apóstolo Paulo declara o seguinte: “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4.17). Aqui, ele faz um contraste entre o sofrimento presente e o futuro glorioso. O apóstolo ensina que, se comparada ao peso da glória, que é eterna, a tribulação é leve e passageira. Nesse sentido, a adversidade serve com o instrumento encorajador do homem interior, impulsionando-o a prosseguir (Fp 3.13,14) e que a fé se renova à medida que o crente é capaz de suportar as tribulações (Jó 42.5; Sl 119.67). Portanto, faz-se necessário sermos sábios diante da tribulação, fugindo da murmuração e reconhecendo que as lutas, segundo 0 criterio de Deus, são inevitáveis. Entretanto, as Escrituras ratificam que as aflições deste tempo não podem ser comparadas com a glória do porvir (Rm 8.18).
A expressão “eterno peso de glória” é encontrada na Bíblia, especificamente em 2 Coríntios 4:17.
Essa frase é usada pelo apóstolo Paulo para descrever a recompensa eterna que aguarda os crentes no céu, e ele a contrasta com as aflições temporárias que enfrentam nesta vida.
Em termos simples, “eterno peso de glória” refere-se à recompensa eterna e gloriosa que os crentes receberão no céu como resultado de sua fé e fidelidade a Deus.
É uma maneira poética de enfatizar que, em comparação com as dificuldades e tribulações que os crentes podem enfrentar nesta vida, a glória eterna que os aguarda é imensurável e inestimável. É uma recompensa que não tem preço e que durará para sempre.
A ideia por trás dessa expressão é encorajar os crentes a perseverarem nas dificuldades da vida terrena, mantendo seus olhos na esperança da glória futura. É uma maneira de lembrar que qualquer sofrimento experimentado aqui é temporário e passageiro em comparação com a eternidade gloriosa que Deus promete aos Seus seguidores.
3- A visão da eternidade.
Fortalecido em Deus, tendo plena consciência da vida vindoura, o cristão é exortado a não focar “nas coisas que se veem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Co 4.18). Contrastando as coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas, o apóstolo Paulo apela ao exercício da fé bíblica como uma importante motivação para o crente não desfalecer nas tribulações (cf. Hb 11.1). Nesse caso, somado à renovação diária, o crente deve viver sob a perspectiva da eternidade. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu: “pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.2).
Em 2 Coríntios 4:18 ,Paulo está enfatizando a importância de focar no que é eterno em contraposição ao que é temporário e visível. Ele nos lembra que as coisas que vemos ao nosso redor, as circunstâncias e os desafios da vida, são temporárias e passageiras. Em contraste, as realidades espirituais, como a promessa da vida eterna com Deus, são eternas e duradouras.
Paulo está incentivando os crentes a manterem seus olhos e sua perspectiva nas coisas que têm valor eterno. Isso não significa ignorar as responsabilidades terrenas, mas sim colocá-las em perspectiva e não permitir que elas dominem nossa visão de mundo.
III- OS DESAFIOS DE HOJE
1- Cultura secularista.
O “espírito da Babilônia”, por meio da cultura secularista, procura esmagar a vida espiritual dos crentes (Ap 17.5). É um sistema materialista, conforme estudamos até aqui, que nega a realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo o conjunto de valores provenientes da Palavra de Deus. Diante desse ataque, o Altíssimo continua a buscar um povo que seja renovado por dentro, resista aos ataques externos e tome posição contra o advento do mal (Ez 22.30).
O secularismo não aceita a influência da fé na vida em sociedade e defende o laicismo antirreligioso (1 Sm 8.7).
Essa ideologia, corrompida pelo pecado, promove estratégica perseguição à Igreja de Cristo. Leis são promulgadas, e sentenças são prolatadas em desconstrução da religião e da liberdade de culto. O patrulhamento ideológico amordaça a voz da Igreja e aprisiona a fé no espaço privado. Nesse cenário, o Espírito de Deus busca crentes renovados e capazes de tomar posição contra as forças do mal (Ez 22.30).
2- Relativismo doutrinário.
Outro ataque que procura matar a nossa vida espiritual é o processo de desconstrução dos fundamentos da fé. Não podemos tolerar a relativização doutrinária. Ora, relativizar a doutrina bíblica é enfraquecer o homem interior. Não há como renovar a nossa vida espiritual sem ter em alta conta a Palavra de Deus. Não se pode fazer uma releitura seletiva da Bíblia para agregar à Igreja os que não aceitam a sã doutrina (2 Tm 4.3). O relativismo aliado à ideologia secularista impõe o que deve ser considerado como ideal. Assim, o pecado é aceito e tolerado. Porém , o crente renovado deve reagir contra essa inversão de valores, resistir ao “espírito da Babilônia” e “batalhar pela fé que um a vez foi dada aos santos” (Jd 1.3).
O relativismo nega a existência de verdades absolutas. Afirma que a verdade não é algo fixo, e, portanto, questiona os valores bíblicos (Is 5.20).
O método cristão para anular o relativismo é a persuasão por meio da verdade da Palavra de Deus (Jo 8.32). Por conseguinte, a Igreja do Senhor Jesus não pode negligenciar o ensino e a pregação da Palavra de Deus. A Igreja não pode limitar-se a fazer oposição e oferecer resistência à iniquidade no poder temporal. Não pode depositar sua confiança e esperança nas decisões políticas ou judiciais.
Precisamos buscar e incentivar o avivamento espiritual por meio da Palavra de Deus. O avivamento liderado por John Wesley (1703-1791) trouxe mudanças sociais na Inglaterra. O mal a ser combatido é o pecado. Quando a mensagem bíblica é anunciada de modo genuíno, as vidas são transformadas, pois o Espírito Santo opera com liberdade para convencer os ouvintes da verdade, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
3- Batalha espiritual.
Todo salvo trava uma batalha espiritual neste mundo. A Escritura diz que Satanás é o “deus deste século” e que o mundo jaz no Maligno (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Por isso, nossa Declaração de Fé realça que foi com engano que ele começou as suas atividades contra 0 homem (Gn 3.13; 2 Co 11.3). E é com essa arma que o Diabo e seus agentes ainda seduzem as pessoas neste mundo (Ap 12.9). Outrossim, os espíritos malignos têm capacidade de influenciar os que vivem na desobediência, manipulando, aprisionando e colocando pessoas contra Deus (Ef 2.2). Por isso, a Bíblia alerta que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef 6.12). De certo, o crente renovado, de posse da armadura de Deus, deve posicionar-se contra as ciladas do Diabo, “orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18).
No encerramento de sua epístola aos Efésios, o apóstolo Paulo emite um chamado à Igreja, instando-a a se preparar para enfrentar e resistir aos inevitáveis conflitos contra as forças espirituais malignas. Ele enfatiza que a batalha espiritual é uma realidade que os cristãos não podem ignorar.
Para permanecerem firmes na luta contra o mal, os seguidores de Cristo devem se revestir de toda a armadura de Deus, como descrito em Efésios 6:10-20. Essa passagem não é um apêndice à epístola, mas sim um alerta claro sobre a necessidade de os cristãos se engajarem no combate espiritual.
Paulo reconhece a existência de uma batalha espiritual feroz e alerta sobre a hostilidade das forças malignas. Ele também instrui os crentes sobre como enfrentar e vencer essas forças adversas.
No entanto, ele assegura que o povo de Deus não está desprotegido diante do inimigo. Deus forneceu uma poderosa armadura espiritual a todos os cristãos, tornando-os capazes de resistir e prevalecer nas batalhas espirituais. A força que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos está disponível para fortalecer o povo de Deus, garantindo que a Igreja não esteja indefesa nem despreparada para a luta contra as forças do mal. Nesse sentido, Paulo oferece uma mensagem de encorajamento e preparação para a comunidade cristã, lembrando que, com a armadura de Deus, eles podem enfrentar os desafios espirituais com confiança e determinação.
CONCLUSÃO
Durante a existência do corpo mortal, nosso homem exterior estará sujeito às tribulações desta vida (2 Co 4.11). Apesar do padecimento e das aflições, nosso homem interior não deve desfalecer, mas se renovar por meio do poder do Espírito (2 Co 4.16). Assim, os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com o peso de glória eterna reservado para os fiéis (2 Co 4.17). Por isso, no tempo presente de ataques e desconstrução da fé cristã, necessitamos de renovação do nosso interior, dia a dia, para enfrentar o poder do pecado e do mal.