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Subsidio Lição 04: Como se Conduzir na Caminhada

Subsidio Lição 04: Como se Conduzir na Caminhada

Subsidio Lição 04: Como se Conduzir na Caminhada | 2° Trimestre de 2024 | EBD ADULTOS

 

TEXTO ÁUREO

“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” (Cl 4.5)

VERDADE PRÁTICA

A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição à nossa maneira de viver.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.15-17

INTRODUÇÃO

Na jornada da vida cristã o Pai Celestial estabelece o padrão de conduta para a vida eterna. Ele sinaliza como devemos agir ao longo desse caminho para o Céu. Por isso, como evidência do seu amor e cuidado, preparando tudo para que trilhem os bem o caminho da verdade, o Pai nos corrige em nossa jornada cristã. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito de como devemos nos conduzir pelo caminho que nos leva ao Céu.

Palavra-Chave: CONDUTA

I- O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

1- Jesus como nosso padrão de conduta.

Antes de analisarmos o texto bíblico de Efésios 5, cabe-nos refletir a respeito de um padrão geral de conduta para fazer a vontade do Pai nesta caminhada cristã. Há um padrão que o Senhor Jesus espera de seus discípulos para fazer a vontade de Deus nesta vida? A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido. O Senhor Jesus ensinou o seguinte: “ Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13-15). Ora, esse texto expressa que Ele é o nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida. Sim, há um padrão de conduta que tem como base o nosso Senhor e quem deseja fazer a vontade de Deus neste mundo deve olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2).

Jesus Cristo é o maior exemplo de conduta para aqueles que desejam seguir os caminhos de Deus. Em João 13:15, Ele declara: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. Esta afirmação ressalta a importância de olharmos para a vida de Jesus como o padrão a ser seguido em nossa caminhada.

Quando falamos de um padrão de conduta, referimo-nos a um modelo estabelecido que serve como base para orientar nossas ações e decisões.

Jesus não apenas ensinou com palavras, mas também demonstrou com sua vida o que significa viver em obediência e amor a Deus. Ao examinarmos as Escrituras, vemos como Jesus amou os marginalizados, perdoou os pecadores e se entregou completamente à vontade do Pai. Seu sacrifício na cruz é o ápice desse padrão de amor e sacrifício.

Efésios 5:1-2 nos exorta a imitar a Cristo, vivendo e andando em amor como Ele nos amou e se entregou por nós. Esse versículo ressalta a importância de não apenas conhecer os ensinamentos de Jesus, mas também de aplicá-los em nossa vida diária.

Dessa forma , seguir o padrão de conduta de Jesus implica em viver uma vida de humildade, amor ao próximo, perdão e obediência a Deus. Significa também abandonar os padrões egoístas e mundanos que frequentemente nos rodeiam, e abraçar os valores do Reino de Deus.

Portanto, ao adotarmos Jesus como nosso modelo de conduta, não apenas honramos Sua vida e ensinamentos, mas também expressamos nossa fé de maneira prática. Que possamos sempre buscar imitar a Cristo em todas as áreas de nossas vidas, trazendo glória ao nome de Deus e manifestando Seu amor ao mundo ao nosso redor.

2- Fazendo a vontade de Deus.

Como Filho de Deus, Jesus procurou agradar ao Pai na jornada desta vida, fazendo sempre a sua vontade (Jo 4.34; 6.38; 17.4). Não por acaso, nosso Senhor nos incentivou a buscar a vontade do Pai na oração que Ele ensinou aos discípulos, o “ Pai Nosso” (Mt 6.10; cf. Mt 26.39,42). Aos olhos humanos, parece muito difícil andar no padrão divino de Cristo. Entretanto, isso é possível quando buscamos o auxílio do alto, conforme oração ensinada por Ele (Mt 6.9-13). Logo, o cristão que deseja ir para o céu procura fazer a vontade de Deus, deixando de lado o caminho do egoísmo, do orgulho e da vaidade; procurando se aproximar e praticar a “ Lei de Ouro” ensinada pelo nosso Senhor: “ tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lo também vós” (Mt 7.12; cf. Rm 13.8,10).

Jesus empenhou-se em satisfazer o Pai em Sua vida terrena, (João 4.34; 6.38; 17.4). Essa atitude exemplar revela o padrão divino que Ele nos deixou a seguir. Entretanto, reconhecemos que, aos olhos humanos, seguir esse padrão não é nada facil. No entanto, a graça divina nos capacita a alcançar tal feito, como ensinado por Jesus na oração do Pai Nosso ( ler Mateus 6.9-13).

O auxílio divino é crucial em nossa caminhada.

Jesus nos instrui a buscar a ajuda do Pai celestial na oração, pedindo que Sua vontade seja feita em nossa vida. Essa dependência de Deus fortalece nossa caminhada e nos possibilita viver de acordo com Seus padrões.

Portanto, o cristão genuíno, que almeja a vida eterna no céu, busca diligentemente fazer a vontade de Deus. Isso implica em abandonar os caminhos do egoísmo, do orgulho e da vaidade, e seguir os passos de Cristo. Seguir a vontade de Deus requer uma entrega completa de nossas vidas a Ele, colocando Seus desejos acima dos nossos próprios.

Além disso, conforme Mateus 7:21, entendemos que apenas aqueles que fazem a vontade de Deus entrarão no Reino dos céus. Em 1 João 2:17, é ressaltado que aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre, enquanto o mundo passa. Romanos 12:2 nos exorta a não nos conformarmos com este mundo, mas a sermos transformados pela renovação do entendimento, para experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. E Tiago 4:7 nos instrui a nos submetermos a Deus e a resistir ao diabo, para que ele fuja de nós.

Que cada cristão se esforce, portanto, para fazer a vontade de Deus em todas as áreas de sua vida, buscando sempre Sua orientação e força para seguir o caminho estabelecido por Cristo.

3- Uma vida cristã bem-sucedida.

A respeito da vida cristã, o apóstolo Paulo disse que estamos numa “ competição espiritual” e, por isso, devemos procurar o caminho certo para nos acharmos qualificados (1 Co 9.24-27). Dessa forma, o cristão possui um padrão que o levará a uma vida espiritual bem-sucedida. Sabemos que pessoas bem-sucedidas procuram espelhar-se em outras pessoas ilustres, equilibradas e resilientes (cf. 1 Co 11.1). Ora, em Cristo Jesus temos esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, equilibrado e ilustre até a morte, de modo que o apóstolo Paulo escreveu sobre o nosso Senhor, exortando que o imitássemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5; cf. Mt 11.29).

Como vimos anteriormente , uma vida cristã bem-sucedida é aquela que segue o exemplo de Cristo e busca constantemente crescer na fé e no relacionamento com Deus. O apóstolo Paulo nos lembra que estamos em uma competição espiritual e que devemos buscar o caminho correto para nos qualificarmos (1 Coríntios 9.24-27). Isso significa que o cristão possui um padrão a ser seguido, que o conduzirá a uma vida espiritual frutífera e bem-sucedida.

Assim como pessoas bem-sucedidas procuram espelhar-se em modelos inspiradores e equilibrados, nós, como cristãos, encontramos em Jesus Cristo o padrão máximo de excelência.

Ele foi resiliente, equilibrado e exemplar em todas as áreas de Sua vida, até mesmo diante da morte.

Jesus mesmo nos convida a aprender d’Ele, pois Ele é manso e humilde de coração (Mateus 11.29). Ao seguir Seu exemplo, aprendemos a lidar com as adversidades da vida com perseverança e confiança em Deus. Ele nos ensina a viver com humildade, amor, perdão e compaixão, características essenciais para uma vida cristã bem-sucedida.

Portanto, uma vida cristã bem-sucedida não se baseia em conquistas materiais ou reconhecimento humano, mas sim em conformidade com o caráter e os ensinamentos de Cristo. Ao buscar espelhar-nos em Jesus, podemos crescer espiritualmente, influenciar positivamente aqueles ao nosso redor e cumprir o propósito que Deus tem para cada um de nós.

II – FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

1- O que é prudência?

Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) uma trajetória cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33). Aqui, nos deteremos na segunda parte. Em Efésios 5, o apóstolo Paulo ensina a respeito da caminhada do cristão neste mundo. Neste capítulo, a palavra “ prudência” se destaca. De acordo com o Antigo Testamento, a palavra “ prudência” tem conotação de compreensão, discernimento (Pv 9.9). Em Provérbios 9.10, quando se diz que o justo “ crescerá em prudência”, o termo traz a ideia de ensino, instrução e capacidade para ensinar.

No Novo Testamento, a palavra remete a algo que Deus derramou sobre nós, ou seja, “ toda a prudência”, entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus (Ef 1.8). Então, podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

Prudência é uma virtude essencial na vida cristã, pois nos capacita a agir com discernimento e sabedoria diante das circunstâncias que enfrentamos.

A prudência nos orienta a tomar decisões sábias, guiadas pelos princípios divinos, em vez de agir impulsivamente ou ceder às influências do mundo. É por meio da prudência que podemos evitar armadilhas, crescer em maturidade espiritual e contribuir para o avanço do Reino de Deus.

Um exemplo prático de prudência na Bíblia pode ser encontrado na vida de José, filho de Jacó.

Quando José foi vendido como escravo pelos seus próprios irmãos e levado ao Egito, ele enfrentou diversas situações desafiadoras, mas sempre agiu com prudência e sabedoria, confiando em Deus em meio às adversidades.

Um momento marcante de prudência na vida de José ocorreu quando ele foi tentado pela esposa de Potifar, seu senhor. Em vez de ceder à tentação e pecar contra Deus, José recusou firmemente as investidas da mulher, demonstrando sua integridade e temor a Deus (Gênesis 39:7-12). Ele reconheceu que pecar contra Deus seria uma escolha imprudente e preferiu manter-se fiel aos princípios morais e éticos.

Além disso, a prudência de José pode ser observada em sua conduta como administrador da casa de Potifar e, mais tarde, como governador do Egito. Ele demonstrou habilidade em lidar com situações difíceis, como a interpretação dos sonhos do faraó e o planejamento para enfrentar a fome que assolou a terra. José agiu com sensatez, planejamento e confiança em Deus, o que eventualmente o levou a uma posição de grande influência e prosperidade.

Portanto, o exemplo de José nos ensina que a prudência envolve não apenas evitar o pecado, mas também tomar decisões sábias e prudentes em todas as áreas de nossas vidas. Assim como José, podemos buscar a orientação divina em nossas escolhas e confiar que Ele nos conduzirá no caminho da sabedoria e da bênção.

2- Não andeis como néscios!

 Apóstolo Paulo diz que não devemos andar como néscios (Ef 5.15), cujo adjetivo asophos, traz a ideia de alguém insensato, tolo, ignorante e embotado (Lc 24.25); mas como “sábios”, ou seja, diligente, cuidadoso e sábio, cheio do Espírito Santo para fazer a vontade do Senhor. Ser néscio reflete uma vida de ignorância espiritual, ausência de sabedoria e desprovida de luz divina; significa estar imerso numa jornada de pecado (Ef 2.2,3). Por isso, o apelo do apóstolo Paulo para o crente é: “vede prudentemente como andais”. Em outras palavras: seja prudente. O apóstolo deixa claro que os que vivem na carnalidade jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).

A exortação de Paulo ; “vede prudentemente como andais” é um lembrete para os cristãos de todas as épocas. Devemos estar vigilantes e cuidadosos em nossas ações, buscando a orientação do Espírito Santo e evitando o caminho da insensatez e do pecado.

Um exemplo prático na Bíblia de alguém que agiu como néscio é encontrado na história de Nabal, descrita em 1 Samuel 25.

Nabal era um homem rico que vivia em Maon e era casado com Abigail. Quando Davi e seus homens estavam no deserto e pediram ajuda a Nabal, pois haviam protegido os pastores e rebanhos dele, Nabal respondeu de maneira tola e arrogante. Ele recusou-se a ajudar Davi, ignorando completamente a generosidade e a proteção que haviam recebido (1 Samuel 25:10-11).

Ao agir assim, Nabal demonstrou falta de discernimento e insensatez. Ele não reconheceu a bênção que tinha recebido e não considerou as possíveis consequências de sua atitude. Sua tolice quase resultou em consequências desastrosas para ele e sua família, pois Davi ficou furioso com sua resposta e planejou vingar-se.

Felizmente, Abigail, a esposa de Nabal, agiu com sabedoria e interveio, entregando presentes a Davi e pedindo-lhe misericórdia.

Como resultado, Davi desistiu de sua vingança e reconheceu a sabedoria de Abigail (1 Samuel 25:32-35).

A história de Nabal serve como um lembrete de que agir como néscio pode ter consequências graves. Mostra-nos a importância de agir com discernimento e sabedoria em todas as situações, reconhecendo as bênçãos que recebemos e considerando o impacto de nossas escolhas sobre os outros.

3- Andeis como sábios!

O adjetivo que Paulo usa para qualificar quem caminha para o céu é “ sábio”, do grego sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse adjetivo descreve em essência a vida do cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, os que andam no Espírito, caminham na luz, na santidade e tem sabedoria (Ef 1.8; Cl 4.5). Por meio da luz divina, que habita o crente, seu andar é com discernimento, a sabedoria realmente o faz distinguir entre o que deve ou não fazer. Há um compromisso de jamais voltar à conduta antiga do mundo. Contudo, é relevante compreender que essa sabedoria não é humana, não surge de cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de cima. Por meio dessa sabedoria, andamos em santidade (Hb 12.14) e nos tornamos semelhantes a Jesus (1 Jo 3.2; Gl 3.26).

Ao caminharmos como sábios, somos guiados pelo Espírito Santo e capacitados a viver uma vida que honra a Deus.

Dessa forma, precisamos buscar essa sabedoria divina em todas as áreas de nossas vidas, confiando no Senhor para nos guiar e nos capacitar a cada passo do caminho.

Um exemplo bíblico prático de alguém que andou como sábio é Daniel.

Em Daniel 1, vemos como ele e seus amigos Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos para Babilônia. Apesar das circunstâncias adversas, Daniel resolveu não se contaminar com a comida e a bebida do rei, pois isso violaria os princípios da Lei de Moisés.

Daniel demonstrou discernimento e sabedoria ao negociar com o chefe dos eunucos para que ele e seus amigos fossem alimentados apenas com legumes e água. Essa escolha não apenas preservou a fidelidade deles a Deus, mas também resultou em sua saúde física e espiritual.

Ao permanecerem fiéis aos mandamentos de Deus e agirem com sabedoria diante das pressões e tentações do ambiente em que viviam, Deus os abençoou a eles e seus amigos Daniel. Eles se destacaram entre os outros jovens, demonstrando superioridade em sabedoria e inteligência, não apenas em questões seculares, mas também espirituais (Daniel 1:17-21).

Assim, o exemplo de Daniel nos ensina que andar como sábio implica em agir em conformidade com os princípios e mandamentos de Deus, mesmo quando isso significa ir contra a cultura ou as normas sociais ao nosso redor.

III – VENCENDO OS DIAS MAUS

1- Remindo o tempo.

O versículo 16 de Efésios 5 apresenta o verbo remir como tradução do grego exagorázõ. Ele possui dois sentidos: 1) redimir, resgatar do poder de outro pelo pagamento de um preço; 2) comprar para uso próprio. Então, podemos dizer que remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado. Com a expressão “ remindo o “tempo”, o apóstolo Paulo se refere ao cristão que se conduz de maneira proveitosa e sábia no contexto deste mundo (Ef 5.16; cf. Cl 4.5).

Quando Paulo nos encoraja a “remir o tempo”, ele está nos incentivando a agir de maneira sábia e proveitosa no contexto deste mundo. Isso implica em aproveitar cada oportunidade que nos é dada, fazendo uso sábio do tempo que Deus nos concedeu (Colossenses 4:5).

Vencer os dias maus requer uma atitude proativa e sábia em relação ao tempo.

Devemos estar vigilantes para não desperdiçar o tempo com coisas fúteis ou prejudiciais, mas sim investir nosso tempo em atividades que glorifiquem a Deus e contribuam para o avanço do Seu Reino.

Portanto, remir o tempo envolve priorizar as coisas que realmente importam, buscando sempre fazer a vontade de Deus em todas as áreas de nossas vidas.

Diante da correria do dia a dia, é crucial reservarmos um tempo para refletir e avaliar como estamos utilizando nosso tempo.

2- Remindo o tempo e a Volta do Senhor.

Quando se falava a respeito de remir o tempo entre os cristãos primitivos, estes tinham em mente a iminência da segunda vinda do Senhor Jesus, ou seja, esse esperado acontecimento poderia acontecer a qualquer momento (1 Co 15.51). Por isso, os cristãos eram incentivados a procurar sabiamente aproveitar todas as oportunidades, em especial, no sentido de se prepararem espiritualmente para aquele dia. Assim , a perspectiva da iminente volta do nosso Senhor faz com que não percamos tempo com coisas banais; antes, nos exorta a viver de maneira sábia, santa e piedosa, pois o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento (1 Ts 4.15).

A expectativa da volta do Senhor Jesus servia como um lembrete constante para os cristãos primitivos sobre a brevidade da vida terrena e a urgência de viverem de acordo com os princípios do Reino de Deus. Essa perspectiva os motivava a aproveitar cada momento como uma oportunidade para crescer espiritualmente, compartilhar o Evangelho e servir ao próximo, preparando-se para o encontro com o Senhor.

Assim, a ideia de remir o tempo ganha um significado ainda mais profundo quando vista à luz da volta iminente de Cristo. Ela nos desafia a não nos acomodarmos na rotina do dia a dia, mas sim a vivermos com um senso de urgência e propósito, buscando glorificar a Deus em todas as áreas de nossas vidas enquanto aguardamos a bendita esperança da manifestação do nosso Salvador.

3- Os dias são maus.

 Outra expressão que chama atenção é “os dias são maus” (Ef 5.16). Ela revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar nosso tempo e nos levar à prática do mal. Não podemos nos conformar com essa possibilidade, não podemos ser insensatos a tal ponto, mas entender “qual seja a vontade de Deus” (Ef 5.17). Desse modo, a vontade de Deus tem a ver com, como cristãos, aproveitarmos 0 tempo para fortalecer nossa vida espiritual, praticar o bem para com os outros, ler a Bíblia, orar, se consagrar e congregar (Gl 6.10; Hb 10.25).

Ao afirmar que “os dias são maus”, Paulo nos alerta sobre a necessidade de estarmos vigilantes e conscientes da batalha espiritual que enfrentamos diariamente. Isso nos lembra que não podemos ser ingênuos ou complacentes em relação às forças do mal que buscam nos afastar de Deus e de Seus propósitos.

Portanto, essa expressão nos exorta a vivermos de maneira prudente, sábia e consciente. Devemos aproveitar cada oportunidade para crescer espiritualmente, praticar o bem e permanecer firmes na fé, mesmo diante das adversidades e desafios que enfrentamos.

Diante dessa realidade, como cristãos, devemos não nos conformar com os padrões deste mundo, mas sim compreender qual é a vontade de Deus para nossas vidas (Efésios 5:17).

CONCLUSÃO

Em nossa caminhada para as mansões celestiais precisamos seguir 0 padrão divino, isto é, as normas determinadas pelo Pai, que estão inseridas em sua Palavra (2 Tm 3.16). É preciso viver sábia e prudentemente, aproveitando bem as oportunidades de fazer o bem, e não deixarmo-nos dominar pelos dias maus, na certeza de que a Vinda do Senhor se aproxima e, isso, nos incentiva de maneira santa (Hb 12.14).

 

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