Conhecer a Palavra

Subsidio Lição 11: O Culto da Igreja Cristã

Subsidio Lição 11: O Culto da Igreja Cristã | 1° Trimestre de 2024 | EBD – ADULTOS

Subsidio Lição 11: O Culto da Igreja Cristã | 1° Trimestre de 2024 | EBD – ADULTOS

TEXTO ÁUREO

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (1 Co 14.26)

VERDADE PRÁTICA

O culto é uma sublime forma de nos expressarmos em adoração, louvor, gratidão e total rendição a Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.15-21

INTRODUÇÃO

Nesta lição vamos estudar o culto cristão sob diferentes aspectos, pois precisamos conhecê-lo em sua natureza. Aqui, veremos que o culto é santo e, por isso, deve ser solene. Assim, também, mostraremos que a glorificação de Deus e a edificação da igreja são os propósitos sublimes do verdadeiro culto cristão. E, por último, mostraremos que todo culto também tem um ritual. No contexto da igreja cristã, destacaremos o papel da Bíblia e da adoração entusiástica na dinâmica pentecostal.

PALAVRA-CHAVE: CULTO

I – A NATUREZA DO CULTO

1- O culto como serviço a Deus.

Na Bíblia, o culto é mostrado como um serviço, isto é, uma vida entregue e consagrada a Deus (Dt 6.13). Em um primeiro plano tem a ver com a atitude com a qual se cultua o Altíssimo e, em um segundo plano, com a forma como se cultua. O culto, portanto, expressa uma combinação de obediência à Palavra de Deus e a forma ritual como essa adoração acontece. O livro de Atos dos Apóstolos, por exemplo, mostra a adoração no contexto do culto cristão (At 13.1-4). Enquanto os cristãos “serviam” Senhor, o Espírito Santo comissionou os primeiros missionários da igreja.

Na Bíblia, encontramos diversas referências que destacam o culto como um serviço a Deus, uma vida consagrada e entregue ao Senhor. O livro de Deuteronômio, nos lembra que o culto ao Senhor envolve uma devoção exclusiva, como está escrito: “Temerás somente ao Senhor, teu Deus, e só a ele servirás” (Dt 6.13).

No Novo Testamento, o livro de Atos da um exemplo claro de como a adoração está ligada ao serviço a Deus.

No relato de Atos 13.1-4, vemos que os primeiros cristãos estavam reunidos em adoração e ministração ao Senhor quando o Espírito Santo os comissionou para a obra missionária.

Assim, fica evidente que o culto cristão não se resume apenas a rituais ou cerimônias, mas é uma manifestação de amor, devoção e serviço a Deus. Envolve tanto a atitude do coração, que deve estar voltada para o Altíssimo em reverência e obediência, quanto a prática ritualística que expressa essa devoção de maneira tangível.

Portanto, ao falarmos sobre a natureza do culto, é essencial ressaltar que o culto não é algo separado da vida cotidiana do cristão, mas sim uma extensão dela. É um estilo de vida que se caracteriza pela consagração total a Deus, onde dedicamos cada ação, pensamento e palavra ao serviço do Senhor.

2- O culto deve ser solene.

 Por “solene” nos referimos ao que traz respeito e é majestoso. Isso significa que tanto o conteúdo como a maneira de se cultuar são importantes (Ec 5.1; 1 Co 11.27). Por isso, o culto não pode ser destituído de significado nem realizado de qualquer jeito (Lv 10.1,2). Não por acaso, o apóstolo Paulo expõe princípios que regulamentaram o culto na igreja de Corinto (1 Co 12-14). Isso deixa claro que há uma ordem a ser observada na liturgia cristã. Para isso, temos na Bíblia o parâmetro para o bom ordenamento do culto. Por exemplo, aos coríntios, o apóstolo destacou o seguinte: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.40).

Nesse texto temos os termos gregos euschémonós, traduzido como “decentemente” e “decorosamente”; e taxis, traduzido como ordem. Isso nos leva a compreender, portanto, de acordo com a Bíblia, que o culto precisa ter decoro, decência e ordem.

O culto religioso é um momento dedicado à adoração e à comunhão com Deus. No entanto, é essencial compreender que os fiéis não devem tratar o culto de forma leviana ou negligente. Pelo contrário, eles devem conduzi-lo de maneira solene, trazendo consigo respeito e majestade.

Quando nos referimos à solenidade do culto, estamos destacando a importância tanto do conteúdo quanto da forma de adoração.

É necessário que o culto seja significativo e que sua realização seja conduzida de maneira cuidadosa e reverente. Esta perspectiva é respaldada por diversas passagens bíblicas que ressaltam a seriedade do culto a Deus.

Por exemplo, em Eclesiastes 5.1, somos advertidos a guardarmos nossas palavras ao nos aproximarmos de Deus, o que implica em uma atitude reverente e respeitosa durante o culto. Da mesma forma, em 1 Coríntios 11.27, somos exortados a participar da Ceia do Senhor de maneira digna, reconhecendo a seriedade desse ato de comunhão com Cristo e com o corpo de crentes.

A história bíblica também nos fornece exemplos claros do cuidado que Deus espera que tenhamos ao nos aproximarmos dEle no culto. O incidente envolvendo os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, em Levítico 10.1-2, ilustra as consequências de se desrespeitar a santidade do culto, demonstrando que Deus não tolera uma abordagem irreverente ou descuidada.

Além disso, o apóstolo Paulo dedica uma parte de sua carta aos coríntios para estabelecer princípios que regulamentam o culto na igreja primitiva (1 Coríntios 12-14). Ele enfatiza a importância da ordem e do bom comportamento durante o culto, destacando que todos devem fazer as coisas decentemente e com ordem (1 Coríntios 14.40).

Os termos gregos euschémonós e taxis, traduzidos como “decentemente” e “ordem”, respectivamente, nos indicam que o culto cristão deve ser conduzido com decoro, decência e ordem. Isso significa que devemos levar a sério a nossa abordagem e participação no culto, buscando honrar a Deus em tudo o que fazemos.

3- O culto é santo.

A santidade de Deus é afirmada por toda a Bíblia (Lv 11.44; Is 433; 1 Pe 1.15,16). Visto que Deus é santo (Lv 20.26), o culto também deve ser santo. Dessa forma, nada que fosse profano deveria fazer parte do culto e da vida de quem o praticava no Antigo Testamento (Ez 44.9; Am 5.21-27; Is 1.13). Assim, o limite entre o santo e o profano deveria ser mantido (Ez 22.26; 44.23). Por outro lado, o Novo Testamento também põe em destaque o viver cristão na esfera do culto, isto é, de uma vida a serviço de Deus (Rm 15.5). A igreja é o espaço sacro onde o culto acontece (At 13.2). Assim como no Antigo Testamento, o culto cristão também não deve ser profanado (1 Co 11.17,18). Nesse caso, tanto a conduta como o modo de viver são levados em conta na esfera do culto (1 Co 11.22).

A santidade de Deus é um tema abordado em toda a Bíblia, revelando Sua pureza, perfeição e separação do pecado. Como o próprio Deus é santo, é natural que o culto prestado a Ele também seja santo. Essa santidade deve permear não apenas os rituais e práticas do culto, mas também a vida daqueles que o praticam.

No Antigo Testamento, encontramos algumas passagens que ressaltam a importância da santidade no culto a Deus.

Desde os regulamentos sobre o tabernáculo até as instruções para os sacerdotes, fica claro que nada profano deveria fazer parte do culto (Ezequiel 44.9; Amós 5.21-27; Isaías 1.13). O limite entre o santo e o profano deveria ser mantido de forma rigorosa, demonstrando reverência e respeito pela santidade de Deus (Ezequiel 22.26; 44.23).

O Novo Testamento também enfatiza a importância da santidade no culto cristão. A igreja é considerada o espaço sagrado onde o culto é celebrado, e, assim como no Antigo Testamento, os crentes não devem profaná-lo (Atos 13.2; 1 Coríntios 11.17,18). A conduta e o modo de viver dos crentes são levados em conta na esfera do culto, mostrando que a santidade não se limita apenas às práticas rituais, mas se estende a toda a vida cristã (1 Coríntios 11.22).

Ao vivermos em santidade diante de Deus, podemos experimentar uma comunhão mais profunda com Ele e testemunhar o Seu poder transformador em nossas vidas e na vida da igreja como um todo. Que possamos, portanto, buscar a santidade em todas as áreas de nossa vida, tanto dentro quanto fora do ambiente de culto, para a glória de Deus e o avanço do Seu Reino.

II- O PROPÓSITO DO CULTO

1- Glorificar a Deus.

O culto é uma celebração que se faz a Deus. Celebramos a grandeza de Deus e seus poderosos feitos (SI 48.1). Assim o culto é uma celebração pelo que Deus é e pelo que Ele faz (SI 103.1-5). Nesse aspecto, o culto é sempre cristocêntrico, nunca antropocêntrico. Cristo é a esfera ou lugar onde deve acontecer o verdadeiro culto (Jo 2.18-22; Mc 14.58). Ele é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5) e o Eterno Sumo-Sacerdote (Hb 2.17; 5.5,10). Se Deus não é celebrado, se Ele não é glorificado, então, o culto perdeu o seu real sentido.

Quando nos reunimos para adorar, estamos celebrando a grandeza, a bondade e os poderosos feitos do Senhor (Salmos 48.1; 103.1-5). O culto é uma expressão de gratidão e louvor pelo que Deus é e pelo que Ele tem feito em nossas vidas e no mundo ao nosso redor.

É importante compreender que o culto deve ser cristocêntrico, isto é, centrado em Cristo.

Jesus Cristo é o mediador entre Deus e os homens, o único caminho pelo qual podemos nos aproximar do Pai (1 Timóteo 2.5). Ele é o Eterno Sumo-Sacerdote, que intercede por nós diante do trono de Deus (Hebreus 2.17; 5.5,10). Portanto, é em Cristo que o verdadeiro culto acontece, pois Ele é o lugar onde encontramos a plena manifestação da glória de Deus.

Quando nos reunimos para adorar, devemos fazê-lo com o coração voltado para Deus, reconhecendo Sua soberania, Sua santidade e Seu amor incondicional por nós. Se o culto não tem como foco glorificar a Deus, então ele perde seu verdadeiro sentido e se torna vazio e sem propósito.

Para os membros da igreja, é essencial compreender que o culto não se trata apenas de uma obrigação religiosa, mas sim de uma oportunidade privilegiada para nos aproximarmos de Deus e para expressarmos nossa devoção e gratidão a Ele.

Portanto, devemos participar do culto com reverência, alegria e gratidão, conscientes de que estamos glorificando o nome do Senhor e fortalecendo nossa comunhão com Ele e com nossos irmãos na fé.

2- Quando não se cultua a Deus.

 De fato, há cultos que não cultuam a Deus. Paulo censurou os coríntios afirmando que: “Quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor” (1 Co 11.20). Era como se dissesse: “o que vocês estão celebrando não é a Ceia”. Não era um culto o que eles estavam fazendo. Não daquela maneira. Infelizmente há muitas reuniões envernizadas para se parecerem com um culto, mas, de fato, não são. Parecem reuniões profanas tanto na sua forma quanto na sua essência. Não buscam glorificar a Deus.

A Bíblia nos alerta sobre a possibilidade de cultos que, apesar de serem realizados em nome da religião, não glorificam a Deus de maneira genuína.

O apóstolo Paulo, em sua carta aos coríntios, repreendeu severamente a igreja por suas práticas durante a celebração da Ceia do Senhor. Ele apontou que, apesar de se reunirem, não estavam verdadeiramente participando da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11.20). Isso sugere que o culto estava sendo realizado de maneira inadequada e sem o devido respeito e reverência a Deus.

Essa advertência de Paulo continua relevante nos dias de hoje.

Infelizmente, ainda vemos muitas reuniões que se assemelham a cultos, mas que carecem do verdadeiro propósito de glorificar a Deus. Em vez disso, são marcadas por formalidades vazias, superficialidade espiritual e ausência da presença de Deus.

Esses “cultos” podem se manifestar de várias maneiras. Podem ser reuniões que priorizam a aparência externa, mas carecem de um coração voltado para Deus. Podem ser ocasiões em que a adoração é substituída por entretenimento, e a busca pela glória de Deus é substituída pela satisfação dos desejos humanos.

Portanto, é importante para a igreja discernir entre o verdadeiro culto a Deus e as práticas religiosas vazias. No verdadeiro culto, conduzimos com sinceridade de coração, reverência e adoração genuína a Deus. Buscamos glorificar a Deus em tudo o que fazemos e ele é caracterizado pela presença do Espírito Santo e pela transformação de vidas.

3- Edificar a igreja.

Um dos propósitos principais do culto é trazer edificação à igreja. Assim, na esfera do culto, tudo deve buscar a edificação (1 Co 14.26). O verbo grego oikodoméo, traduzido como “edificar”, ocorre 40 vezes no Novo Testamento enquanto substantivo oikodomé, traduzido como “edificação”, ocorre 18 vezes. O sentido é de algo que está sendo construído, como na parábola da casa edificada sobre a rocha (Mt 7.24,26; Lc 6.48).
Ele é usado muitas vezes no contexto do culto. O fato mais claro de que um dos propósitos do culto é trazer edificação para a igreja está revelado no capítulo 14 de 1 Coríntios. Nesse capítulo, o apóstolo disciplina os usos dos dons na igreja pelo fato de seu uso não estar trazendo edificação à igreja. Assim, aquele que falava línguas na esfera do culto público deveria interpretar para que a igreja fosse edificada (1 Co 14.5). Todos os demais dons deveriam seguir esse critério (1 Co 14.12). Da mesma forma, os dons ministeriais (Ef 4.11) deveriam contribuir para “edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).

O apóstolo Paulo, em sua carta aos coríntios, aborda especificamente a importância da edificação na esfera do culto. Ele instrui que todas as atividades realizadas durante o culto devem visar a edificação da igreja (1 Coríntios 14.26). Isso significa que as práticas, os dons espirituais e os ensinamentos ministrados durante o culto devem contribuir para o crescimento espiritual e a unidade do corpo de Cristo.

Paulo destaca ainda que os dons espirituais devem ser usados de forma a edificar a igreja.

Por exemplo, aqueles que falam em línguas devem interpretar, para que todos possam ser edificados (1 Coríntios 14.5). Da mesma forma, todos os dons devem seguir esse critério, contribuindo para a edificação mútua dos crentes (1 Coríntios 14.12).

Além disso, Paulo enfatiza que os dons ministeriais dados por Cristo à igreja têm como propósito primário a edificação do corpo de Cristo (Efésios 4.11,12). Isso significa que os líderes e ministros na igreja devem trabalhar para fortalecer, ensinar e equipar os crentes, capacitando-os para o serviço e promovendo a unidade e o crescimento espiritual.

Portanto, é essencial que tanto os líderes quanto os participantes do culto compreendam que todas as atividades devem ser direcionadas para a edificação da igreja. Isso inclui a escolha de hinos, a pregação da Palavra, a administração dos sacramentos e o exercício dos dons espirituais. O culto cumpre sua função vital na vida espiritual dos crentes e na missão da igreja no mundo somente quando é conduzido com o propósito genuíno de edificar a igreja.

III- A LITURGIA DO CULTO

1- A exposição da Bíblia.

O Movimento Pentecostal tem firmado seu compromisso com a autoridade da Bíblia para governar toda crença, experiência e prática. Dessa forma, os pentecostais viram a necessidade de julgar o mérito de todo ensino, manifestações espirituais e conduta à luz da Palavra objetiva e revelada de Deus, a Bíblia. Esse fato mostra que a leitura e a exposição da Bíblia devem ocupar o lugar de primazia na dinâmica da liturgia do culto. Nesse aspecto, o pastor que está à frente de uma igreja, e responsável pela liturgia do culto, deve ficar atento ao lugar que as Escrituras têm no culto. O Senhor Jesus, nosso maior exemplo, fez da exposição das Escrituras a base de seu ministério (Lc 4.16-18).

Escrevendo sobre a liturgia do culto na igreja de Corinto, o apóstolo Paulo pôs a “doutrina”, “instrução” (gr. didaché) como uma das necessidades da igreja (1 Co 14.26). Encontramos esse mesmo apóstolo, juntamente com seu companheiro Barnabé, expondo e ensinando a Palavra de Deus (At 15.35). Da mesma forma, o apóstolo ficou em Corinto durante muito tempo expondo as Escrituras (At 18.11).

Reconhecer a primazia das Escrituras na dinâmica do culto é essencial para manter a fidelidade à Palavra de Deus e para assegurar a edificação e o fortalecimento espiritual da igreja.

O exemplo de Jesus Cristo, nosso maior modelo de liderança espiritual, é instrutivo nesse aspecto.

Ele fez da exposição das Escrituras a base de Seu ministério, conforme registrado em Lucas 4.16-18. Ao ler e interpretar as Escrituras na sinagoga, Jesus demonstrou a importância de conhecer e aplicar a Palavra de Deus em nossa vida espiritual e prática diária.

O apóstolo Paulo, em sua carta à igreja de Corinto, destacou a necessidade de doutrina e instrução na liturgia do culto (1 Coríntios 14.26). Isso indica que a exposição da Palavra de Deus é essencial para o crescimento espiritual e a edificação da igreja. Além disso, vemos Paulo e seu companheiro Barnabé ensinando e expondo as Escrituras em várias ocasiões (Atos 15.35; 18.11), mostrando que a pregação e o ensino da Palavra devem ocupar um lugar central na vida da igreja.

Portanto, o pastor ou líder responsável pela liturgia do culto deve dar atenção especial ao lugar que as Escrituras ocupam no culto. A exposição fiel e relevante da Palavra de Deus é essencial para alimentar a fé dos crentes, instruí-los na verdade bíblica e capacitá-los para viver uma vida cristã autêntica e transformadora.

2- A adoração entusiástica.

 A adoração aparece em primeiro lugar na liturgia sugerida pelo apóstolo Paulo à igreja de Corinto (1 Co 14.26). A palavra “salmo” usada nesse texto traduz o grego psalmon e é uma referência ao hinário usado pelos primeiros cristãos. É possível que o apóstolo esteja se referindo aos Salmos de Davi. Não há dúvida de que a adoração na Igreja Primitiva era entusiástica. Isso porque Paulo se refere a cristãos cheios do Espírito que se reuniam para adorar (Ef 5.18-20).

A referência de Paulo aos cristãos cheios do Espírito que se reuniam para adorar, conforme registrado em Efésios 5.18-20, é uma confirmação dessa adoração entusiástica. A experiência do Espírito Santo na vida dos crentes impulsionava-os a adorar a Deus com alegria, gratidão e fervor.

Essa adoração entusiástica é uma expressão da fé viva e vibrante dos primeiros cristãos, que reconheciam o poder e a bondade de Deus em suas vidas.

Sua adoração não era apenas uma formalidade religiosa, mas sim um ato de entrega total a Deus, permeado pelo Espírito Santo e fundamentado na Palavra de Deus.

Portanto, na liturgia do culto cristão, a adoração entusiástica deve ocupar um lugar de destaque. Devemos nos reunir como igreja com corações cheios de gratidão e louvor, prontos para exaltar o nome do Senhor com toda nossa alma, mente e força. Que possamos marcar nossa adoração com fervor espiritual, alegria contagiosa e profundo amor por Deus, refletindo assim a beleza e glória do nosso Criador e Redentor.

Que cada momento de adoração seja uma oportunidade para nos aproximarmos mais de Deus, experimentarmos Sua presença e sermos transformados à Sua semelhança.

3- O lugar da adoração no culto pentecostal.

 Um grande teólogo pentecostal, William W. Menzies, destaca o lugar que a adoração tem entre os pentecostais. De acordo com ele, desde o começo, os pentecostais foram conhecidos no mundo todo pelas reuniões de cultos alegres e ruidosas. Isso era visto nas reuniões de oração nas quais todos os presentes, coletiva e eloquentemente, derramavam o coração perante Deus em oração e louvor. Isso também acontece no levantar das mãos como resposta a percepção de que Deus se faz presente. Faz parte também da liturgia pentecostal louvar a Deus em alta voz e exercitar os dons espirituais durante o culto.

Conforme observado pelo renomado teólogo pentecostal William W. Menzies, os pentecostais são conhecidos em todo o mundo por suas reuniões de culto vibrantes e ruidosas. Essa vibração é evidente nas reuniões de oração, onde todos os presentes se unem em fervorosa adoração, derramando seus corações diante de Deus em oração e louvor. A manifestação física, como o levantar das mãos em resposta à percepção da presença de Deus, é comum e incentivada como uma expressão de entrega e rendição a Ele.

Na liturgia pentecostal, louvar a Deus em alta voz e exercitar os dons espirituais durante o culto também são aspectos fundamentais.

Os crentes são encorajados a expressar sua adoração audivelmente e a se abrir para a manifestação dos dons do Espírito Santo, como profecia, línguas e interpretação de línguas, conforme o Espírito os guia.

Essa ênfase na adoração pentecostal reflete a convicção de que a presença de Deus é real e tangível na vida da igreja e que Ele habita nos louvores de Seu povo (Salmo 22.3). Portanto, a adoração não é apenas um componente do culto, mas sim uma experiência de encontro com o Deus vivo e poderoso, que transforma vidas e traz renovação espiritual.

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos os princípios que devem reger um culto cristão. O culto não pode ser de qualquer forma, pois ele tem princípios e normas para seguir. Como Deus é um Deus de ordem, então, o culto que se presta a Ele também tem de ser ordenado. Contudo, ordenado não significa frio e sem vida. O culto deve ser um momento de celebração, alegria e dinamizado pelo Espírito Santo.

 

Um comentário

  1. Vanderlei Afonso Alces

    Excelentes subsídios para ministração das lições da EBD.

  2. Luciana

    Glória a Deus pela sua vida, seus subsídios tem me ajudado muito, na ministração das EBDs.

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